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Estado de Minas POL�TICA

Prefeitos pressionam governo federal por subs�dio para congelar tarifa de �nibus


24/11/2021 12:26

A alta acumulada de 65% no pre�o do diesel usado para fazer andar �nibus p�blicos em todo o Pa�s neste ano levou a Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) a pressionar o governo federal por ajuda financeira para manter os pre�os atuais das tarifas ou permitir um aumento m�nimo a partir de 2022. Ap�s um primeiro contato com o presidente Jair Bolsonaro na segunda, o prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), e outros dez prefeitos desembarcam nesta quarta, 24, em Bras�lia para negociar recursos da Uni�o com os presidentes da C�mara, do Senado e com o Minist�rio da Economia.

�s v�speras de um ano eleitoral, o pleito dos prefeitos ganha um argumento extra: a alta nas passagens de todo o Pa�s ampliaria ainda mais a infla��o, prejudicando n�o apenas a popula��o, mas o pr�prio governo. Tamb�m vale lembrar que as manifesta��es pol�ticas que marcaram o ano de 2013 tiveram in�cio com o aumento da passagem em S�o Paulo.

A tarifa do transporte p�blico influencia diretamente a renda das fam�lias. Segundo levantamento do Instituto Mobilize, os gastos com transporte representam mais de 10% do or�amento mensal dos moradores de capitais brasileiras. Os usu�rios de Belo Horizonte, por exemplo, destinam 16,7% de sua renda para o transporte.

Durante a pandemia, as tarifas foram mantidas pelos Munic�pios. Na capital paulista, por exemplo, o bilhete simples permanece congelado em R$ 4,40 desde janeiro de 2020, for�ando a Prefeitura a arcar com a diferen�a entre o custo do sistema e o valor arrecadado com os usu�rios. A previs�o � que esse montante supere R$ 3,3 bilh�es neste ano em repasses �s empresas de transporte.

Em entrevista � R�dio Eldorado, do Grupo Estado, no in�cio do m�s, Nunes afirmou ser "praticamente imposs�vel" n�o repassar � popula��o a infla��o acumulada do diesel. Desde ent�o, o prefeito tem atribu�do ao governo Bolsonaro a responsabilidade de impedir tal medida. Mas, por enquanto, n�o obteve qualquer sinal de que isso possa ocorrer. Na reuni�o de segunda. Bolsonaro apenas ouviu a demanda e pediu um estudo a respeito, informou o prefeito.

A comitiva que negocia um aporte financeiro do governo � chefiada pelo presidente da FNP, o prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira Filho (PDT), que j� defendeu o financiamento federal em reuni�o com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), no m�s de agosto. Na �poca, Nogueira Filho afirmou que os prefeitos buscavam um repasse de R$ 5 bilh�es para amenizar as perdas em fun��o da pandemia.

Para manter a frota em circula��o com a queda de passageiros, a maioria dos Munic�pios foi obrigada a criar mecanismos pr�prios de subs�dio, gerando um passivo financeiro que agora n�o conseguem suportar. Antes da crise sanit�ria, apenas S�o Paulo, Curitba e o Distrito Federal tinham uma pol�tica permanente de ajuda ao sistema. Os recursos federais serviriam para assegurar ao menos as gratuidades concedidas a idosos.

Em S�o Paulo, n�o apenas o prefeito Ricardo Nunes, mas tamb�m o governador Jo�o Doria (PSDB) t�m responsabilizado Bolsonaro pela conta paga com combust�veis. "Ao longo de 22 meses de pandemia, o governo de S�o Paulo bancou mais de R$ 3 bilh�es no sistema de transporte p�blico estadual e tamb�m na regi�o metropolitana de S�o Paulo. Sem qualquer ajuda ou contribui��o do governo federal. E, para piorar, os aumentos quase quinzenais nos combust�veis", disse Doria no dia 5, um dia depois da entrevista de Nunes � Eldorado.

Ao longo desta quarta, Nunes, Nogueira Filho e os demais prefeitos - como Paulo Serra (PSDB), de Santo Andr� -, t�m agendas marcadas com Pacheco; com o presidente da C�mara, Arthur Lira (PP-AL); e com o secret�rio especial do Tesouro e Or�amento, Esteves Colnag. O grupo ainda aguarda resposta se ser� recebido tamb�m por Bolsonaro.


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