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Elei��es 2022: quem s�o os pr�-candidatos a Presidente e os obst�culos que devem enfrentar

Jair Bolsonaro vai disputar a reelei��o enquanto Lula tenta retornar ao Pal�cio do Planalto para um terceiro mandato. Enquanto isso, candidatos de esquerda e direita tentam se viabilizar como 'terceira via'.


01/12/2021 09:05 - atualizado 01/12/2021 10:14


bússola
Jair Bolsonaro vai disputar a reelei��o enquanto Lula tenta retornar ao Pal�cio do Planalto para um terceiro mandato. Enquanto isso, candidatos de esquerda e direita tentam se viabilizar com 'terceira via' (foto: Getty Images)

Esta reportagem ser� constantemente atualizada para refletir novas candidaturas e a retirada de nomes da disputa presidencial at� o registro oficial pelos partidos no ano que vem.

A elei��o presidencial de 2022 tende a gerar grande polariza��o, com Jair Bolsonaro (PL) disputando a reelei��o e o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) tentando retornar � Presid�ncia da Rep�blica para um terceiro mandato.

Mas pr�-candidatos de esquerda, centro e direita tentam se viabilizar como "terceira via", entre eles Ciro Gomes (PDT), a senadora Simone Tebet (MDB) e o ex-juiz S�rgio Moro (Podemos).

J� o PSDB escolheu o governador de S�o Paulo, Jo�o D�ria, como pr�-candidato do partido � elei��o. Mas ele ter� a tarefa dif�cil de resgatar a relev�ncia do partido na corrida presidencial. Em 2018, o candidato tucano, Geraldo Alckmin, ficou em quarto lugar no primeiro turno, com pouco mais de 4% dos votos.

At� agora, a �nica mulher na disputa � a senadora Simone Tebet, do MDB. A lista definitiva de candidatos s� vai ser definida nas conven��es partid�rias que v�o ocorrer entre 20 de julho e 5 de agosto de 2022.

A BBC News Brasil lista aqui as pessoas que, pouco menos de um ano antes da elei��o, j� foram lan�adas como pr�-candidatas — e os desafios que cada uma tem a enfrentar.

Jair Bolsonaro, pelo PL


Jair Bolsonaro
(foto: EPA/Joedson Alves)

O presidente Jair Bolsonaro vai disputar a reelei��o pelo Partido Liberal, legenda de Valdemar Costa Neto, um dos condenados no esc�ndalo do mensal�o. Atualmente, um dos principais desafios de Bolsonaro � a popularidade em baixa. Segundo pesquisa Datafolha de setembro, 53% consideram o seu governo ruim ou p�ssimo — o pior �ndice desde o in�cio do mandato. Na pesquisa anterior, o percentual era de 51%.

Alguns elementos contribu�ram para essa queda: a rea��o do governo � pandemia do coronav�rus; os esc�ndalos envolvendo filhos do presidente, especialmente o chamado caso das "rachadinhas"; e as acusa��es relacionadas � compra de vacinas contra a covid.

A crise econ�mica, com alta cont�nua da infla��o, e o aumento da pobreza tamb�m podem significar desafios para a reelei��o de Bolsonaro. Por outro lado, o aumento do valor do Aux�lio Brasil (antigo Bolsa Fam�lia) pode ajudar a recuperar parte dos votos. Bolsonaro deu novo nome ao Bolsa Fam�lia, numa tentativa de imprimir marca pr�pria na assist�ncia social. O presidente tamb�m conta com uma base de eleitores fi�is dispostos a ir �s ruas para defender suas posi��es, como ocorreu nos protestos de 7 de setembro.

"O principal desafio de Bolsonaro � a avalia��o ruim do seu governo, conforme mostram pesquisas de opini�o", disse � BBC News Brasil o cientista pol�tico Claudio Couto, professor da Funda��o Get�lio Vargas (FGV). "Tem bolsonaristas que n�o abandonam Bolsonaro, mas tem os bolsonaristas de ocasi�o, que podem abandonar Bolsonaro e ir para outros candidatos de direita, principalmente para S�rgio Moro", avalia.

Para Couto, Bolsonaro tem dois desafios pela frente que n�o existiam na elei��o de 2018. Primeiro, ele vai ter que centrar for�a na campanha em atacar dois candidatos: S�rgio Moro, seu principal advers�rio na disputa para chegar ao segundo turno; e Luiz In�cio Lula da Silva, atualmente em primeiro lugar nas pesquisas de inten��o de voto.

"Em 2018, Bolsonaro s� precisava atacar Lula. Ele era o candidato do antipetismo. Agora, tem Moro como alternativa e ele vai precisar centrar fogo em duas frentes no primeiro turno", diz Couto.

O segundo desafio � o fato de que Bolsonaro ter� mais dificuldade para sustentar o discurso de combate � corrup��o, especialmente ap�s as den�ncias de corrup��o na compra de vacinas contra a covid e as acusa��es de que tentou interferir em investiga��es da Pol�cia Federal.

Se antes de se eleger presidente Bolsonaro era um dos principais defensores da Lava Jato, foi durante seu governo que a for�a tarefa foi desmantelada e o ritmo das investiga��es se reduziu consideravelmente.

"Para Bolsonaro o discurso anticorrup��o foi perdido e foi perdido por conta dos problemas na fam�lia, o envolvimento em compra de vacina, e o favorecimento de seus aliados do Centr�o. Esse discurso, a n�o ser para quem acredita que o PT det�m o monop�lio da corrup��o, n�o vai colar como em 2018", diz Couto.

Bolsonaro est�, atualmente, em segundo lugar nas pesquisas de inten��o de voto, atr�s apenas de Luiz In�cio Lula da Silva. Num eventual segundo turno com Lula, ele poder� voltar a personificar o antipetismo que o ajudou a se eleger em 2018.

Luiz In�cio Lula da Silva, pelo PT


Lula
(foto: EPA/LUCA PIERGIOVANNI)

O ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silvia aparece em primeiro lugar nas pesquisas de inten��o de voto para presidente da Rep�blica, seguido por Bolsonaro e S�rgio Moro. Desde que teve sua condena��o por corrup��o anulada pelo Supremo Tribunal Federal, sua candidatura pelo PT � Presid�ncia � tida como certa por pol�ticos do partido.

Embora, n�o tenha confirmado que ir� concorrer, o ex-presidente tem participado de eventos para discutir propostas para o Brasil, vem se reunindo com setores da sociedade, como lideran�as evang�licas, e at� rodou a Europa para dialogar com chefes de Estado e de governo.

O principal obst�culo do ex-presidente � o antipetismo, que ainda deve ter peso na pr�xima disputa presidencial, com eleitores buscando alternativas numa terceira via ou recorrendo a Moro ou Bolsonaro para evitar um retorno de Lula.

"O Lula tem a dificuldade de vencer o antipetismo. Mas isso est� mais fraco do que foi anteriormente. Uma parte dos problemas que originou o antipetismo, que � o esc�ndalo de corrup��o, se dissolveu pelo tempo que passou, s�o esc�ndalos j� precificados", avalia Claudio Couto, da FGV..

Lula tem a vantagem de, ao menos por enquanto, s� ter Ciro Gomes (PDT) como advers�rio de esquerda na disputa. Todos os demais pr�-candidatos s�o associados � centro-direita ou direita. Isso garante a ele maior facilidade para chegar ao segundo turno.

"Lula, de todos os candidatos, � o que pode estar na posi��o mais confort�vel. Ele tem na esquerda um apoio consolidado. Ciro Gomes, ao bater forte em Lula e Dilma, como tem efeito, abdicou de parte do eleitorado da esquerda", diz Couto.

Sergio Moro, pelo Podemos


Sérgio Moro
(foto: REUTERS/Adriano Machado)

Em 10 de novembro, o ex-juiz Sergio Moro se filiou ao Podemos numa cerim�nia na qual o partido o anunciou como "futuro presidente da Rep�blica".

Depois de deixar os processos da Opera��o Lava Jato, renunciar ao cargo de juiz, entrar para a pol�tica como ministro da Justi�a de Jair Bolsonaro e pedir demiss�o, Moro se torna o principal advers�rio do atual presidente na disputa para o segundo turno da elei��o presidencial de 2022.

Nas primeiras pesquisas de inten��o de voto realizadas ap�s a filia��o ao Podemos, o ex-juiz aparece em terceiro lugar na disputa, atr�s de Lula e Bolsonaro, mas com tend�ncia de alta no desempenho.

Pesquisa PoderData realizada na semana do dia 22 a 24 de novembro, aponta Lula com 38% das inten��es de voto, Bolsonaro em segundo lugar, com 27%, e Moro em terceiro, com 14%.

"Ele � um candidato que tende a crescer agora. Primeiro, por se confirmar como candidato de fato. Antes era apenas uma hip�tese de candidato. Ele agora tem chances de roubar votos de Bolsonaro, j� que parte do eleitorado do presidente tamb�m � 'morista' ou 'lavajatista'", avalia Claudio Couto, da FGV.

Por outro lado, Moro ter� o desafio de comprovar que suas capacidades v�o al�m do discurso anticorrup��o. Tamb�m ter� de enfrentar as acusa��es de que agiu com parcialidade nos julgamentos da Lava Jato e de que cometeu abusos durante a investiga��o. Mas ele tem espa�o para conquistar votos de antipetistas, e pode roubar parte do eleitorado do PSDB que desaprova Bolsonaro, mas tamb�m n�o quer o retorno de Lula.

"Ele vai ter que demonstrar que consegue dominar outros temas e fazer promessas cr�veis. Apostaria numa disputa entre Moro e Bolsonaro para chegar ao segundo turno. Os dois v�o se vender como baluartes do antipetismo, mas Moro vai precisar comprovar que � mais que um ex-juiz", diz Couto.

Jo�o D�ria, pelo PSDB


João Dória
(foto: REUTERS/Adriano Machado)

O governador de S�o Paulo, Jo�o D�ria, foi escolhido para ser candidato do PSDB ap�s vencer o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e o prefeito de Manaus, Arthur Virg�lio, em pr�vias realizadas pelo partido.

Durante a pandemia do coronav�rus, D�ria se projetou ao adotar postura oposta � de Bolsonaro na rea��o � crise. Nos picos de infec��o, ele defendeu lockdowns, fechamento de com�rcio e restaurantes e medidas de isolamento social, al�m de ter investido, por meio do Instituto Butantan, na produ��o da CoronaVac, a primeira vacina a ser disponibilizada no Brasil contra a covid-19.

Para se cacifar nacionalmente, a tend�ncia � que ele se apresente como "o candidato da vacina" contra covid, ou seja, como algu�m que reagiu � crise. Mas pesquisas de inten��o de voto realizadas at� agora o colocam na quarta ou quinta posi��o no primeiro turno.

O PSDB vem passando por um processo de desgaste interno e, na �ltima elei��o presidencial, candidato tucano Geraldo Alckmin s� alcan�ou 4% dos votos no primeiro turno — resultado considerado desastroso para um partido que sempre figurava em primeiro ou segundo lugar na disputa presidencial desde 1994.

Al�m disso, D�ria enfrenta resist�ncias dentro do pr�prio partido e corre o risco de ser alvo de "fogo amigo" durante a campanha. "H� chance de integrantes do PSDB apoiarem outros candidatos de centro e direita, como S�rgio Moro", diz Claudio Couto, da FGV.

D�ria tamb�m vai enfrentar o desafio de convencer o eleitorado de outras regi�es do pa�s, especialmente do Nordeste, que n�o � um pol�tico centrado nos interesses e desafios de S�o Paulo e do Sudeste.

"D�ria ainda tem uma imagem antip�tica fora de S�o Paulo, de algu�m muito distante da realidade das regi�es mais pobres do pa�s. Ele precisa vencer essa resist�ncia e ter� a tarefa de comprovar que tem sensibilidade para quest�es de outros Estados", avalia o professor de ci�ncia pol�tica da FGV.

Ciro Gomes, pelo PDT


Ciro Gomes
(foto: REUTERS/Amanda Perobelli)

Se for confirmada a sua candidatura � Presid�ncia pelo PDT, esta ser� a quarta vez que Ciro Gomes concorre ao cargo. Em 2018, ficou em terceiro lugar no primeiro turno, com 12,5% dos votos.

Ele tamb�m concorreu � Presid�ncia em 2002 e 1998. Candidato associado � esquerda ou centro-esquerda, Ciro Gomes tenta novamente despontar como terceira via, ou seja, alternativa a Lula e Bolsonaro.

A seu favor, ele conta experi�ncia pol�tica, numa elei��o que n�o dar� o mesmo peso a "outsiders" ou figuras antipol�ticas como a de 2018. Ciro foi prefeito de Fortaleza, deputado estadual, deputado federal, governador do Cear� e ministro dos governos Itamar Franco e Lula.

Ele passou por sete partidos e deve concorrer � elei��o de 2022 pelo PDT. Para fazer frente � candidatura de Lula, Ciro tem adotado uma estrat�gia de ataque, criticando fortemente o ex-presidente petista.

"Lembre que o Brasil mudou muito e Lula n�o renovou as ideias. Ser� que ele se corrigiu e n�o vai repetir aqueles erros terr�veis que voc� s� descobriu depois? O pior � que voc� nunca viu ele pedir perd�o pelos erros e est� vendo ele se juntar de novo �s mesmas pessoas", escreveu Ciro nas redes sociais.

O ex-governador do Cear� tamb�m chegou a acusar Lula de conspirar para o impeachment de Dilma e, quando a petista saiu em defesa do padrinho pol�tico, Ciro reagiu dizendo que a ex-presidente foi uma das pessoas "mais inapetentes, incompetentes e presun�osas" a presidir o Brasil.

Se por um lado essa estrat�gia visa firmar Ciro Gomes como alternativa a Lula, por outro, pode eventualmente afastar eleitores que nutrem alguma simpatia pelo PT ou que defendem uma ampla alian�a anti-Bolsonaro.

"Ao mesmo tempo em que essa estrat�gia pode custar votos de eleitores da esquerda, Ciro tem dificuldade em conquistar, de fato, eleitores da direita. Ele ainda � visto como algu�m, no m�nimo, de centro-esquerda", diz o cientista pol�tico Claudio Couto.

Simone Tebet, pelo MDB


Simone Tebet
(foto: DIVULGA��O/SIMONE TEBET)

�nica mulher at� o momento a ser cogitada como pr�-candidata � Presid�ncia, a senadora Simone Tebet deve ser lan�ada para disputar o Pal�cio do Planalto pelo MDB em dezembro.

Ela foi a primeira mulher a disputar o comando do Senado, em 2021. Tamb�m foi a primeira parlamentar mulher a comandar a disputada Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ), a primeira vice-governadora de Mato Grosso do Sul e primeira prefeita de Tr�s Lagoas (MS).

A possibilidade de candidatura � Presid�ncia surgiu do destaque que Tebet teve na CPI da covid no Senado. Embora n�o fosse integrante fixa da comiss�o, ela participou dos principais depoimentos da CPI com uma postura contundente e cr�tica � gest�o do governo Bolsonaro na pandemia.

O principal obst�culo que a senadora dever� enfrentar � se tornar nacionalmente conhecida. "Ela � desconhecida fora de seu estado, o Mato Grosso do Sul. A CPI fez com que ela se tornasse conhecida por uma parcela pequena dos eleitores, aqueles que leem jornal, mas isso n�o � ainda suficiente", avalia Couto.

Alessandro Vieira, pelo Cidadania


Alessandro Vieira
(foto: Ag�ncia Senado)

Lan�ado como pr�-candidato pelo partido Cidadania, o senador Alessandro Vieira (SE), assim como Tebet, se destacou durante a CPI da covid no Senado. Ele tamb�m � apresentado pelo Cidadania como uma poss�vel "terceira via" para evitar a polariza��o Bolsonaro-Lula.

"Alessandro representa o pensamento do campo democr�tico � polariza��o existente entre Bolsonaro e Lula. � um sistema que n�o pode continuar pelo retrocesso e atraso que significam. � um senador que tem boa presen�a, com muito engajamento nas redes, uma postura de extrema compet�ncia e reconhecida pela opini�o p�blica", defendeu o presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire, ao anunciar que Vieira seria candidato � Presid�ncia pelo partido.

Nascido em Passo Fundo, Vieira tem 46 anos, � delegado da pol�cia civil e novato na pol�tica, sendo eleito pela primeira vez senador em 2018 pelo Sergipe. Na �poca, ele declarou voto em Bolsonaro, mas depois disse que se arrependeu e se tornou um dos principais cr�ticos do presidente na CPI da covid.

"Me arrependo profundamente do voto no Bolsonaro. Fa�o parte de um grupo de milh�es de brasileiros que, primeiro, estava movido por um sentimento de n�o votar no PT. Subestimei o mal que Bolsonaro poderia fazer. Imaginei que ele poderia ter um governo com uma equipe t�cnica forte que evitasse esses equ�vocos. E foi o contr�rio, temos ele submetendo a equipe t�cnica", disse Vieira em entrevista � BBC News Brasil em junho.

Mas, apesar da proje��o que ganhou na CPI, Vieira tem como obst�culo o fato de ainda n�o ser uma figura conhecida em todas as regi�es do pa�s

"Ele teve um desempenho bom na CPI, que o tornou uma figura nacionalmente conhecida em alguma medida. Digo em alguma medida, porque quando vemos pesquisas de inten��o de voto, muita gente n�o sabe quem ele �. Ele � conhecida por uma parcela mais elitizada, que acompanhou de perto os trabalhos da CPI", diz Couto, da FGV.

Luiz Felipe D'�vila, pelo Partido Novo


Luiz Felipe D'Ávila
(foto: Novo)

O cientista pol�tico Luiz Felipe D'�vila foi anunciado no dia 3 de novembro como pr�-candidato do Partido Novo � Presid�ncia da Rep�blica. Em 2018, o partido surpreendeu em desempenho quando seu ent�o candidato � presidente, Jo�o Amo�do, terminou o primeiro turno em quinto lugar, com 2,5% dos votos, � frente de candidatos como Henrique Meirelles e Marina Silva.

Amo�do, que chegou a anunciar voto em Bolsonaro no segundo turno, passou a defender o impeachment do presidente durante a pandemia. Ele chegou a ser lan�ado novamente como pr�-candidato pelo Novo no in�cio do ano, mas sua candidatura sofreu oposi��o de parcela dos integrantes do partido, sobretudo entre os que apoiam Bolsonaro. O partido, ent�o, decidiu lan�ar Luiz Felipe D'�vila.

Ex-PSDB, D'�vila coordenou o programa de governo do candidato tucano � Presid�ncia Geraldo Alckmin em 2018, mas depois deixou o partido e recentemente se filiou ao Novo. Ele � cr�tico de Bolsonaro e Lula, e diz que os dois formaram governos "populistas de direita e esquerda". Ao ser lan�ado pr�-candidato pelo Novo em cerim�nia no dia 3 de novembro, ele defendeu privatiza��es e outras reformas para reduzir o papel do Estado na economia.

"O populismo apenas perpetua a mis�ria, a pobreza, a corrup��o e o mau funcionamento das institui��es democr�ticas", disse.

A dificuldade do partido Novo ser� tornar D'�vila conhecido nacionalmente. Al�m disso, enquanto em 2018 o partido se beneficiou de um forte movimento de rejei��o da pol�tica e de busca por quadros novos, a elei��o de 2022 tende a ser menos focada na busca pelos chamados "outsiders".

Rodrigo Pacheco, pelo PSD


Rodrigo Pacheco
(foto: Ag�ncia Senado)

Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco se filiou em outubro ao PSD, partido do ex-prefeito de S�o Paulo Gilberto Kassab. Embora a pr�-candidatura ainda n�o esteja confirmada, alguns dias antes da cerim�nia de filia��o de Pacheco, Kassab disse que a ideia � que o senador seja o candidato pelo partido.

"Rodrigo mostrou que tem talento e sabedoria para a vida p�blica. Se Deus quiser ele � o pr�ximo presidente do Brasil. O PSD est� pronto para abra�ar suas propostas", disse o ex-prefeito de SP.

Na cerim�nia de filia��o, Pacheco defendeu, em discurso, que � preciso acabar com a "divis�o" na sociedade brasileira.

"Hoje, estamos todos cansados e descrentes. Estamos cansados de viver em meio a tanta incerteza, a tanta incompreens�o e intoler�ncia. Uma sociedade dividida, em que cada um n�o admite o contr�rio e n�o aceita a exist�ncia do outro, nunca ir� chegar a lugar algum", disse.

Mas o senador n�o quis confirmar se ser� candidato e disse que "tudo tem seu tempo". Pacheco enfrenta como principal obst�culo o fato de ser desconhecido do p�blico em geral.

"Ele � conhecido por quem acompanha a pol�tica muito de perto. O presidente da C�mara, Arthur Lira, est� mais no notici�rio- um notici�rio negativo muitas vezes, mas que o torna mais conhecido", destaca o professor Claudio Couto.

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