Lula afirma que Bolsonaro n�o gosta de gente, apenas de policial

Luiz In�cio Lula da Silva (PT), ex-presidente e atual pr�-candiato ao Planalto, discursou para mulheres na perifeira de S�o Paulo, neste s�bado (30/4). Enquanto fazia algumas acusa��es contra o atual presidente Jair Messias Bolsonaro (PL), Lula cometeu a gafe de fazer uma distin��o entre policial e gente. 

"Hoje temos um presidente que n�o derramou uma l�grima, pelas v�timas da COVID ou com a cat�strofe que houve em Petr�polis, no Rio de Janeiro. Ele n�o tem sentimento. Ele n�o gosta de gente, ele gosta de policial. Ele n�o gosta de livros, ele gosta de armas", disse Lula em discurso. 

Lula e o ex-prefeito paulista, Fernando Haddad (PT) participaram do evento sobre seguran�a alimentar com mulheres da periferia de S�o Paulo e usaram dois carrinhos de compras para mostrar o que poderia ser comprado com R$ 100  em 2012 e o que d� pra comprar com o mesmo valor nos dias de hoje. O primeiro estava cheio enquanto o segundo, quase vazio.  

De acordo com o ex-presidente, Bolsonaro � um "Z� Ningu�m que s� sabe falar mentiras" e que odeia mulheres, negros, LGBTs, quilombolas, o PT e a Suprema Corte. Ao falar das elei��es deste ano, Lula disse que o voto � "um ato revolucion�rio" e que, em 2022, ele deve ser usado para "mandar esse cidad�o" embora, viver longe com seus filhos, em refer�ncia a Bolsonaro. 

Lula afirmou ainda que "metade da infla��o" enfrentada hoje pelo brasileiro � culpa do governo, respons�vel pelas pol�ticas de energia e combust�vel. "Ele n�o tem vergonha na cara", completou, ao falar sobre a fome. "Somos o terceiro maior produtor de alimentos do mundo. N�o tem explica��o ter gente passando fome no Brasil."

 

O ex-presidente disse que s� se coloca como pr�-candidato para devolver a dignidade ao povo pobre. "Meu compromisso n�o � com o banqueiro, com o alto empresariado ou com o fazendeiro, mas com o povo pobre", afirmou, dizendo em seguida que n�o quer "tirar nada de ningu�m".

Haddad usou o simbolismo da apresenta��o para criticar Bolsonaro e o ex-governador Jo�o Doria (PSDB). Pr�-candidato ao governo paulista, ele citou o pre�o alto da gasolina e dos ped�gios pagos nas rodovias do Estado para explicar, em parte, porque a infla��o est� alta.

Em um discurso r�pido, Haddad ainda afirmou que Doria aumentou os impostos que incidem sobre a cesta b�sica. "Chegamos nessa situa��o por termos maus governos nos �mbitos estadual e federal. O Bolsodoria n�o deu certo pra ningu�m", disse.