Em meio a um impasse interno sobre a fun��o de Sergio Moro no partido, o Uni�o vai confirmar, no pr�ximo dia 14, o nome que pretende levar � an�lise dos demais partidos da coaliz�o. O ex-juiz tentou emplacar pr�-campanha ao Planalto quando estava no Podemos, mas, depois da mudan�a para o Uni�o, passou a enfrentar resist�ncia de parte dos correligion�rios, que defendem a participa��o dele na disputa legislativa por S�o Paulo.
Luciano Bivar, presidente do Uni�o, Bruno Ara�jo, presidente do PSDB, Roberto Freire, presidente do Cidadania, e Baleia Rossi, presidente emedebista, emitiram comunicado para comunicar a inten��o de unir esfor�os.
"Conclamamos outras for�as pol�ticas democr�ticas para que possam se incorporar a esse projeto em defesa do Brasil e de todos os brasileiros", diz o grupo, em trecho da nota.
No MDB, a pr�-candidata � presid�ncia � a senadora Simone Tebet, eleita pelo Mato Grosso do Sul (MS). No ninho tucano, o pr�-candidato oficial � Jo�o Doria, ex-governador de S�o Paulo. Uma ala do partido, no entanto, faz movimentos em prol de Eduardo Leite, que renunciou ao governo do Rio Grande do Sul.
No ano passado, o Cidadania anunciou o senador Alessandro Vieira como pr�-candidato, mas ele se mudou para o PSDB. Os dois partidos, ali�s, debatem a possibilidade de se juntar em uma federa��o.
N�meros da 'terceira via'
A mais recente pesquisa XP/Ipespe, divulgada nesta quarta, aponta que Moro � o nome da terceira via com menos diferen�a para Luiz In�cio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), os l�deres das sondagens eleitorais. O ex-magistrado aparece com 9%.
Doria, por sua vez, tem 2%. Paralelamente, Tebet e Leite n�o conseguiram atingir 1%.
Quem tamb�m tenta tomar para si a pecha de terceira via � Ciro Gomes (PDT), que somou 7% na sondagem XP/Ipespe. Mais cedo, ele se reuniu com o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, que � do PSD. Os trabalhistas tentam atrair os pessedistas a seus palanques regionais.
Uni�o de partidos tem reflexos em Minas
Antes mesmo de o princ�pio de acordo entre os quatro partidos ter sido anunciado, a possibilidade da forma��o de uma frente ao centro modificou as pe�as no tabuleiro eleitoral de Minas Gerais. O senador Carlos Viana, pr�-candidato ao governo, deixou o MDB rumo ao PL por temer que eventual alian�a com o Uni�o e outras legendas tenha, tamb�m, o Novo de Romeu Zema.
"Eu n�o teria o apoio do MDB na eventualidade desse acordo se tornar realidade. Fui for�ado a buscar outra porta", explicou ele, agora colega de partido de Bolsonaro.
O Novo, por sua vez, reconhece que as alian�as formadas em Minas ser�o influenciadas pelo cen�rio nacional. A alian�a com o MDB, ali�s, n�o � descartada por Mateus Sim�es, ex-secret�rio-geral do Pal�cio Tiradentes e um dos articuladores de Zema.
"� uma conversa que tem de come�ar agora. Mas, claro: � poss�vel, sim. Temos uma rela��o muito positiva com a bancada federal do MDB. E, com a bancada estadual, a rela��o com alguns dos deputados � antiga e muito positiva."