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Estado de Minas ELEI��ES

Ciro Gomes come�a campanha presidencial focando artilharia em Lula

No lan�amento da pr�-candidatura, ex-governador do Cear� dispara contra Bolsonaro e Moro, mas alvo principal � o petista l�der das pesquisas de inten��o de voto


22/01/2022 07:58

PDT lança candidatura de Ciro Gomes
(foto: PDT Nacional/Divulga��o)
Apesar das press�es para que desistisse da pr�-candidatura, o ex-ministro Ciro Gomes entrou no palco da sede do PDT, em Bras�lia, ao som do jingle da campanha que entoa "a rebeldia da esperan�a" e foi enf�tico: "T�o pensando o qu�? Isso � pra valer!" A entrada dele na corrida pela Presid�ncia da Rep�blica foi oficializada ap�s vota��o do diret�rio do partido e posterior apresenta��o do Projeto Nacional de Desenvolvimento.

No discurso e na entrevista coletiva, Ciro disparou ataques ao ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT), ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e ao tamb�m pr�-candidato ao Planalto Sergio Moro (Podemos). Os coment�rios mais contundentes, no entanto, foram destinados ao petista. Ao apresentar as propostas para a retomada da economia, ele disse que o desmonte j� vem de tempos. "(Fernando) Collor escancarou a porteira, Fernando Henrique (Cardoso) serviu a mesa e Lula condimentou melhor os pratos. E, depois, distribuiu as migalhas aos pobres", acusou.

Ciro descartou apoiar Lula num eventual segundo turno e frisou ter ajudado o petista em todas as elei��es dele. "Mas eu fa�o uma pergunta humilde: ser� que existiria Bolsonaro se n�o fosse a contradi��o econ�mica, social e moral do Lula?", questionou. "Para ele, o Brasil � um objeto, e se ele n�o estiver na elei��o, nada presta para o Brasil. Eu n�o posso ficar de novo sustentando as irresponsabilidades do Lula."

O ex-governador do Cear� relembrou as elei��es anteriores, quando foi criticado por sair do pa�s ap�s n�o avan�ar para o segundo turno. "Em 2018, Lula imp�s uma candidatura mentirosa, todo mundo sabia que era ineleg�vel. Ele mentiu que era candidato, travou a disputa. At� quando n�s vamos aguentar isso? Cabresto de lulopetismo nunca mais", declarou.

Ministro da Fazenda no governo Itamar Franco e da Integra��o Nacional de Lula, Ciro n�o poupou cr�ticas tamb�m a outros pr�-candidatos. Ele definiu Bolsonaro como um "bo�al, sem hist�ria, sem projeto". "Seria nosso destino cair nas m�os de uma direita obscurantista e criminosa, como a de Bolsonaro?", perguntou.

Sobre a candidatura de Moro, Ciro definiu como "esdr�xula" a proposta da cria��o de uma Corte anticorrup��o. "Seria um tribunal de exce��o que violaria cl�usulas p�treas. Moro faz de tudo para esconder a prova cabal de seu fracasso", disparou.

Na mais recente pesquisa do Ipespe, divulgada em 14 de janeiro, Ciro aparece em quarto lugar, com 7% das inten��es de voto. O levantamento indica que ele est� tecnicamente empatado com o terceiro, Moro (9%). Na primeira coloca��o aparece Lula, com 44%, seguido de Bolsonaro, com 24%.

Estrat�gia

Para M�rcio Coimbra, coordenador de p�s-gradua��o da Universidade Mackenzie � invi�vel que Ciro assuma o posto de terceira via para quebrar a polariza��o Lula/Bolsonaro. "Ele encontra barreiras para crescer diante da candidatura de Lula. Faz parte de uma via auxiliar do PT, dividindo votos com o ex-presidente. Se fosse para tirar votos de algu�m, seria do pr�prio petista", observou.

Professor de rela��es institucionais do Ibmec, Eduardo Galv�o comentou o slogan da campanha, que classifica o ex-governador como um rebelde. "Existe, hoje, um movimento de anseio e restabelecimento da confian�a nos 'pol�ticos profissionais', que sabem o que est�o fazendo. Aparentemente, Ciro tenta se posicionar entre os que ainda est�o rebeldes com a pol�tica, mas que buscam algu�m que entenda do assunto", avaliou.

Propostas

Na maior parte do evento, Ciro falou sobre as pol�ticas macroecon�micas. Apesar disso, quando questionado qual seria o carro-chefe da campanha, ressaltou: "Educa��o". Para a �rea, a sigla prop�e um programa de ensino, trabalho e assist�ncia profissional, com est�gios remunerados pelo governo. Outra iniciativa � a cria��o de escolas de tempo integral "assim como Brizola fez". A figura do fundador do partido �, desde j�, pano de fundo para a campanha.

Na economia, o projeto se op�e � "mesma pol�tica econ�mica que h� d�cadas paralisa o pa�s", segundo o pr�-candidato. Ciro destacou a urg�ncia de se ajustar os ponteiros das contas p�blicas. "Sei da import�ncia de um pa�s viver sem infla��o. E sei como fazer, sem sacrificar os mais pobres, como tem sido feito", criticou.

O pedetista frisou que o "caminho errado" � o teto de gastos. "A maior fraude j� cometida contra o povo brasileiro", definiu. Ele tamb�m assegurou que, se eleito, taxar� as grandes fortunas, aplicar� uma nova estrutura tribut�ria e lutar� pela desonera��o da produ��o.

Sobre poss�veis alian�as, Ciro adiantou que h� negocia��es ocorrendo. "Temos conversado com PSB, PV, Rede, PSD e DEM. Se isso vai se traduzir em apoio eleitoral, Deus � quem sabe", disse.


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