
O presidente Jair Bolsonaro sobrevoou hoje (18/2) as �reas afetadas pelos temporais que deixaram 123 mortos em Petr�polis e avaliou que o que viu foi um cen�rio quase de guerra. O presidente concedeu uma entrevista coletiva acompanhado de ministros e autoridades estaduais e municipais, em que foram anunciadas medidas de apoio � popula��o da cidade.
"Vimos pontos localizados, mas de uma intensa destrui��o. Vimos tamb�m regi�es em que existiam casas, pelo que vimos perifericamente ao estrago causado pela eros�o. Ent�o, � imagem quase que de guerra, � lament�vel. Tivemos uma perfeita no��o da gravidade do que aconteceu aqui em Petr�polis", disse o presidente, que foi � cidade ap�s chegar de uma viagem � R�ssia e � Hungria.
Bolsonaro disse que medidas preventivas a desastres est�o previstas no Or�amento, mas, no caso de emerg�ncias, as a��es s�o diferentes, e o governo far� sua parte.
"Muitas vezes, n�o podemos nos precaver por tudo o que possa acontecer nesses 8,5 milh�es de quil�metros quadrados. A popula��o tem raz�o em criticar. Aqui � uma regi�o bastante acidentada. Infelizmente, tivemos outras trag�dias aqui. A gente pede a Deus que n�o tenhamos mais. E vamos fazer a nossa parte", disse o presidente.
O ministro do Desenvolvimento Regional, Rog�rio Marinho, ressaltou que o volume de chuvas que atingiu a cidade foi at�pico e um dos maiores em 90 anos. "Isso por si s� j� geraria, aqui ou em qualquer outro lugar do mundo, o desarranjo da estrutura da cidade e, no caso de Petr�polis, h� uma geografia muito particular. Isso aqui � uma bacia com escarpas e montanhas e isso gerou problema de propor��es maiores", disse Marinho, que se solidarizou com as fam�lias atingidas.
O ministro afirmou que o governo federal editar� uma nova medida provis�ria para socorro a �reas atingidas por desastres naturais no valor de R$ 500 milh�es, na semana que vem. Marinho destacou que, desde novembro, o governo j� liberou R$ 2 bilh�es em recursos para �reas afetadas por cat�strofes clim�ticas.
No caso de Petr�polis, o primeiro plano de trabalho contou com a libera��o de R$ 2 milh�es do governo federal para kits de alimenta��o, limpeza e o trabalho de desobstru��o de ruas.
"Esse � o in�cio de um processo que vai perdurar um tempo. S� saberemos a necessidade de reconstru��o depois que normalizar o processo dentro da pr�pria cidade", disse Marinho.
O presidente da Caixa Econ�mica Federal, Pedro Guimar�es, informou que o caminh�o-ag�ncia do banco chegou ontem (17) ao munic�pio, j� que duas ag�ncias na cidade foram muito impactadas, e uma, no bairro de Alto da Serra, foi totalmente destru�da.
"Como fazemos o pagamento de diversos benef�cios sociais, como o Aux�lio Brasil, � muito importante que retomemos o atendimento o mais r�pido poss�vel."
O coronel Leandro Sampaio Monteiro, comandante do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, disse que o estado vem recebendo ajuda de outras unidades da federa��o, inclusive com o envio de c�es farejadores. Ele fez um apelo para que os moradores de �reas de risco atendam �s orienta��es da Defesa Civil e dos bombeiros e deixem suas casas e se dirijam aos abrigos.
"Est� chovendo muito na cidade. Nas �ltimas 24 horas, choveu 70 mil�metros. Ent�o, acreditem no trabalho do Corpo de Bombeiros e no trabalho da Defesa Civil."
O governador do Rio de Janeiro, Cl�udio Castro, lembrou que contou com o apoio do governo federal e das For�as Armadas desde o primeiro dia da trag�dia e disse que o trabalho de resgate precisa ser feito com cuidado porque ainda h� locais em que o solo est� inst�vel.
"N�o adianta ter gente demais aqui. A imprensa tem cobrado muito que tenham muitas pessoas. H� um problema s�rio de tr�nsito, um problema s�rio de o local estar inst�vel. Isso quem manda � a t�cnica", disse o governador.
Outras a��es
Antes de embarcar para Petr�polis ao lado de uma comitiva de ministros, o presidente Jair Bolsonaro deu uma declara��o � imprensa na manh� de hoje, na Base A�rea do Gale�o. Ele disse que soube das enchentes e deslizamentos no mesmo dia do ocorrido, quando se encontrava na R�ssia, tomando as provid�ncias durante a madrugada.
"Poucas horas ap�s o ocorrido o governador Cl�udio Castro j� estava em Petr�polis e conversei com ele sobre o que poder�amos e o que j� est�vamos fazendo. Imediatamente liguei, era madrugada l�, para o ministro Rog�rio Marinho, do Desenvolvimento Regional, para saber o que estava acontecendo, ele j� havia determinado o que precisava de recursos extras no Or�amento. Entrei em contato tamb�m de madrugada l� com o ministro Paulo Guedes, para que ele agilizasse a libera��o desse recurso. Tudo saiu como o planejado."
Na ocasi�o, o presidente da Caixa informou que o banco estuda a libera��o do Fundo de Garantia do Tempo de Servi�o (FGTS) para as pessoas atingidas em at� R$ 6.220, al�m de pausas nos pagamentos de empr�stimos.
O ministro da Cidadania, Jo�o Roma, informou que sua pasta tem atuado na orienta��o dos recursos para o acolhimento das 1,5 mil fam�lias desabrigadas, no envio de donativos, na assist�ncia social e no envio de cestas de alimentos.
O ministro da Defesa, general Braga Netto, informou que cerca de 820 pessoas das For�as Armadas est�o atuando no local. "Foi deslocado o Comando Conjunto Leste para a regi�o. A Marinha j� disponibilizou pessoal, hospital de campanha e diversos meios, a for�a a�rea estabeleceu um controle de tr�fego a�reo, em virtude da quantidade de aeronaves, o ex�rcito colocou tropas, ve�culos e pessoal para apoiar a popula��o desamparada. Foram deslocadas guarni��es de cidades pr�ximas como Juiz de Fora e Rio de Janeiro, solicitamos especialistas em engenharia e constru��o para identificar as provid�ncias necess�rias nas �reas de deslizamento."
O prefeito de Petr�polis, Rubens Bontempo, informou que o poder p�blico municipal mant�m as buscas �s v�timas, al�m de trabalhar para desobstruir as principais ruas e a restaurar a mobilidade cidade, bem como garantir a volta dos servi�os essenciais como a energia el�trica, a coleta de lixo e o transporte.
