
O ex-juiz e poss�vel pr�-candidato nas elei��es presidenciais, Sergio Moro (Podemos), disse nesta quinta-feira (20/1) que o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) deveria estar at� hoje preso.
De acordo com ele, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), erra ao se despir do papel de magistrado e fazer cr�ticas.
“N�o tenho nenhum problema pessoal com o ministro Gilmar Mendes. Acho que ele erra muito ao se despir do papel de magistrado e fazer essas cr�ticas. Ele deveria ser um ator em favor do combate � corrup��o, como j� foi durante o mensal�o, como foi antes de 2016. Sinceramente, o que eu espero � que ele volte a ter um papel dessa esp�cie. E ele erra quando, junto com parte do Supremo, profere essas decis�es que afetam o combate � corrup��o”, disse.
Moro afirma n�o ter problema em falar sobre a pris�o do ex-presidente Lula. Em 2017, o ex-juiz condenou o petista, decis�o posteriormente anulada pelo STF no julgamento de um habeas corpus, em 23 de mar�o de 2021. A Segunda Turma da Corte considerou que Moro atuou com parcialidade em rela��o ao ex-presidente Lula.
“Eu n�o decretei a preventiva dele. At� poderia. Tinha motivos. Porque ele passava o tempo todo atacando o Judici�rio e buscando intimidar o Judici�rio e impedir que a gente fizesse o nosso trabalho. Por muito menos, o Supremo prendeu o Roberto Jefferson. Enfim, esperei o julgamento da primeira inst�ncia. Proferi a senten�a. Esperei que o tribunal de Porto Alegre confirmasse a decis�o. E foi o tribunal de Porto Alegre que mandou expedir o mandado de pris�o. Mas s� fez isso porque o ex-presidente tinha tido um habeas corpus denegado pelo STF em mar�o de 2018. E ele foi preso. E ele foi l� cumprir a pena, onde ele deveria estar at� hoje: cumprindo essa pena“, afirmou.
Para Moro, a revis�o do STF sobre a pris�o em segunda inst�ncia foi a "pior decis�o". “A meu ver, da hist�ria do STF, por maioria. Eu tentei lutar contra isso. E depois veio a anula��o da condena��o do ex-presidente, com uma fantasia de que ele foi perseguido, e nunca foi. Nunca tratei isso do ponto de vista pessoal”, disse.