
A informa��o foi inicialmente divulgada pela R�dio Itatiaia. Em contato com o Estado de Minas, o vereador de Belo Horizonte confirmou o caso. Nikolas Ferreira havia dado entrada no processo de autoriza��o do porte legal de armas ainda em agosto.
Segundo ele, o motivo para o armamento estaria nas constantes amea�as que recebe. Uma forma de prote��o e defesa, aponta. “Ela fez um tweet comemorando e brincando, dizendo que 'arminha s� com a m�o'. Ent�o, deixou bem claro que a inten��o nesse processo n�o � de fato porque ela se sentiu ofendida, pelo contr�rio, de fato � fazer uma vingan�a contra a minha pessoa.”
“Quero ver como vai ficar se algum dia eu precisar utilizar uma arma para me defender e eu n�o tiver por causa de lacra��o. Quero ver se ela vai se responsabilizar. Constantemente sofro amea�as de morte, recebo diversas mensagens pedindo a minha cabe�a, amea�as n�o s� contra mim, mas contra a minha fam�lia. E ela est� querendo cercear um direito meu. Eu n�o estou querendo comprar arma ilegal. Pelo contr�rio, � um direito meu, como cidad�o, de buscar o porte de arma, ainda mais com esse perigo iminente da minha exposi��o p�blica.”
Em suas redes sociais, Duda Salabert publicou, nesta quarta-feira (22/12), uma mensagem declarando que “seu papel na pol�tica � fortalecer a cultura da paz”. Na mesma postagem, comemorou a decis�o: “Arminha s� com a m�o. Beijos da professora Duda”, disse em seu Twitter.
O PROCESSO
A queixa-crime em quest�o se refere a um epis�dio na C�mara Municipal no Dia Internacional das Mulheres, em agosto. Na ocasi�o, a presidente do Legislativo, Nely Aquino (Podemos), convocou todas as mulheres para compor a Mesa Diretora. Em discurso, Nikolas Ferreira parabenizou as “mulheres XX”, em refer�ncia aos cromossomos XX, e destacou o fato de Duda Salabert tamb�m estar compondo a mesa.
“E, hoje, inclusive, eu vi que a C�mara chamou v�rias mulheres para compor a Mesa Diretora e infelizmente tinha um vereador. Eu n�o vou me submeter. Eu n�o vou ficar de joelhos perante a nega��o da realidade”, disse Nikolas Ferreira.
Duda Salabert entrou com um processo alegando transfobia. Alguns meses depois, o vereador mant�m o mesmo discurso e declara n�o se arrepender de nenhuma palavra dita. “N�o vou me ajoelhar a press�o do coletismo, porque se n�o, posso me sentir presidente da C�mara e come�ar a agir como um, posso me sentir um milion�rio e requisitar o banco o meu bilh�o. Ent�o, a realidade j� n�o � aquilo que voc� atesta com os olhos, � o que o interlocutor te imp�e.”
“N�o vejo que isso tenha sido transfobia. Pelo contr�rio, uma pessoa transf�bica � uma pessoa que n�o consegue conviver, que � doente e a minha declara��o n�o tem nada disso. O que eu sinto que � que ficam lutando n�o por aceita��o, mas por imposi��o. Ent�o, eu n�o mudo uma v�rgula daquilo que eu falei. De fato, no dia das mulheres, eu tinha que homenagear as mulheres.”
O caso corre na Justi�a estadual, com compet�ncia de ju�zo em debate.