
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) protocolou um requerimento no Supremo Tribunal Federal (STF), nesta sexta-feira (7/1), pedindo que o presidente Jair Bolsonaro (PL) seja proibido de espalhar fake news sobre a vacina��o infantil contra a covid-19. Caso descumpra a medida, a multa seria de R$ 200 mil por dia.
"Al�m de confundir e desinformar a popula��o sobre assunto da mais alta relev�ncia para a sa�de e a vida de todos os brasileiros — sejam crian�as, adultos ou idosos —, a sanha contra as vacinas por parte do titular do Poder Executivo a n�vel federal repercute nas a��es adotadas pelo Minist�rio da Sa�de", disse Randolfe no documento.
O pedido ao STF tamb�m se estende aos "auxiliares mais diretos" do presidente, como ministros de governo e familiares. Segundo Randolfe, os valores arrecadados seriam revertidos para o controle da pandemia, principalmente �s pessoas em situa��o de vulnerabilidade.
O documento foi apresentado junto ao inqu�rito aberto pelo Supremo para apurar a dissemina��o de fake news e amea�as a autoridades. Bolsonaro � investigado no processo desde agosto de 2021, sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes.
Presidente contra a vacina
O presidente Jair Bolsonaro tem se colocado radicalmente contra a vacina contra a COVID-19 para crian�as com idades entre 5 e 11 anos, e afirmou que n�o ir� vacinar a pr�pria filha, de 11 anos. Ontem, em entrevista � TV Nova Nordeste, de Pernambuco, o chefe do Executivo voltou a atacar a Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa).
“A Anvisa lamentavelmente aprovou a vacina para crian�as entre 5 e 11 anos. A minha opini�o, eu quero dar para voc� aqui. A minha filha de 11 anos n�o ser� vacinada”, disse Bolsonaro.
O presidente foi al�m e partiu para a desinforma��o. “E voc�, vai vacinar seu filho contra algo que o jovem por si s�, uma vez pegando o v�rus, a possibilidade de ele morrer � quase zero? O que � que est� por tr�s disso? Qual � o interesse da Anvisa por tr�s disso a�? Qual � o interesse daquelas pessoas ‘taradas por vacina’? � pela sua vida? � pela sua sa�de? Se fosse estariam preocupados com outras doen�as do Brasil, que n�o est�o”, acrescentou o presidente.