O governador de S�o Paulo, Jo�o Doria, e o ex-senador Arthur Virg�lio defenderam neste domingo, 21, que as pr�vias do PSDB sejam adiadas em uma semana. Em nota conjunta, ambos disseram que querem o "dia 28 de novembro, pr�ximo domingo, para que o processo de pr�vias se encerre de forma r�pida, eficiente e justa".
"� urgente retomar o processo de escolha do candidato em respeito aos filiados tucanos e o seu direito de votar", diz a nota. "Prolongar ainda mais o processo de pr�vias seria um desrespeito aos filiados tucanos e ao processo democr�tico."
O processo interno, que define o pr�-candidato tucano ao Pal�cio do Planalto, seria finalizado neste domingo, mas foi suspenso e tem a previs�o de resultado indefinida por problemas no aplicativo de vota��o remota. Os votos presenciais no Centro de Conven��es Ulysses Guimar�es, em Bras�lia, por sua vez, foram contabilizados.
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e Doria, polarizam a disputa interna. Arthur Virg�lio tamb�m concorre, mas sem chances de vencer.
"Foi alertado durante todo o processo sobre a fragilidade do aplicativo e os problemas de instabilidade e inseguran�a que o modelo proposto poderia trazer para as prim�rias", afirmam Doria e Virg�lio. "Mesmo diante dos alertas de ambas as campanhas e da Kryptus, auditoria contratada pelo pr�prio partido para garantir a lisura da elei��o, a dire��o do PSDB optou por manter o contrato com a Faurgs (Funda��o de Apoio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, sediada em Pelotas) e o uso da plataforma", acrescentam.
Al�m das dificuldades em votar, o problema t�cnico motiva acusa��es de fraude entre aliados dos dois principais advers�rios na disputa. O ga�cho declarou que as pr�vias devem ocorrer "o quanto antes".
Nos bastidores, apoiadores do governador de S�o Paulo acusam a campanha de Leite de querer adiar as pr�vias para ganhar no "tapet�o". Aliados de Doria chegaram a dizer at� mesmo que adeptos da candidatura de Leite tentam "melar" o processo, com o adiamento das pr�vias, porque vislumbraram a derrota iminente. O mesmo discurso � usado por aliados de Leite.
Em nota, a Funda��o de Apoio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Faurgs) afirmou que est� investigando as causas da instabilidade no aplicativo. "Os esfor�os dos t�cnicos da institui��o est�o em descobrir a causa da lentid�o do sistema. Assim que houver total comprova��o, o detalhamento desse ocorrido ser� levado a p�blico", disse a institui��o, que negou rela��o com compra de licen�as para realizar o reconhecimento facial dos filiados, como chegou a se especular mais cedo.
De acordo com a Faurgs, a seguran�a do sistema de apura��o n�o foi afetada. "Todo o processo est� sendo acompanhado por t�cnicos representando as tr�s chapas inscritas, garantindo lisura e transpar�ncia", finaliza a nota.
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