(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas POL�TICA

Vit�ria de Doria deixa PSDB mais hostil a desafetos A�cio e Alckmin


28/11/2021 19:58

A vit�ria de Jo�o Doria nas pr�vias do PSDB para disputar a Presid�ncia da Rep�blica em 2022 lan�ou ainda mais press�o pol�tica e d�vidas sobre os pr�ximos passos de dois ex-presidenci�veis do partido, A�cio Neves e Geraldo Alckmin. Rivais de Doria, ambos se opuseram � ascens�o do governador de S�o Paulo e, derrotados internamente, se veem agora com pouco espa�o de poder, �s voltas com especula��es de que deixar�o o partido.

No tucanato, as alas aecista e alckmista trabalharam majoritariamente pelo triunfo de Eduardo Leite, governador ga�cho suplantado por Doria nas pr�vias. A�cio e seus aliados rejeitam a debandada, apesar do ambiente hostil e das cobran�as por expurgo. Mas Alckmin pode ter sua decis�o precipitada.

Aliados dizem que n�o h� mais condi��es de ele permanecer na legenda. Ele j� conversava com partidos de centro-direita, como o PSD, e at� de esquerda, como o PSB, sendo considerado pe�a-chave no xadrez eleitoral das disputas pelo Pal�cio do Planalto e pelo Pal�cio dos Bandeirantes.

O PSDB concluiu suas pr�vias in�ditas com m�goas n�o cicatrizadas e desentendimentos expl�citos. Um cen�rio de "uni�o" pregado pela dire��o nacional � visto como distante para integrantes da velha guarda do PSDB. Durante os �ltimos meses, a troca de farpas mais dura foi protagonizada por Doria e A�cio - identificado pelo entorno do governador como incentivador da rebeldia da bancada bolsonarista no PSDB da C�mara.

Doria j� defendeu publicamente a expuls�o do mineiro por causa das suspeitas de corrup��o no caso JBS. A�cio reagiu. Ele acusou o rival de liderar um projeto pessoal e disse que o PSDB correria risco de se tornar um "partido nanico" com a candidatura do governador de S�o Paulo � Presid�ncia.

Influenciado por A�cio, o diret�rio de Minas Gerais apoiou Leite, que se vencesse poderia ter fortalecido o poder atualmente exercido por A�cio de forma discreta na sigla. Com o cen�rio oposto, sua influ�ncia no partido pode se ver fragilizada. Mesmo diante desse quadro, o mineiro nega a possibilidade de deixar o PSDB.

A posi��o foi reafirmada neste domingo, 28, por um de seus aliados, o presidente da sigla em Minas e deputado federal, Paulo Abi-Ackel (MG). Ao Estad�o/Broadcast Pol�tico, Abi-Ackel afirmou que "nenhum de n�s" pensa em sair do PSDB. "E sei que posso falar pelo ex-governador A�cio Neves. N�o cogitamos deixar o PSDB, at� porque fomos n�s que o constru�mos ao longo dos �ltimos 30 anos", afirmou o deputado.

Embora ningu�m cogite hoje que A�cio atue na campanha de Doria, seus aliados calculam que o agora pr�-candidato do PSDB precisar� do apoio de Minas para pacificar o partido e evitar defec��es na rota das elei��es. Abi-Ackel tamb�m refor�ou o desafio que Doria ter� nos pr�ximos meses para demonstrar ter "condi��es de liderar uma candidatura vi�vel na terceira via" nos pr�ximos meses. "A bola est� com ele", disse o deputado, para quem a ala de apoio a Eduardo Leite "de certa forma" se sente vitoriosa com os 45% de votos conquistados pelo ga�cho nas pr�vias.

Um dos temores correntes entre aliados de Doria � que seus inimigos na legenda trabalhem para que o PSDB desista de ter candidato pr�prio a presidente. Questionado se o �xito de Doria na elei��o interna concretizaria a candidatura pr�pria, Abi-Ackel indicou que ainda h� muitas discuss�es internas ao longo da fase pr�-eleitoral e destacou o protagonismo da se��o de Minas Gerais.

"Vamos imaginar que Doria seja capaz de unificar o partido e tornar-se vi�vel. Para isso, Minas ser� fundamental, porque provamos ter for�a, unidade e entusiasmo com o partido. Demos para Eduardo quase 100% dos votos de filiados, militantes, prefeitos e vices, vereadores, deputados. Foi uma bela demonstra��o de for�a", disse.

J� para o ex-governador de S�o Paulo Geraldo Alckmin, a defini��o de Doria como pr�-candidato deve selar seu destino fora do PSDB. Alckmin guarda o desejo de concorrer mais uma vez ao Pal�cio dos Bandeirantes no pr�ximo ano, a contragosto de Doria. O atual governador apoia os planos eleitorais do vice-governador Rodrigo Garcia, egresso do DEM, e queria for�ar uma disputa de prim�rias locais, o que Alckmin rejeita. Alckmin foi padrinho pol�tico de Doria, mas sofreu o que considera um processo de "trai��o" ao ver Doria tentar disputar o Planalto ainda em 2018, furando a fila tucana, e depois apoiando Bolsonaro na mesma campanha, quando Alckmin naufragou.

Aliados apostam que n�o existem mais chances de Alckmin permanecer no partido e que ele deve seguir para outro para viabilizar sua candidatura ao governo de S�o Paulo. Alckmin, que encabe�a a corrida eleitoral em S�o Paulo de acordo com pesquisas eleitorais, j� flerta com alguns, como o PSD, de Gilberto Kassab.

O Uni�o Brasil, fus�o do DEM com o PSL, tamb�m entrou na disputa para abrigar o ex-governador. Recentemente, ele passou a ser cortejado para uma alian�a com o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) em 2022. Seria filiado ao PSB e disputaria como candidato a vice-presidente. Apesar de j� ter declarado que se sente "honrado" com o aceno petista e at� elogiado Lula, algo que provoca ru�dos no tucanato, a composi��o � considerada improv�vel por alckmistas.

Doria tem sido cauteloso ao falar sobre ambos. Ele tem elogiado a trajet�ria pol�tica do ex-governador e neste domingo citou as incertezas sobre a perman�ncia do tucano na legenda. "Resta saber qual seu destino. Se for ficar no PSDB, ser� muito bem-vindo e ser� respeitado nos seus objetivos, obviamente, na dimens�o que possui como homem p�blico", disse em entrevista na CNN. Sobre A�cio, o governador de S�o Paulo se esquivou de coment�rios. A reportagem tentou contato com A�cio, mas n�o obteve resposta at� a publica��o deste texto. Alckmin tamb�m n�o retornou.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)