Pr�-candidato ao governo de Minas nas elei��es gerais de 2022, em outubro, Alexandre Kalil (PSD) rebateu ontem cr�ticas que recebeu do governador mineiro Romeu Zema (Novo). Em resposta ao atual chefe do Executivo e tamb�m um dos nomes no pleito deste ano, Kalil pediu compara��o entre as gest�es que encabe�aram. Kalil fez refer�ncia ao tempo em que permaneceu como prefeito de Belo Horizonte, entre 2017 e mar�o de 2022 – quando renunciou para disputar o governo mineiro. J� Zema � governador de Minas Gerais em primeiro mandato, iniciado em 2019.
“Vamos comparar as duas gest�es. � assim que n�s vamos debater a pol�tica, ele foi muito feliz nisso, porque eu posso responder. Ele podia me responder o que ele fez aqui para (Governador) Valadares tamb�m”, afirmou, em entrevista coletiva. A afirma��o se deu em resposta a uma declara��o de Zema na �ltima segunda-feira, em entrevista ao Estado de Minas. Na ocasi�o, o governador disse sobre Kalil: “Criticar � o que faz parte da vida dele, ele que nunca conseguiu fazer muito, vive s� de cr�tica”.
Ontem, Kalil esteve em Governador Valadares, cidade mineira da regi�o do Vale do Rio Doce, em movimento de pr�-campanha. Entre sexta-feira e ontem, foram outros tr�s munic�pios visitados: Leopoldina, Ub� e Cataguases, esses na Zona da Mata mineira. Na entrevista ontem, Kalil seguiu com as cr�ticas a Zema. O ex-prefeito de BH afirmou que o posto de governador no estado est� “praticamente vago”.
“Minas Gerais est� precisando de um governador. Quando voc� tem um lugar praticamente vago, a gente tem que tomar o espa�o para ver se resolve problemas estruturais do governo mineiro. Como eu tenho experi�ncia, e como todo prefeito da capital bem-avaliado � um candidato natural, eu n�o achei que eu estaria impedido a tentar, sabendo que em Minas n�s temos uma cadeira meio cheia e meio vazia. Isso me levou a ser candidato ao governo de Minas. A cadeira est� vaga, eu sou candidato ao governo porque a cadeira est� vaga”, afirmou posteriormente o ex-prefeito da capital mineira.
Kalil foi questionado sobre como vai lidar com a quest�o da minera��o no estado, caso seja eleito governador este ano. Na resposta, mais uma cr�tica a Zema: o pr�-candidato do PSD diz que o pol�tico do Novo n�o age e que s�o mineradores quem mandam em Minas Gerais. “Minerador n�o manda no estado, quer dizer, mandou, mandou quatro anos, mas v�o sair no final do ano, eles v�o ser postos para fora, eles s�o mineradores. A minera��o � muito importante para Minas Gerais, ningu�m tem d�vida disso. Agora, o minerador n�o pode mandar no estado. Quem vai mandar no estado de Minas Gerais � o governador do estado junto da Assembleia Legislativa, � assim que se governa”, disse.
Torcida
Kalil tem no ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT), pr�-candidato � Presid�ncia da Rep�blica este ano, um aliado no pleito deste ano. O prefeito de BH brincou com o fato de Lula, que foi presidente entre 2003 e 2010, ter declarado ser torcedor do Cruzeiro. Kalil, por outro lado, � atleticano e presidiu o Atl�tico entre 2008 e 2014. “Costumo dizer que todo mundo tem defeito, at� que enfim eu achei um defeito no presidente Lula. Ent�o, infelizmente, n�s vamos ter um presidente cruzeirense. Confesso, pior, confesso, corintiano e cruzeirense. Ent�o, n�s vamos ter, se Deus quiser, se Deus nos aben�oar, um presidente cruzeirense, mas o governador ser� atleticano”, afirmou.
“O (Luiz) Dulci � torcedor do Am�rica. Aqui, eu lamentavelmente n�o aprendi a ser atleticano, eu virei torcedor do Cruzeiro. Mas esses dias eu fiquei de certa forma feliz, porque eu vi o pequeno Am�rica, um time que frequenta sistematicamente a S�rie B, o time que ganha uma vez e cai na outra, ganha num ano e cai no outro, mas eu vi o pequeno Am�rica bater no gigante Atl�tico Mineiro”, disse Lula, em maio deste ano, em BH.
Disputas
Al�m de Zema e Kalil, Miguel Corr�a (PDT), Carlos Viana (PL), Marcus Pestana (PSDB), Renata Regina (PCB), Lorene Figueiredo (Psol) e Saraiva Felipe (PSB) se colocam como pr�-candidatos na disputa pelo governo mineiro. As elei��es ocorrem em 2 de outubro. Caso necess�rio segundo turno, ser� no dia 30 do mesmo m�s.