
Os vereadores de Patos de Minas, no Alto Parana�ba, voltaram a se reunir para julgar um colega. Nesta quinta-feira (18/11), L�saro Borges (PSD) foi cassado por quebra de decoro parlamentar devido � acusa��o de estelionato eleitoral. Foram 13 votos pela cassa��o, dois contra e uma aus�ncia.
Esse � o segundo julgamento em menos de 30 dias. Em 4 de novembro, Marcos Ant�nio Rodrigues, o Marquim das Bananas, perdeu o mandato por quebra de decoro parlamentar devido a acusa��o de ass�dio sexual.
L�saro Borges � acusado de enganar Francisco Gon�alves, de 69 anos. A acusa��o argumenta que o vereador ofereceu um cargo de motorista em troca dos servi�os de cabo eleitoral.
Ap�s a vit�ria, L�saro teria contratado e reincidido (ao mesmo tempo) o contrato de trabalho. Durante os depoimentos, o denunciante tamb�m citou que recebeu dinheiro para comprar votos, mas essa parte n�o foi indicada na conclus�o da comiss�o.
Ap�s a vit�ria, L�saro teria contratado e reincidido (ao mesmo tempo) o contrato de trabalho. Durante os depoimentos, o denunciante tamb�m citou que recebeu dinheiro para comprar votos, mas essa parte n�o foi indicada na conclus�o da comiss�o.
O agora, ex-vereador nega todas as acusa��es. Durante as duas oitivas, ele argumentou que a den�ncia seria infundada e de cunho pol�tico.
Segundo L�saro Borges, nunca houve oferta de emprego em troca do servi�o de cabo eleitoral, tampouco pedido de compra de votos. Al�m disso, citou que s� contratou Francisco Gon�alves ap�s grande insist�ncia.
Segundo L�saro Borges, nunca houve oferta de emprego em troca do servi�o de cabo eleitoral, tampouco pedido de compra de votos. Al�m disso, citou que s� contratou Francisco Gon�alves ap�s grande insist�ncia.
Como votou cada vereador
Pela cassa��o: Elisabeth Nascimento (DEM), Cabo Batista (CIDADANIA), Jos� Eust�quio (PODEMOS), Ezequiel Macedo (PP), Carlito (DEM), Vicente de Paula (DEM), Willian de Campos (PATRIOTA), Vitor Porto (DEM), Mauri da JL (MDB), Gladston Gabriel (PODEMOS), Jos� Luiz (PODEMOS), Daniel Gomes (PDT) e Nivaldo Tavares (PSD)A favor de L�saro Borges: Bartolomeu Ferreira (DEM), Itamar Andr� (PATRIOTA)
Faltoso: Jo�o Marra (PATRIOTA)
O pr�ximo suplente do Partido Social Democr�tico (PSD) � o professor Wanderlei Rodrigues Resende (551 votos).
“Eu me chamo L�saro Borges, voltarei sim”
Ap�s o resultado, L�saro Borges fez um discurso na tribuna e deixou o plen�rio sem falar com a imprensa. Ele pediu que o advogado de acusa��o levasse o trof�u para o cliente dele. Na sequ�ncia, chamou o Francisco de falso e de mentiroso.
Tamb�m mencionou que a decis�o foi pol�tica e que a C�mara n�o tinha compet�ncia para julg�-lo.
Tamb�m mencionou que a decis�o foi pol�tica e que a C�mara n�o tinha compet�ncia para julg�-lo.
"Estou saindo de cabe�a erguida. �s vezes, alguns est�o achando que eu estou derrotado. N�o. Tive o prazer de ficar aqui nesta casa por nove anos com honestidade. Muitos queriam estar aqui no meu lugar. Gladston, Beth e Daniel, que fez um excelente trabalho. Reconhe�o que quiseram formar aqui uma casa de cassa��o de vereadores. Hoje, mais um erro, porque n�o conseguiram mostrar a quebra de decoro parlamentar."
E continuou: “Aqueles que acharam que iam me ver chorando, me ver derrotado, que iam me ver ca�do na sarjeta, est�o enganados. Eu me chamo L�saro Borges, voltarei, sim, que seja daqui um tempo, n�o sei”.
O que disseram os advogados?
O advogado de defesa, Abelardo Medeiros Mota, destacou que n�o houve quebra de decoro, j� que L�saro fez a contrata��o de Francisco enquanto pessoa f�sica.
"O relat�rio da comiss�o n�o conseguiu apontar o que L�saro fez, enquanto vereador, que configurasse quebra de decoro parlamentar".
Sobre recurso, o advogado disse que isso depender� da vontade do cliente. "Est�vamos convictos que seria arquivado. Agora � sentar com o vereador e ver qual a inten��o dele, se ele pretende discutir isso judicialmente."
"O relat�rio da comiss�o n�o conseguiu apontar o que L�saro fez, enquanto vereador, que configurasse quebra de decoro parlamentar".
Sobre recurso, o advogado disse que isso depender� da vontade do cliente. "Est�vamos convictos que seria arquivado. Agora � sentar com o vereador e ver qual a inten��o dele, se ele pretende discutir isso judicialmente."
Thiago Queiroz, advogado do denunciante, afirmou que ficou satisfeito com o resultado e que durante as investiga��es ficou evidente que L�saro Borges enganou Francisco.
"Todos os documentos foram levados e assinados num �nico momento, inclusive a rescis�o, enganando o idoso".
"Todos os documentos foram levados e assinados num �nico momento, inclusive a rescis�o, enganando o idoso".
E os vereadores, o que alegaram?
Alguns vereadores conversaram com a imprensa ap�s o fim do julgamento. O presidente da C�mara, Ezequiel Macedo (PP), afirmou que o julgamento seguiu conforme esperado.
Ele n�o quis justificar o voto dele pela cassa��o de L�saro Borges. Ele tamb�m explicou o motivo da acusa��o n�o ter sido ouvida no julgamento. "Porque o denunciante n�o fazia parte do processo, simplesmente a den�ncia."
Ele n�o quis justificar o voto dele pela cassa��o de L�saro Borges. Ele tamb�m explicou o motivo da acusa��o n�o ter sido ouvida no julgamento. "Porque o denunciante n�o fazia parte do processo, simplesmente a den�ncia."
O relator da den�ncia, Gladston Gabriel (Podemos), disse que o trabalho de apura��o foi intenso e que est� satisfeito com o resultado.
"A nova C�mara Municipal est� aqui para trabalhar e n�o para colocar nada debaixo do tapete. Estamos aqui para ir ao encontro do que a popula��o patense quer".
"A nova C�mara Municipal est� aqui para trabalhar e n�o para colocar nada debaixo do tapete. Estamos aqui para ir ao encontro do que a popula��o patense quer".
Bartolomeu Ferreira (DEM), que votou contra a cassa��o, justificou a posi��o.
"O voto � pautado no que o vereador ouviu. O trabalho foi muito bem instru�do pela defesa. O relat�rio da comiss�o tamb�m. Por�m, � uma palavra contra a outra. Eu acho que enquanto n�o houver a acusa��o na Justi�a, a C�mara n�o poderia julgar".
"O voto � pautado no que o vereador ouviu. O trabalho foi muito bem instru�do pela defesa. O relat�rio da comiss�o tamb�m. Por�m, � uma palavra contra a outra. Eu acho que enquanto n�o houver a acusa��o na Justi�a, a C�mara n�o poderia julgar".