
Segundo informou o Minist�rio da Agricultura, Pecu�ria e Abastecimento (Mapa), o Plano Nacional de Fertilizantes (PNF) servir� de refer�ncia para o planejamento do setor de fertilizantes nos pr�ximos 28 anos (at� 2050), promovendo o desenvolvimento do agroneg�cio nacional e considerando a complexidade do setor, com foco nos principais elos da cadeia: ind�stria tradicional, produtores rurais, cadeias emergentes, novas tecnologias, uso de insumos minerais, inova��o e sustentabilidade ambiental.
O decreto tamb�m institui o Conselho Nacional de Fertilizantes e Nutri��o de Plantas, �rg�o consultivo e deliberativo que coordena e acompanha a implementa��o do Plano Nacional de Fertilizantes.
Ainda segundo o Mapa, o Brasil ocupa a 4ª posi��o mundial com cerca de 8% do consumo global de fertilizantes, sendo o pot�ssio o principal nutriente utilizado pelos produtores nacionais (38%). Na sequ�ncia, aparecem o f�sforo com 33% do consumo total de fertilizantes, e o nitrog�nio, com 29%. Juntos, formam a sigla NPK, t�o utilizada no meio rural. Dentre as culturas que mais demandam o uso de fertilizantes est�o a soja, o milho e a cana-de-a��car, somando mais de 73% do consumo nacional.
Segundo dados da Associa��o Nacional para Difus�o de Adubos, mais de 85% dos fertilizantes utilizados no pa�s s�o importados, evidenciando um elevado n�vel de depend�ncia de importa��es em um mercado dominado por poucos fornecedores. Essa depend�ncia crescente deixa a economia brasileira vulner�vel �s oscila��es do mercado internacional de fertilizantes, completou.
O PNF buscar� readequar o equil�brio entre a produ��o nacional e a importa��o ao atender sua crescente demanda por produtos e tecnologias de fertilizantes. Pretende-se diminuir a depend�ncia de importa��es, em 2050, de 85% para 45%, mesmo que dobre a demanda por fertilizantes.
A ministra Tereza Cristina explicou que n�o se trata de o pa�s alcan�ar a autossufici�ncia, mas sim de se ter autonomia, com um percentual reduzido de depend�ncia externa para o fornecimento dos fertilizantes ao produtor.
"N�o estamos buscando a autossufici�ncia, mas sim, a capacidade de superar desafios e manter nossa maior riqueza, o agroneg�cio, pujante e competitivo, que faz a seguran�a alimentar do brasil e do mundo. Nossa demanda por nutrientes para as plantas � proporcional � grandeza de nossa agricultura. Mas teremos nossa depend�ncia externa bastante reduzida", disse, refor�ando que o Plano n�o � apenas para reagir a uma crise, mas para tratar de um problema estrutural, de longo prazo.
No pr�ximo dia 12, a ministra viaja ao Canad� para tratar do tema, ap�s ter visitado o Ir� recentemente, e a R�ssia, no ano passado. A ministra ressaltou ainda que o “Brasil � uma pot�ncia agroambiental mineral” e caracterizou a medida como um “plano de Estado”.
Segundo a ministra, “n�o estamos apenas reagindo a uma crise, estamos tratando de um assunto estrutural de longo prazo. (..) Tenho confian�a no sucesso desse plano. Tenho bons motivos para acreditar nisso. Sua elabora��o contou com a colabora��o intensa dos melhores t�cnicos dos minist�rios, economia, MME, Meio Ambiente, SAJ”.
“Temos convic��o que nossos recursos j� mapeados podem ser explorados de maneira sustent�vel e que, em 2050, data que definimos como data final para conclus�o do plano, teremos nossa depend�ncia externa bastante reduzida. Repetindo, n�o estamos visando a autossufici�ncia", emendou.