
O dispositivo foi criado para garantir que nomes como o da ex-senadora Helo�sa Helena (AL), da ex-ministra Marina Silva (AC) e do deputado estadual Melchior Naelson Batista, conhecido como Chi� (PB), n�o sejam caracterizados como infidelidade partid�ria.
"A cl�usula n�o � um liberou geral, n�o permite que os candidatos da Rede ou do PSol fa�am o que queiram nos estados. Ela � nominal, n�o abre brecha se depender da gente, at� porque temos 70% da federa��o. Se em partidos pol�ticos voc� tem, �s vezes, dificuldades de garantir uma orienta��o eleitoral comum, imagina em uma federa��o?", ponderou o presidente nacional do PSol, Juliano Medeiros.
"Ent�o existe isso, mas o apoio ao Lula t� consolidado, vai estar na coliga��o, � amplamente majorit�rio, mesmo na Rede, que o pessoal j� aprovou por maioria. N�o � um tema mais pol�mico, como diverg�ncia que vai disputar o nosso trabalho”, explicou.
Mesmo com as diverg�ncias, o discurso do presidente da federa��o, Guilherme Boulos (SP), refor�ou a prioridade dos dois partidos em derrotar Bolsonaro nas elei��es e combater a extema-direita. “O Brasil vive um momento de grave crise social, econ�mica e ambiental. Uma crise que � produto da agenda de ataques aos direitos e �s pol�ticas p�blicas implementadas nos �ltimos anos”, declarou.
Proibi��es
O estatuto da federa��o pro�be que sejam formadas alian�as estaduais com partidos da base de apoio a Bolsonaro, ou seja, principalmente o PL, PP, PR, PTB e PSD est�o vetados. Al�m desses, tamb�m entram no rol partidos classificados como da "direita neoliberal": MDB, PSBD, Uni�o Brasil, Podemos, Avante e Novo.
"Alian�as que extrapolem esses limites ser�o desfeitas pela Executiva Nacional da Federa��o. Declara��es de dirigentes ou filiados, especialmente na imprensa, n�o expressam a posi��o da Federa��o PSol/Rede e devem ser desautorizadas pelas dire��es locais dos partidos federados”, indica a resolu��o.
Medeiros explica que ao unir os dois partidos a expectativa � que lancem a candidatura de pelo menos 20 deputados federais, que ser�o estrat�gicas para os arranjos estaduais. O acordo � de que das 27 unidades federativas, 25 a defini��o ser� do PSol e em dois, Amap� e Esp�rito Santo, a indica��o ser� da Rede.
"Quem vai definir a t�tica eleitoral � o PSol em 25 estados e em dois deles vai ser a Rede, ent�o para n�s est� muito confort�vel, porque nesse desenho n�o � preciso administrar grandes contradi��es. Desse ponto de vista eu acho que vai ser tranquilo e positivo", assegurou.