
Lula chegou a Juiz de Fora pela manh�, desembarcando no Aeroporto da Serrinha. Logo ap�s, ele seguiu para o Memorial Presidente Itamar Franco, tamb�m conhecido como “Memorial da Rep�blica'', onde se reuniu com reitores de universidades federais da regi�o e representantes de diret�rios estudantis.
Na parte da tarde, o ex-presidente encerrou sua visita participando de um evento realizado pelo PT de Juiz de Fora na quadra do Sport Club. A cerim�nia contou com a presen�a de organiza��es como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a Uni�o Nacional dos Estudantes (UNE) e o Levante Popular da Juventude. Estavam presentes tamb�m sindicalistas e pol�ticos da regi�o.
Programado para come�ar �s 15h, o evento teve in�cio apenas por volta das 17h, e contou com falas de lideran�as sociais e pol�ticas. O discurso de Lula foi o �ltimo e fechou o encontro. Nele, o petista falou sobre o presidente Jair Bolsonaro (PL), direitos trabalhistas e da mulher, privatiza��es e fez promessas para o caso de uma poss�vel vit�ria nas elei��es de outubro.
Lula come�ou sua fala elogiando a trajet�ria de Margarida Salom�o, relembrando o trabalho da prefeita como reitora da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). O pr�-candidato recordou tamb�m o apoio que recebeu de eleitores da Zona da Mata em pleitos anteriores, dizendo que a rela��o com a regi�o vem “desde a elei��o de 1989”.

Mencionando Bolsonaro, Lula criticou a estrat�gia de enfrentamento da COVID-19 adotada pelo governo federal e a alta nos pre�os dos alimentos, e disse que o atual presidente ter� uma “resposta nas urnas”. “O Bolsonaro fala em golpe. Ele vai sofrer um golpe dia 2 de outubro. Um golpe democr�tico, popular”, assegurou o pr�-candidato.
Apesar de ainda n�o poder fazer promessas de campanha, Lula se comprometeu a ampliar o funcionamento do aeroporto de Juiz de Fora, caso ganhe. Citando o plano de a��o "Cinquenta anos em cinco", de Juscelino Kubitschek, o petista afirmou que vai fazer o Brasil crescer “quarenta anos em quatro”. “Eu tenho que fazer mais do que eu j� fiz”, refletiu.
Se dirigindo diretamente aos “empres�rios”, Lula pediu que parassem de “tentar privatizar as nossas empresas p�blicas”. Ele citou os processos de privatiza��o da Eletrobras e dos Correios e disse que n�o vai permitir que iniciativas do tipo cheguem a outras estatais, como a Petrobras.
Entre os apoiadores nas arquibancadas, o clima era de “j� ganhou”. Lideran�as pediram que os presentes fizessem campanha boca a boca em seus c�rculos sociais, para garantir uma vit�ria j� no primeiro turno. Antes e depois do evento, a plateia cantou os jingles da campanha e entoou mensagens de apoio, dizendo que o ex-presidente � o “guerreiro do povo brasileiro”.

Lula encerrou sua fala assegurando um retorno � regi�o da Zona da Mata durante a campanha eleitoral. Ap�s o t�rmino do discurso, por volta das 18h, a quadra foi esvaziada e a entrevista coletiva do ex-presidente, que estava programada para acontecer logo depois da cerim�nia, foi cancelada, sem maiores explica��es.