
Segundo a decis�o, o cargo de vice-presidente da C�mara ocupado por Ramos estava vinculado ao seu antigo partido, o PL, pelo qual foi eleito para ocupar a cadeira.
Opositor incisivo do presidente Jair Bolsonaro (PL), Marcelo Ramos saiu do PL com a chegada de Bolsonaro. Com sua ida para o PSD, o deputado federal fez um acordo com Valdemar Costa Neto — presidente do PL — para continuar no cargo. Com a retirada de seu nome da mesa diretora, contudo, o acordo n�o foi cumprido.

Marcelo Ramos afirmou que sua destitui��o se deu por press�o de Bolsonaro ao presidente da C�mara, Arthur Lira. Segundo ele tamb�m, houve chantagem sobre perder o cargo, caso o parlamentar continuasse a criticar o chefe do Pal�cio do Planalto.
“Alguns achavam que me chantageavam quando sugeriram meu sil�ncio nas cr�ticas ao presidente e na defesa do Amazonas para que n�o me retirassem da vice-presid�ncia da C�mara em um gesto ilegal, arbitr�rio e antidemocr�tico. Eu n�o sou homem de trocar cargo por sil�ncio. N�o troco meu dever de defender 19 milh�es de brasileiros, sendo 5 milh�es de crian�as, que passam fome, 12 milh�es de brasileiros desempregados, por cargo”, disse Ramos. “Fui eleito pelo voto de 396 deputados e deputadas e destitu�do por 1 e atendendo a uma ordem do Presidente da Rep�blica”, complementou.
Sobre a decis�o de Alexandre de Moraes, Ramos afirmou que n�o pretende recorrer e respeita a decis�o do ministro.
“Quero dizer que respeito e cumpro a decis�o do Ministro Alexandre de Moraes, que n�o julgou o m�rito, mas a incompet�ncia do TSE. Eu sou um democrata e jurei a Constitui��o, defendo as decis�es judiciais at� quando discordo delas”, disse.