
O presidente Jair Bolsonaro (PL) defendeu nesta quinta-feira (31/3) o deputado federal Daniel Silveira (Uni�o-RJ), que ter� de recolocar a tornozeleira eletr�nica por decis�o do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O chefe do Executivo pregou sobre "liberdade" e afirmou que n�o pode ter como conselheiros quem o pede atitudes de calma nessas horas. "Calma � o cacete, porra", disparou em discurso inflamado.
Bolsonaro disse que "n�o pode aceitar o que vem acontecendo passivamente". "N�o sou mais forte ou mach�o que ningu�m. Quando sentei pra�a no Ex�rcito, jurei dar minha vida pelo Ex�rcito. Acredito que todos voc�s aqui hoje juraram dar a vida pela sua liberdade. N�s n�o podemos aceitar o que vem acontecendo passivamente. 'Ah, n�o � comigo. Deixa para l�'. 'Ah, ele pode ser preso a qualquer momento? Mas n�o � comigo, deixa para l�'. 'Ah, ele pode ter os seus bens confiscados. N�o � comigo, deixa para l�'. Vai chegar em voc�", alegou.
O presidente tamb�m voltou a cobrar "transpar�ncia nas elei��es" e continuou tecendo indiretas a ministros do STF e do Tribunal Superior Eeitoral. "Proibiram duvidar de urna eletr�nica: 'Se duvidar, eu ca�o o registro e prendo'. N�s temos a obriga��o de exigir das autoridades a certeza na transpar�ncia do voto, porque o voto � a alma da democracia. Sei da minha responsabilidade. Mas sei muito bem que, se eu n�o decidir, todos sofrer�o com isso. Ou quase todos. Porque tem uma min�scula parte que vai se beneficiar. Aprendi desde cedo nas minhas instru��es militares que pior que uma decis�o mal tomada � uma indecis�o. Voc� n�o pode ter do seu lado conselheiros dizendo sempre 'calma', 'espera o momento oportuno'. Calma � o cacete, porra!", bradou.
"Liberdade de opini�o"
O presidente disse que seria mais f�cil ele falar para Daniel Silveira "cuidar da pr�pria vida". Contudo, relembrou a pr�pria hist�ria no parlamento e destacou a liberdade de opini�o de parlamentares.
"Eu estou aqui por ser volunt�rio. Tenho que fazer trabalhos dif�ceis. � muito f�cil falar: 'Daniel Silveira, cuida da tua vida'. N�o vou falar isso. Fui deputado por 28 anos. E l�, dentro daquela Casa, com todos os seus poss�veis defeitos, de todos os seus parlamentares, ali, � a ess�ncia da democracia tamb�m. Ali, em 2001, brigamos por uma emenda parlamentar. Uma emenda da Constitui��o, uma PEC, em que se botou no artigo 53 o termo 'quaisquer'. O que � quaisquer? Quaisquer � quaisquer. 1Deputados e senadores, civil e penalmente, s�o inimput�veis por quaisquer palavras, opini�es e votos'", concluiu.
Ap�s v�rias negativas, Silveira confirmou mais cedo que comparecer� hoje, �s 15h, na Pol�cia Federal para enfim colocar o equipamento.