Bolsonaro retomou viagens pelo pa�s em meio ao ano de disputa eleitoral e no momento no qual pesquisas o mostram com a rejei��o recorde. Em um discurso de tom de campanha, o chefe do Executivo disse ser bem recebido nos 'quatro cantos do Brasil' e alegou que seu governo n�o tem corrup��o.
"O pol�tico consegue entender se ele est� ou n�o no caminho certo a partir do momento que ele realmente vai para o meio de voc�s. N�o tem pre�o o carinho, o calor e a considera��o de voc�s para com nosso governo. Gra�as a Deus, isso acontece nos quatro cantos do nosso Brasil. Podem dizer que eu sou grosso, que eu n�o tenho muita educa��o, que eu falo demais, falem o que bem entender. Mas no nosso governo tem realiza��o e n�o tem corrup��o. � um governo que fala com orgulho, que acredita em Deus, que respeita seus militares, que defende a fam�lia brasileira e que deve lealdade ao seu povo."
Bolsonaro falou em 'solid�o profunda' ao ocupar a cadeira presidencial, mas apontou que o que o conforta � o apoio da popula��o. Ele tamb�m lembrou a facada recebida em 2018 em Juiz de Fora, disse que a mesma foi desferida por um 'integrante do PSol' e que, quando tomou posse, o Brasil estava � beira do socialismo. O presidente tamb�m alegou que deveria ter vencido as elei��es presidenciais de 2018 no primeiro turno.
"Pouca coisa conforta o presidente. L� existe uma solid�o profunda, mas, quando a gente vai para o meio de voc�s, h� uma explos�o de alegria. Est�vamos � beira do socialismo, um pa�s mergulhado em corrup��o. Um pa�s parecendo que n�o tinha um norte. Quis Deus que, sobrevivendo a uma facada de um integrante do PSol, tamb�m conseguisse com partido pequeno, sem marqueteiro e sem televis�o, ganhar elei��es. E que era para ter ganho no primeiro turno se fossem elei��es limpas no primeiro".
Em julho do ano passado, Bolsonaro promoveu uma live na qual prometeu apresentar as provas de que as elei��es de 2018 foram fraudadas. Contudo, durante o evento, ele comentou que "n�o tinha como se comprovar".
O chefe do Executivo defende o voto impresso e aproveitou o apoio do Centr�o e do presidente da C�mara, Arthur Lira (PP-AL), esticando a corda para que a Proposta de Emenda � Constitui��o (PEC) nº 135/2019, que institu�a a mudan�a no processo eleitoral, fosse votada pelo Congresso. Depois de intensa articula��o, movimentos ativistas que pediam a rejei��o da PEC, o plen�rio reprovou o texto em 10 de agosto.
J� em outubro, o presidente falou na presen�as das For�as Armadas durante a apura��o e disse que "n�o vai ter sacanagem nas elei��es".
"O ano que vem tem elei��es, vamos renovar, prestigiar quem fez um bom trabalho e renovar. Pode ter certeza que n�o vai ter sacanagem nas elei��es. Convidaram as For�as Armadas, n�s aceitamos e vamos participar de todo o processo eleitoral. Vamos acabar com a suspei��o", apontou na data.
Medidas de isolamento
Tamb�m hoje, Bolsonaro repetiu que em seu governo, 'todos ganham' e voltou a tecer cr�ticas a governadores por medidas adotadas na pandemia.
"Hoje, todos ganham com nosso governo. Vivemos momentos dif�ceis. Reconhe�o isso. O mundo todo vem atravessando dificuldades com o p�s-pandemia, com a velha pol�tica da demagogia, e tamb�m com algo que n�o deu certo durante a pandemia: 'fique em casa que a economia a gente v� depois, fica em casa para morrer de fome!'. Aos poucos, cada tese defendida por mim no passado vai se consolidando. N�o podemos nos amedrontar, nos apavorar. Desafios sempre tivemos", continuou.
Ainda no evento, o presidente lamentou os mais de 621 mil brasileiros mortos pela covid-19, mas disse que 'temos que viver'. "Esse outro estamos vencendo, mas voc�s contam com um presidente que n�o esteve do lado do politicamente correto. Esteve do lado de voc�s. Eu particularmente tinha tudo para ficar em casa no Pal�cio da Alvorada com todas as mordomias que possam imaginar, e ficar afastado de voc�s enquanto voc�s enfrentavam a pandemia. Estive no meio de voc�s. Senti o problema de cada um. N�o me amedrontei, n�o me acovardei diante dos ataques da grande m�dia. Lamentamos as 600 mil mortes, mas n�s temos que viver, n�s temos que sobreviver e temos que vencer".
Por fim, se disse "cada vez mais apaixonado pelo Amap�" e agradeceu a Deus 'pela miss�o de estar � frente do Executivo Federal'. "Dizer a voc�s: Ele me botou l� e somente Ele me tira de l�". "Voc�s t�m, em Bras�lia, um soldado ao lado de voc�s".
Estiveram presentes na cerim�nia o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presid�ncia da Rep�blica, general Luiz Eduardo Ramos; o chefe do Gabinete de Seguran�a Institucional da Presid�ncia da Rep�blica (GSI), general Augusto Heleno; o prefeito de Macap� (AP), Dr. Furlan; o presidente do Instituto Nacional de Coloniza��o e Reforma Agr�ria (Incra), Geraldo Melo; e o senador Lucas Barreto (PSD-AP).