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Estado de Minas EM ENTREVISTA

"Kalil est� no campo democr�tico", diz Boulos sobre elei��o em Minas

Candidato a deputado por SP diz que o Psol n�o hesitar� num eventual segundo turno no estado


25/05/2022 04:00 - atualizado 25/05/2022 11:15

Guilherme Boulos
"Zema que representa o bolsonarismo, o pior da pol�tica brasileira" (foto: GLADYSTON RODRIGUES/EM/D.A PRESS)


Depois de chegar ao segundo turno da elei��o para a Prefeitura de S�o Paulo, em 2020, Guilherme Boulos (Psol), l�der do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), se credenciou a disputar o governo de S�o Paulo, mas abriu m�o para a candidatura de Fernando Haddad (PT) para tentar vaga na C�mara dos Deputados.

Enquanto tra�a estrat�gias de campanha, 
ele se engaja na pr�-candidatura do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) ao Planalto. Embora fa�a quest�o de ressaltar diverg�ncias como a escolha de Geraldo Alckmin (PSB) para vice do petista, ele promete empenho dos pessolistas pela vit�ria de Lula.

Para Boulos, ganhar em Minas � “absolutamente decisivo”, a fim de que os planos de Lula se concretizem. “Minas � o estado-p�ndulo. Quem ganha aqui leva a elei��o. N�o s� por causa da localiza��o geogr�fica, de estar no Sudeste, mas j� na divisa com a Bahia. Minas reflete um sentimento nacional com sua diversidade e tem tamanho: � o segundo col�gio eleitoral do Brasil”, disse ele ao podcast “EM Entrevista”.


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Sobre a disputa em Minas, ele diz que o Psol apoiar� o pr�-candidato do PSB ao governo do estado, Alexandre Kalil, em eventual segundo turno contra o governador Romeu Zema.

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Sobre a disputa em Minas, ele diz que o Psol apoiar� o pr�-candidato do PSB ao governo do estado, Alexandre Kalil, em eventual segundo turno contra o governador Romeu Zema.



Como o senhor recebeu a nomea��o para presidir a federa��o Psol-Rede?
Vivemos momento muito cr�tico. � preciso virar a p�gina do pesadelo Jair Bolsonaro, que est� destruindo o Brasil e amea�ando a democracia. Isso exige compromisso com a unidade das for�as progressistas maior do que em qualquer outro momento. Foi o que levou o Psol a uma federa��o com a Rede e decidir estar na frente liderada por Lula. Assumi com muita honra a tarefa de presidir a federa��o, para contribuir para os desafios de eleger Lula — e n�o tenho d�vidas de quem tem melhores condi��es de derrotar Bolsonaro — e mudar a cara do Congresso. A federa��o vai ter foco na elei��o legislativa. Historicamente, se politizou pouco a elei��o legislativa. A esquerda j� ganhou quatro vezes a elei��o presidencial e nunca passou perto de ter maioria no Congresso, pois a elei��o legislativa acaba sendo pautada por clientelismo, algu�m que ajudou, botou um asfalto no bairro. A gente sabe como funciona, ainda mais com o “or�amento secreto”. Por isso, me coloquei como pr�-candidato a deputado federal. Um dos objetivos de minha vinda a Minas � fortalecer a chapa do Psol.

Em 2018, mesmo com Fernando Haddad no p�reo, o Psol lan�ou o senhor como candidato a presidente. O apoio ao PT neste ano � uma nova tend�ncia da esquerda ou uma t�tica que deriva da conjuntura atual de polariza��o?
O que mudou foi o Brasil. N�o t�nhamos um genocida na Presid�ncia. Uma coisa � uma elei��o em tempos de ambiente democr�tico. Era leg�timo que o Psol lan�asse candidaturas presidenciais para apresentar seu programa ao Brasil. Eu, em 2018, sabia das dificuldades de ter candidatura competitiva e disputar para valer. O objetivo era dialogar com a sociedade. Vivemos quatro anos de Bolsonaro. A encruzilhada n�o � s� entre direita e esquerda, mas entre democracia e barb�rie. O momento exige responsabilidade hist�rica para, inclusive, preservar liberdades democr�ticas conquistadas a muito custo. O Psol teve a grandeza de colocar de lado as diferen�as que existem dentro da esquerda em rela��o ao que nos une contra Bolsonaro. � um presidente respons�vel direto pela morte de mais de 650 mil brasileiros, que devolveu o Brasil ao mapa da fome. A infla��o de 30 anos atr�s voltou, as pessoas voltaram a cozinhar com lenha porque n�o t�m dinheiro para o g�s.

O Psol sempre foi visto como partido muito ligado � esquerda. Agora, divide o palanque com Geraldo Alckmin, tucano hist�rico. Como o senhor enxerga a situa��o?
Fui um dos primeiros, quando come�ou o ru�do Lula-Alckmin, a dizer que n�o defendo. N�o � o melhor caminho. Disse isso a Lula. Sou de S�o Paulo, professor e dei aula em escola p�blica quando Alckmin era governador. Sei o que sofremos. Sou militante do movimento social por moradia e sofri despejos no governo Alckmin. A escolha n�o foi do Psol. O PT � o partido majorit�rio da coliga��o; Lula � o candidato. Por mais que tenha me posicionado contrariamente, isso n�o vai me impedir de fazer campanha para Lula em um momento t�o grave como o que o Brasil vive. Temos de ter consci�ncia do que estamos passando. H� essas diferen�as, que n�o s�o as �nicas.

O senhor falou sobre valorizar a elei��o legislativa. Mas como o senhor reagiria se Lula fosse eleito sem maioria no Congresso e precisasse buscar apoio no Centr�o?
Todos os governos, desde a redemocratiza��o, tiveram o Centr�o na base. A caracter�stica do Centr�o � essa: se h� governo, ele entrou. N�o � que Bolsonaro governa com o Centr�o como todo mundo, inclusive Lula e Dilma. Ele privatizou o governo para o Centr�o. Quem tem a chave do cofre � Arthur Lira [presidente da C�mara], o “primeiro-ministro” do Brasil. Manda mais do que Bolsonaro e [Paulo] Guedes juntos. Bolsonaro podia ser 'impichado' ap�s a CPI da Pandemia e a base de apoio come�ou a corroer, com uma situa��o econ�mica que n�o melhorava. Para segurar o governo at� o fim, ele inflacionou o pre�o da governabilidade. � o “or�amento secreto''. � uma roubalheira generalizada para fazer caixa dois de campanha para essa gente e obras nos currais eleitorais. Precisamos enfrentar isso. Lula tem consci�ncia de que, com esse modelo de governabilidade, n�o muda. Vamos precisar de uma bancada forte, mas da sociedade mobilizada em torno das pautas, para ajudar a governar com pautas mais progressistas.

O senhor tem falado em ‘vencer nas ruas e nas urnas’. O que isso significa?
N�o � segredo que Bolsonaro faz amea�as golpistas dia sim, outro tamb�m. Fala da urna, que n�o vai aceitar se for derrotado e do AI-5. Toda hora faz alus�o ao Ex�rcito e discursos antidemocr�ticos. Al�m de ter vit�ria eleitoral significativa, precisamos de mobiliza��o da sociedade para sufocar qualquer tentativa golpista. � inadmiss�vel que tenha gente que queira repetir 1964 em 2022.

O senhor teme, ent�o, que Bolsonaro tente um golpe?
Que ele quer, n�o tenho d�vidas. Ele s� pensa naquilo. Ele fez um ensaio em 7 de setembro. Por que ele n�o deu o golpe e porque acredito que n�o ter� sucesso? Porque as For�as Armadas n�o v�o embarcar em aventura do Bolsonaro. Nas For�as, acredito que o apoio dele � minorit�rio — e em setores da reserva. Meu receio � que Bolsonaro consiga mobilizar setores das pol�cias militares, fora do comando, e a mil�cia pol�tica privada que ele montou. Em 2018, eram 200 mil pessoas com licen�as de armas; hoje, s�o 650 mil. Essas pessoas frequentam clubes de tiro, est�o em grupos de WhatsApp e s�o, em boa parte, bolsonaristas. Ele vai querer criar o caos no pa�s. N�o acho que ele consiga sucesso, pois o cen�rio nacional e internacional � outro. A sociedade tem de estar alerta.

O Psol anunciou Lorene Figueiredo como candidata ao governo mineiro. A alian�a ao PT no plano nacional n�o pode levar o partido a apoiar Kalil, que tem o apoio de Lula?
O Psol deve ter candidatura pr�pria. Kalil n�o representa todos os anseios da esquerda, mas n�o h� d�vidas em um eventual segundo turno entre ele e Zema – que representa o bolsonarismo, o pior da pol�tica brasileira. Kalil est� no campo democr�tico. No primeiro turno, apoio a candidatura do meu partido, mas em um eventual segundo turno n�o terei d�vidas de me posicionar contra a reelei��o de Zema. N�o existe [a chance de abandonar candidatura pr�pria]. Em Minas, nada leva a crer que a elei��o se resolva no primeiro turno, ainda mais porque Kalil, agora com apoio consolidado do Lula, tende a crescer. Cabe ao Psol, no primeiro turno da elei��o estadual de Minas, colocar suas propostas e seu programa. Mas o partido n�o vai hesitar de, no segundo turno, se posicionar contra o campo democr�tico e contra o bolsonarismo.

Qual a import�ncia de Lula vencer em Minas?
Minas � o estado-p�ndulo. Quem ganha em Minas, leva a elei��o. N�o s� por causa da localiza��o geogr�fica, de estar no Sudeste j� na fronteira com a Bahia. Minas reflete um sentimento nacional com sua diversidade e tem tamanho: � o segundo col�gio eleitoral do Brasil. Ganhar em Minas � absolutamente decisivo. 


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