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Estado de Minas EXTREMISTA

Sara Winter sobre Bolsonaro: 'Se ele pedir, os bolsonaristas comem m...'

Em entrevista � ISTO�, ativista afirmou que ordem de mudar o foco dos protestos para o STF veio do ministro general Augusto Heleno


20/11/2021 15:12 - atualizado 20/11/2021 15:52

A ativista Sara Winter
(foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
Na �ltima sexta-feira (19/11), a ativista Sara Winter, 29 anos, revelou detalhes de sua rela��o com o governo Bolsonaro e as articula��es do "Acampamento dos 300", instalado em maio de 2020, em Bras�lia. Em entrevista � ISTO�, a ativista apontou nomes de parlamentares, ministros e do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na orienta��o para atacar a imprensa, o Supremo Tribunal Federal (STF) e, o ent�o presidente da C�mara, Rodrigo Maia.

A ex-defensora de Bolsonaro se declara desiludida com o presidente. Entre os motivos da indigna��o, a censura dentro do bolsonarismo, a falta de apoio e uma d�vida de mais de R$ 3 milh�es, referente � processos judiciais. A ativista se diz arrependida de ter feito o acampamento. "N�o tem mais como defender Bolsonaro. Mas se ele pedir para os bolsonaristas comerem merda, as pessoas v�o comer". 

Sara n�o revelou quem teve a ideia dos ataques e afirmou que a iniciativa do acampamento partiu dela e de Osvaldo Eust�quio "que se transformou numa histeria coletiva". No entanto, disse que diversos parlamentares como Daniel Silveira (PTB-RJ), Carla Zambelli (PSL-SP), Sargento Fahur (PSL-PR) e Bia Kicis (PSL-DF) foram muito presentes na organiza��o do acampamento, incluindo o ministro-chefe do Gabinete de Seguran�a, general Augusto Heleno.

Segundo a ativista, a deputada Carla Zambelli era a parlamentar que mais interagia com o acampamento. Tamb�m teria partido de Zambelli o direcionamento dos protestos contra Rodrigo Maia. A presidente da Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ), Bia Kicis, tinha o papel de ajudar na estrutura da organiza��o. De acordo com Sara, a deputada teria cedido um assessor de seu gabinete para acompanhar as reuni�es com a Secretaria de Seguran�a do Distrito Federal. Al�m disso, durante a entrevista, ela disse que a influ�ncia do presidente Bolsonaro sobre o grupo era direta, mas que ele n�o poderia ser o "protagonista para n�o sofrer repres�lias".

Ao se referir a ministra da Mulher, da Fam�lia e dos Direitos Humanos, Damares Alves, foi cautelosa com as palavras. Sara chegou a morar com ela e era comum que a filha de Damares ficasse na casa de sua m�e. A ministra teria orientado Sara � abandonar o acampamento. "A Damares j� sabia que eu ia ser presa e o governo orientou a n�o falar mais comigo". As duas n�o se falam desde 27 de maio de 2020.

Quando questionada sobre o funcionamento da mil�cia digital, ela revelou que depois que saiu da bolha bolsonarista suas m�dias perderam for�a, mas que o boato mais comum � que os deputados utilizam as emendas em esquemas para criar perfis falsos, especialmente nesse momento. "Ainda tem gente ganhando muito dinheiro com isso", admite.

Com medo de retalia��o, tanto da esquerda quanto de bolsonaristas, a militante reconhece que usa a imprensa como um meio para conseguir alguma prote��o e planeja se mudar para o M�xico com o filho.


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