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Estado de Minas CORRIDA AO PLANATO

Presidenci�veis ter�o seguran�a de 300 agentes da Pol�cia Federal

Corpora��o destina R$ 57 milh�es para compra de equipamentos e para custos operacionais.


05/06/2022 04:00 - atualizado 05/06/2022 08:36

Sede da PF, em Brasília
Sede da PF, em Bras�lia: or�amento ter� R$ 32 milh�es para compra de equipamentos e R$ 25 milh�es para custos operacionais na defesa dos presidenci�veis (foto: ELIO RIZO/CB/D.A PRESS)

 Diante do cen�rio de poss�vel aumento de tens�es causado pela polariza��o pol�tica nas elei��es, a Pol�cia Federal se antecipou e apresentou em coletiva, na �ltima semana, um esquema in�dito de seguran�a para os presidenci�veis, a partir de 16 de agosto, quando come�ar� a campanha eleitoral.

O plano seguir� uma metodologia que identificar� os riscos contra cada um, por meio de um grupo de intelig�ncia de seguran�a que ser� criado exclusivamente para a fun��o. Ser�o destacados cerca de 300 agentes, que est�o em treinamento espec�fico para a miss�o.

Do or�amento, a PF separou, ao todo, R$ 57 milh�es, que ser�o divididos em R$ 32 milh�es para a compra de equipamentos e R$ 25 milh�es para custos operacionais. Os agentes receber�o individualmente R$ 220 para capitais e R$ 170 para cidades do interior. Internamente, a preocupa��o � que os valores n�o sejam suficientes para p�r em pr�tica o plano.

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Mas a alta infla��o poder� ser o empecilho para que os agentes acompanhem a intensa agenda dos presidenci�veis. � o que aponta um dos agentes, que preferiu n�o ser identificado temendo retalia��es.

Ao Correio Braziliense, ele relatou que, h� quase tr�s meses da elei��o, as superintend�ncias da PF passam por problema de racionamento de gasolina. “A gente n�o pode ir para determinado local porque n�o temos gasolina. Agora, de onde v�o tirar o dinheiro para fazer isso [o esquema de seguran�a] � uma d�vida”, revelou.

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A partir disso, o agente ressaltou que os valores disponibilizados para as di�rias, por exemplo, est�o abaixo do que realmente � necess�rio para arcar com as despesas.

“Com esse dinheiro [das di�rias] o agente tem que pagar alimenta��o e hospedagem, n�o sei como vai se virar. J� tem seis ou sete anos sem o reajuste nesse valor. Tem que ter muito amor � camisa para se candidatar a isso, porque o profissional vai acabar tirando do bolso pra se trabalhar”, assinalou.

Procurada pela reportagem, at� o fechamento desta edi��o a Pol�cia Federal n�o respondeu aos questionamentos sobre o assunto.

 

Ainda que a quest�o or�ament�ria possa n�o ser suficiente, a inten��o da corpora��o � preparar os profissionais para acompanharem os candidatos 24 horas, a fim de evitar atentados.

De forma in�dita, cada campanha escolher� os coordenadores do esquema de seguran�a. Quanto � quantidade, de acordo com a metodologia estabelecida pela institui��o, ser� levada em considera��o a posi��o do candidato nas pesquisas e o hist�rico de atentados contre ele ou ela.

 

Policiais federais explicaram � reportagem que o amadurecimento da institui��o em padronizar a a��o e a escolha por tornar a metodologia mais cient�fica traz mais seguran�a no agir para todos os envolvidos, tanto para os candidatos quanto para os policiais.

Por�m, Fl�vio Werneck, escriv�o da PF e presidente licenciado do Sindicato dos Policiais Federais do Distrito Federal (Sindipol/DF), relembra que um detalhe fundamental, nessa caso, � a escolha das chefias para o treinamento dos policiais. De acordo com ele, a assepsia pol�tica nesses comandos � fundamental para lidar com o tema.

 

“A maior cr�tica que vem tendo � que a pol�cia tem que ser independente o suficiente para que n�o tenham influ�ncias pol�tico- partid�rias. Ent�o, as pessoas que trabalham nesses setores devem ter a sua imparcialidade, principalmente nas chefias, apresentada para s� depois ter a indica��o deles como coordenadores. Esse foi um grande problema, al�m da indica��o para as coordena��es, que foram limitadas aos cargos de delegados”, revelou.

 

O advogado Kaleo Dornaika, mestre em direito e s�cio do Ribeiro de Almeida & Advogados Associados, ressaltou que as elei��es de outubro ser�o marcadas pela polaridade pol�tica e, por isso, o refor�o na seguran�a se tornou fundamental.

“Vimos no pleito passado um atentado contra a vida de um dos presidenci�veis e, por isso, este ano haver� um contingente de 30 policiais para cada candidato � Presid�ncia da Rep�blica. Al�m disso, foram investidos R$ 32 milh�es em blindados, armamentos e kits de atendimento m�dico. A seguran�a das urnas tamb�m � sempre um ponto de destaque. Al�m da seguran�a oferecida pelas For�as Armadas no transporte e instala��o das urnas, o procedimento de apura��o tamb�m contar� com observadores militares”, analisou.

 

O especialista em seguran�a p�blica e privada Leonardo Sant'Anna destacou que a partir das elei��es de 2018, o Brasil mudou o conceito de prote��o de candidatos durante o processo eleitoral.

“N�o t�nhamos casos concretos, tivemos amea�as, agressividade verbal, ataques cibern�ticos, mas nunca um atentado real como o que ocorreu com Bolsonaro na pr�-elei��o. H� todo um trabalho envolvendo o processo de prote��o de autoridades, tanto pela Pol�cia Federal, como pelas pol�cias militares, seguran�a p�blica e privada para que os futuros candidatos tenham a garantia de exercer seu direito”, comentou.

“A prote��o aos candidatos tamb�m � feita, por exemplo, pelo que pode acontecer quando se desloca a uma �rea de maior vulnerabilidade social, na qual possa ser alvo de ataques, onde ele ser� envergonhado, quando jogam ovos e tomates para submet�-lo a uma condi��o vexat�ria, inclusive para que isso possa ser usado politicamente”, destacou.

 

TREINAMENTO ADEQUADO

 

A advogada constitucionalista Vera Chemin, mestre em direito p�blico administrativo pela Funda��o Getulio Vargas (FGV), observa ainda a necessidade de treinamento adequado por parte dos envolvidos no trabalho. Chemin exp�e tamb�m o risco do aumento de viol�ncia nas elei��es de 2022.

 

“A polariza��o ter� um aumento exponencial � medida que o pleito eleitoral se aproxime, resultando, possivelmente, em viol�ncia f�sica e psicol�gica. O perigo maior remete a uma das ideologias que se sinta prejudicada politicamente em rela��o � outra, seja no tocante �s pesquisas eleitorais ou no caso de participa��o em debates ou, ainda, em com�cios. Esses eventos � que ser�o a mola propulsora de agress�es verbais e f�sicas, se a equipe de intelig�ncia policial n�o adotar a��es de preven��o e de repress�o em cada caso que demande pronta interven��o”, avalia.


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