Em inaugura��o de obra no NE, Bolsonaro volta a dizer que s� Deus o tira do cargo

O presidente Jair Bolsonaro voltou a dizer nesta quinta-feira que s� Deus o tira da presid�ncia da Rep�blica. Durante cerim�nia de inaugura��o do Ramal do Agreste, obra que integra a transposi��o do Rio S�o Francisco, em Sert�nia (PE), o chefe do Executivo fez acenos ao p�blico conservador e elogios a ministros, como Marcelo Queiroga, da Sa�de, presente na solenidade. "� muita coragem de querer acertar", declarou sobre o auxiliar, sem citar as cr�ticas de especialistas em torno da condu��o da pandemia pelo ministro.

"Agrade�o a Deus por esse momento, o nosso futuro a Ele pertence. S� Ele me tira dessa cadeira presidencial", afirmou Bolsonaro. "Respeito quem seja ateu, desde que respeite quem tenha religi�o", acrescentou, ap�s fazer cr�ticas �s gest�es do PT e � chamada "ideologia de g�nero", uma bandeira do presidente na campanha de 2018.

O presidente ainda voltou a lembrar aos apoiadores que o eleito ao Pal�cio do Planalto em 2022 ter� direito a indicar dois ministros ao Supremo Tribunal Federal (STF) j� em 2023, com a aposentadoria dos ministros Ricardo Lewandowski e Rosa Weber. "N�s temos como mudar essa na��o", repetiu, sobre o processo de renova��o de magistrados, enquanto enfrenta dificuldades para emplacar Andr� Mendon�a na Corte. A indica��o do ex-ministro da Justi�a est� travada no Senado.

Al�m de Queiroga, estavam presentes os ministros do Turismo, Gilson Machado, e do Desenvolvimento Regional, Rog�rio Marinho, e o l�der do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE).

O Ramal do Agreste faz parte das inaugura��es desta semana na chamada "Jornada das �guas", lan�amentos de obras para distribui��o e conserva��o das �guas do Rio S�o Francisco. Ao marcar presen�a nos eventos, Bolsonaro faz mais um "tour" pelo Nordeste, regi�o onde o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, seu prov�vel rival na corrida eleitoral de 2022, tem forte popularidade.

Lula foi criticado por Bolsonaro ao longo do evento. "Aquele cara vem dizendo que quer Renan Calheiros presidindo o Senado", afirmou o chefe do Executivo. Mais cedo, Bolsonaro j� fez cr�ticas a Renan (MDB-AL), senador respons�vel por imputar a ele nove crimes no relat�rio da Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) da Covid. O petista tem feito acenos ao MDB de Renan, especialmente por meio do ex-senador Eun�cio Oliveira (MDB-CE).

A CPI ainda ganhou cr�ticas, durante a cerim�nia em Pernambuco, de Fernando Bezerra. O l�der do governo afirmou que Bolsonaro foi alvo de uma das maiores injusti�as da pol�tica brasileira. "A Constitui��o n�o permite que uma CPI possa investigar o presidente da Rep�blica, quanto mais imputar crimes. Tenho certeza que o relat�rio dessa CPI vai merecer a lata do lixo da hist�ria", declarou. Ele tamb�m confirmou o Aux�lio Brasil de R$ 400 - tal como o presidente, sem explicar a origem dos recursos.