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Estado de Minas POL�TICA

Justi�a tranca inqu�rito contra revista por capa que compara Bolsonaro a Hitler

Edi��o da revista 'Isto�' apresentou presidente como 'genocida' e com a manchete que dizia: 'As pr�ticas abomin�veis do mercador da morte'


23/11/2021 22:32 - atualizado 23/11/2021 22:59

Presidente Bolsonaro
Juiz destacou que inqu�rito consiste em "flagrante ilegalidade"; Bolsonaro foi criticado em capa de revista (foto: Antonio Cruz/Ag�ncia Brasil)
O juiz Frederico Botelho de Barros Viana, magistrado em aux�lio � 10ª Vara da Justi�a Federal do Distrito Federal, determinou o trancamento de inqu�rito requerido pelo Minist�rio da Justi�a para investigar suposto crime contra a honra do presidente Jair Bolsonaro envolvendo a edi��o da revista Isto� que apresentou em sua capa uma imagem do chefe do Executivo com um bigode semelhante ao que era usado pelo ditador nazista Adolph Hitler, onde se l� "genocida", e a manchete "as pr�ticas abomin�veis do mercador da morte".

O magistrado considerou que n�o ‘se verifica a exist�ncia de qualquer ind�cio, m�nimo que seja, apto a justificar a exist�ncia de procedimento investigat�rio’. Na avalia��o de Viana, a reportagem questionada pelo Minist�rio da Justi�a analisa debates relacionados � CPI da Covid e "enfatiza uma das alega��es feitas pelo senador Renan Calheiros, que compara supostas pr�ticas do governo atual com pr�ticas realizadas durante o regime nazista alem�o".

"A mat�ria n�o traz consigo quaisquer elementos que possam sugerir a eventual necessidade e adequabilidade de aplica��o da seara penal. As informa��es apresentadas e as reflex�es realizadas s�o reflexo da exist�ncia da garantia de liberdade de manifesta��o do pensamento e tamb�m da liberdade de imprensa, em nada superando os limites a serem observados em um Estado Democr�tico de Direito", ponderou o juiz.

O juiz destacou que a continuidade do inqu�rito consiste em "flagrante ilegalidade", considerando que n�o h� ‘justa causa m�nima apta a fundamentar sua exist�ncia". "Sua instaura��o, inclusive, mais se aproxima de uma tentativa de combate � livre manifesta��o do pensamento a partir da utiliza��o do aparato repressivo estatal, uma vez que n�o h� legitimidade em procedimento investigat�rio que n�o possua justa causa m�nima", ponderou ainda Viana.

Al�m da instaura��o de inqu�rito sobre a reportagem da Isto�, com base em representa��o feita por Bolsonaro, a Advocacia-Geral da Uni�o chegou a cobrar direito de resposta da publica��o e pediu que ela seja relan�ada com uma capa alternativa.

Ap�s a veicula��o da reportagem a sede da Editora Tr�s, respons�vel pela publica��o da revista Isto�, foi alvo de ataques criminosos. Na ocasi�o, a empresa disse que "ativistas pol�ticos" colaram cartazes e picharam os muros do local, causando danos ao patrim�nio f�sico e insultando diretores do grupo de m�dia.


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