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Estado de Minas POL�TICA

�ltimo 'trof�u' da Lava Jato, Cabral completa 5 anos preso


19/11/2021 08:07

Quando S�rgio Cabral (MDB) foi preso, em novembro de 2016, Jair Bolsonaro era um deputado radical e Wilson Witzel, juiz. O ex-governador do Rio completou cinco anos de cadeia na quarta-feira, ostentando o posto de o �ltimo "trof�u" da Lava Jato - o �nico pol�tico de peso ainda encarcerado por causa dos esquemas investigados pela opera��o.

A Lava Jato come�ou a perder for�a ap�s a revela��o de conversas entre procuradores e o ent�o juiz dos casos julgados em Curitiba, S�rgio Moro. Elas geraram suspeitas de conluio entre ju�zo e acusa��o, negadas por ambos, mas referendadas pelo Supremo Tribunal Federal, que concluiu pela parcialidade de Moro nos casos que resultaram em condena��es, como a do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva.

Seja por irregularidades nos processos, por confiss�es de crimes ou por progress�o de regime, quase todos os r�us da opera��o, no Rio ou em Curitiba, conseguiram se livrar da cadeia. Al�m de Lula, o ex-presidente da C�mara Eduardo Cunha (MDB) tamb�m foi beneficiado. Houve ainda o ex-presidente Michel Temer (MDB) e o sucessor de Cabral no governo, Luiz Fernando Pez�o (MDB), tamb�m soltos.

Cabral foi preso no dia 17 de novembro de 2016, quando a PF deflagrou a Opera��o Calicute, sob acusa��o de receber propinas em troca de contratos de obras como a reforma do Maracan�, o Arco Metropolitano e o PAC das Favelas. Os procuradores esmiu�aram um amplo esquema de corrup��o, "mesadas", taxas de propina e de lavagem de dinheiro.

O Minist�rio P�blico Federal fatiou as acusa��es e denunciou Cabral em 37 a��es penais, sendo 35 da Lava Jato. A estrat�gia dificultou a defesa e elevou a pena. Al�m da manuten��o da pris�o preventiva, esse � o principal ponto criticado pela defesa. Cabral � acusado de crimes como corrup��o, lavagem de dinheiro, organiza��o criminosa e evas�o de divisas. As penas somam 393 anos.

Neste ano, o advogado M�rcio Delambert, respons�vel por fazer Cabral confessar crimes, deixou a defesa. A dela��o premiada, que citou nomes do Judici�rio, foi anulada pelo Supremo em maio e n�o rendeu benef�cios ao r�u.

Uma esperan�a do ex-governador tamb�m resulta de suspeitas sobre o Judici�rio. Envolve a Opera��o Spoofing, com conversas que comprometeriam integrantes da Lava Jato, e a dela��o premiada do advogado Nythalmar Dias Ferreira Filho, que teria informa��es sobre supostas irregularidades cometidas pelo juiz Marcelo Bretas, da 7� Vara Federal Criminal, respons�vel por condena��es de Cabral. Bretas nega.

PREVENTIVAS

Outro ponto questionado pelos advogados � a manuten��o das cinco pris�es preventivas - a �ltima decretada neste m�s por suposto recebimento de propina para contratar uma empresa de seguran�a durante as obras do Maracan�. Os procuradores alegam que, solto, Cabral poderia atrapalhar as investiga��es. A defesa refuta, j� que ele deixou o Pal�cio Guanabara h� mais de sete anos.

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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