Paralelamente ao discurso empreendido por representantes do Pal�cio do Planalto na COP-26, em Glasgow, na Esc�cia, governadores utilizaram a Confer�ncia do Clima das Na��es Unidas para apresentar ao mundo as a��es de seus estados em prol do meio ambiente. Um dos que aproveitou o evento foi Romeu Zema (Novo), l�der da comitiva de Minas Gerais. O s�quito mineiro deixou a Europa prometendo meta ambiciosa: a ideia � reflorestar 3,7 milh�es de hectares de �reas rurais at� 2030.
O plano foi apresentado aos participantes da c�pula por Mar�lia Melo, secret�ria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustent�vel. O objetivo de reflorestamento comp�s o portf�lio de pr�ticas que pautou, em solo escoc�s, as conversas sobre Minas Gerais. A busca por aumentar o escopo de �reas verdes passa, ainda, por objetivo tra�ado pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF). A autarquia quer, at� o in�cio da pr�xima d�cada, aumentar em 15% as �reas de cobertura vegetal em rela��o aos espa�os cuja vegeta��o foi perdida.
“Boa parte da nossa produ��o, hoje, j� � feita de maneira quase verde. Somos o estado que mais refloresta no Brasil. Uma importante parcela do a�o que produzimos usa carv�o vegetal, que � uma fonte renov�vel. Boa parte da eletricidade que consumimos � produzida via hidrel�tricas, somos um estado com muitos reservat�rios e tamb�m estamos fomentando a energia solar, fonte em que somos o principal produtor brasileiro”, disse Zema, na quinta-feira.
Representantes do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) utilizaram a temporada europeia para aderir � Green Bank Network, coaliz�o internacional de institui��es financeiras interessadas em apoiar projetos de car�ter sustent�vel. O BDMG assinou, tamb�m, tratado elaborado pelo governo do Reino Unido para coibir, a partir de 2023, o repasse de verbas a iniciativas que utilizem combust�veis f�sseis.
Energia solar
Em meio �s discuss�es energ�ticas, o governo mineiro “vendeu”, a l�deres internacionais, o potencial fotovoltaico de Minas Gerais. Aumentar a capta��o de fontes renov�veis, como a luz que vem do sol, � um dos objetivos do Pal�cio Tiradentes. “Temos uma meta j� estabelecida de ampliar, em 60%, a base renov�vel no setor energ�tico”, prometeu Mar�lia Melo.
Dados da Associa��o Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) apontam que Minas concentra 18,4% da gera��o deste tipo de energia. O �ndice permite que a emiss�o de 394 mil toneladas de gases de efeito estufa sejam evitadas ao ano. Ao lado da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o governo estadual projeta diminuir, em nove anos, 12% da quantidade atual de gases disparados em dire��o � atmosfera.
O estado aderiu � Corrida pelo Zero, iniciativa mundial criada para eliminar a emiss�o de gases respons�veis pelo efeito estufa. A caminhada rumo � diminui��o progressiva da produ��o negativa � composta por algumas etapas. H� entregas previstas para agosto do ano que vem, como as atualiza��es do plano de mudan�as clim�ticas de Minas Gerais e do Invent�rio de Emiss�es e Remo��es de Gases de Efeito Estufa, que aponta as atividades mais poluidoras nos 853 munic�pios mineiros.
Precau��o
Durante exposi��o feita em uma dos pain�is da COP-26, Mar�lia Melo garantiu que o governo tenta auxiliar as prefeituras para se adaptar e minimizar os efeitos das mudan�as clim�ticas. A esperan�a � a plataforma Clima Gerais, que re�ne ferramentas para amparar e dar subs�dios t�cnicos �s gest�es locais. A seguran�a h�drica tamb�m pautou os debates.
As atividades industriais tamb�m estiveram na agenda do s�quito mineiro. Ao lado de Fl�vio Roscoe, presidente da Federa��o das Ind�strias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Zema e a titular da pasta de Meio Ambiente discorreram sobre os trabalhos para incentivar produ��es sustent�veis. H� esfor�os em prol do mapeamento das emiss�es e capturas de carbono advindas das atividades das 200 maiores ind�strias sediadas no estado.
Zema chegou a ser o representante brasileiro em um dos debates da c�pula. Ele foi o respons�vel pelo pa�s em um painel sobre estados organizados, cidades e regi�es. A conversa tratou, justamente, das a��es para o meio ambiente empreendidas por governos locais.