C�mara aprova urg�ncia a projeto que legaliza cassinos e jogo do bicho

A C�mara aprovou pedido de urg�ncia para a tramita��o do projeto de lei que legaliza jogos de azar no Pa�s. Foram 293 votos a favor, 138 contra e 11 absten��es. No come�o da semana, a bancada evang�lica havia conseguido adiar a an�lise do requerimento. No entanto, o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), tamb�m pautou uma Proposta de Emenda � Constitui��o (PEC) que isenta im�veis alugados por igrejas de pagamento do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU).

O PSC e o Republicanos, ligado � Igreja Universal do Reino de Deus, foram os �nicos partidos a orientar voto contr�rio ao pedido de urg�ncia. Outras legendas do Centr�o, como o PP e o PL, se posicionaram a favor. Na esquerda, o PT liberou a vota��o. A mat�ria prev� a regulamenta��o de pr�ticas como bingos, cassinos, ca�a-n�queis e jogo do bicho no Pa�s.

Na segunda-feira, 13, parlamentares evang�licos atuaram no plen�rio, se disseram "terrivelmente contra" o projeto e conseguiram adiar a an�lise do pedido de urg�ncia. Na ocasi�o, o vice-presidente da C�mara, Marcelo Ramos (PL-AM), retirou o pedido da pauta ap�s a bancada evang�lica orientar seus membros a n�o registrar presen�a no plen�rio, caso a an�lise do pedido fosse mantida, o que prejudicaria o qu�rum da sess�o. Hoje, l�deres da bancada, como S�stenes Cavalcante (DEM-RJ) e Cezinha de Madureira (PSD-SP), n�o se pronunciaram.

"N�s da Frente Parlamentar Evang�lica somos terrivelmente contra esse PL e vamos obstruir a vota��o", declarou Madureira, presidente da bancada no Congresso, na segunda-feira. A fala fez refer�ncia a uma declara��o do presidente Jair Bolsonaro (PL), que indicou o "terrivelmente evang�lico" Andr� Mendon�a ao Supremo Tribunal Federal (STF). O ex-advogado-geral da Uni�o e ex-ministro da Justi�a foi aprovado pelo Senado e tomou posse hoje, ocupando o lugar deixado por Marco Aur�lio Mello na Corte.

Cavalcante, futuro presidente da bancada evang�lica, tamb�m foi � tribuna da C�mara no come�o da semana criticar o projeto. "Onde vamos conseguir recursos para cuidar daqueles que v�o desenvolver compuls�o aos jogos?", questionou.

Relator do substitutivo ao PL, apresentado em 1991 na C�mara, h� 30 anos, o deputado Felipe Carreras (PSB-PE) defendeu a mat�ria. "� importante que se diga, respeitando quem pensa diferente, que no Brasil n�o � proibido os jogos de apostas. O que h� � uma exclusividade dos jogos de apostas atrav�s do governo brasileiro, a Caixa Econ�mica, com Mega Sena, com raspadinha", disse. Ele argumentou que a regulamenta��o dos jogos de azar poderia gerar R$ 20 bilh�es de arrecada��o por ano.