Apesar dos constantes afagos do presidente Jair Bolsonaro a Zema, o senador Carlos Viana (PL) garante que sua presen�a na elei��o estadual continua de p�. Ele fez ontem v�rias cr�ticas ao pol�tico do Novo, acusando-o de fazer um “governo de fachada”. “S� saio da disputa se o presidente disser a mim: ‘Vamos tomar outro rumo’. Enquanto isso n�o acontecer, estou viajando, fazendo visitas e levando minhas ideias”, assegurou, durante participa��o no “EM Entrevista”, podcast transmitido ao vivo pelo Portal Uai.
“Imaginava que meu nome mudaria o cen�rio pol�tico, mas n�o que geraria tanto desespero, principalmente no atual governo. � um governo de fachada, que est� se baseando s� na publicidade – porque n�o tem o que apresentar para Minas Gerais”, disparou. “A tentativa � me tirar do jogo no tapet�o. E n�o v�o conseguir. Fui convidado pelo presidente Jair Bolsonaro a ser pr�-candidato em Minas. Eu n�o pedi”.
O mais recente aceno do presidente em dire��o ao governador ocorreu no fim de maio, durante evento empresarial em BH. � �poca, Bolsonaro sinalizou apoio � reelei��o de Zema ao afirmar que “em time que est� ganhando n�o se mexe”. Viana, por sua vez, cr� que a possibilidade de matrim�nio entre PL e Novo em Minas � “remota”. “O Pal�cio Tiradentes fechou e n�o abre mais discuss�o. Eles querem oferecer ao PL um acordo, mas sem um palanque para Bolsonaro. O presidente n�o aceita isso. Quem seria o palanque dele se eu sa�sse da disputa?”, afirmou, indicando que a oferta feita aos liberais envolveria a possibilidade de indicar o vice na chapa situacionista.
No fim de abril, em Uberl�ndia, no Tri�ngulo, Bolsonaro tamb�m deu sinais de apoio a Zema ao erguer sua m�o diante do p�blico e classificar o governador como “exemplo para todos”.
“Zema ia ser vaiado pela multid�o que estava l�. O presidente levantou (a m�o de Zema) para ele n�o ser vaiado – e foi aplaudido”, contrap�s o senador, ao ser perguntado sobre o epis�dio. O senador disse que Bolsonaro tentou se aproximar de Zema, mas sem sucesso. ”Sou testemunha do quanto o presidente abriu o Pal�cio a Minas Gerais. Eles n�o souberam aproveitar”.
O PL � o terceiro partido de Viana em menos de um ano. Em dezembro do ano passado, ingressou no MDB depois de deixar o PSD. Em abril, por�m, levantou acampamento na sigla de Bolsonaro. No ano passado, antes de engrossar os quadros emedebistas, o senador chegou a negociar com os liberais. As tratativas n�o prosperaram porque deputados do partido indicaram simpatia � reelei��o de Zema. Neste ano, mesmo diante da resist�ncia p�blica de alguns parlamentares, o pr�-candidato resolveu se filiar.
O deputado estadual L�o Portela, filho do parlamentar federal Lincoln Portela, vice presidente da C�mara, chegou a chamar de “projeto pessoal” a pr�-candidatura de Viana ao governo. “Todas as vezes em que um deputado faz um coment�rio contra a minha pr�-candidatura, respeito, porque cheguei em momento posterior. Queria ter me juntado ao PL em setembro do ano passado, quando procurei Valdemar e conversei sobre o desejo de colocar meu nome (na disputa estadual). Mas havia um pr�-acordo com Zema no apoio a Bolsonaro”, rebateu.
Viana deve ter o apoio do Republicanos, outro componente da base aliada a Bolsonaro. Zema, por seu turno, al�m de estar pr�ximo ao PP, conversa com legendas como Agir, Podemos, Avante e Solidariedade.