
"Reconstruir o Brasil vai ser mais dif�cil do que ganhar a elei��o", disse, em S�o Paulo (SP).
"N�o esperem de mim ressentimentos, m�goas ou desejos de vingan�a. Primeiro, porque n�o nasci para ter �dio, nem mesmo daqueles que me odeiam. Mas tamb�m porque a tarefa de restaurar a democracia e reconstruir o Brasil exigir� de cada um de n�s um compromisso de tempo integral. N�o temos tempo a perder odiando quem quer que seja", falou.
Lula lembrou o tempo em que esteve preso em Curitiba (PR) e disse ser v�tima de uma persegui��o. As condena��es que pesavam sobre ele no �mbito da Opera��o Lava Jato foram anuladas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no ano passado.
"Fui v�tima de uma das maiores persegui��es pol�ticas e jur�dicas da hist�ria deste pa�s, fato reconhecido pela Suprema Corte Brasileira e pela Organiza��o das Na��es Unidas (ONU)", afirmou.
Em men��o indireta a Bolsonaro, o petista pregou a paz. "N�o faremos jamais como o nosso advers�rio, que tenta mascarar a sua incompet�ncia brigando o tempo todo com todo mundo, e mentindo sete vezes por dia. A verdade liberta, e o Brasil precisa de paz para progredir".
'Legado' � aposta para vencer elei��o
Durante discurso de cerca de 50 minutos, Lula remontou a seu governo, entre 2003 e 2010. Mencionou, tamb�m, os tempos de Dilma Rousseff, presidente de 2011 a 2016. Ele citou a��es como o "Minha Casa, Minha Vida" e o Programa Universidade Para Todos (ProUni)."Em vez de promessas, apresento o imenso legado de nossos governos. Fizemos muito, mas tenho consci�ncia que ainda � preciso, e � poss�vel, fazer muito mais. Precisamos colocar novamente o Brasil entre as maiores economias do mundo", pontuou. O ex-presidente utilizou, por diversas vezes, o termo "soberania".
Ele defendeu o investimento em "educa��o de qualidade'' e afirmou que ser soberano passa por defender a Petrobr�s - que, segundo Lula, vem sendo "desmantelada dia ap�s dia".
"O resultado desse desmonte � que somos autossuficientes em petr�leo, mas pagamos por uma das gasolinas mais caras do mundo, cotada em d�lar, enquanto os brasileiros recebem os seus sal�rios em real", protestou.