
“De CPI eu entendo. Sou o primeiro a propor! Em um breve roteiro j� podemos: investigar a Petrobras, que integra o governo, depois investigar os presidentes da Petrobras, que Bolsonaro mesmo nomeou, e vamos chegar � resposta que a responsabilidade � do pr�prio governo”, diz o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que foi vice-presidente da CPI da COVID no Senado.
O l�der do governo na C�mara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR), no entanto, afirma que a eventual CPI da Petrobras n�o dever� ter os mesmos rumos da CPI da COVID do Senado. “Essa CPI ser� na C�mara e ter� outra composi��o”, disse ele ao Correio Braziliense. Barros ressalvou, por�m, que a decis�o de formar a CPI n�o est� tomada. “Vamos avaliar, ainda n�o ficou decidido”, destacou.
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Para o l�der do PT na C�mara, Reginaldo Lopes (MG), a forma��o de uma CPI, sem que seja modificada a pol�tica de pre�os da estatal prejudicaria a imagem da empresa, inclusive, no exterior. “Esse governo j� acabou. E atacar a Petrobras, num pa�s s�rio, uma empresa cuja atividade afeta toda a economia brasileira, com impacto direto na infla��o e no bolso do trabalhador, na minha opini�o, seria um erro. Por isso, s� resta proteger o patrim�nio brasileiro. O governo n�o est� interessado nisso, s� quer entregar para os amigos do setor de petr�leo e g�s”, avalia o parlamentar mineiro.
A possibilidade de interfer�ncia na Petrobras provocou rea��es no meio econ�mico. Em nota divulgada ontem, o Instituto Brasileiro de Petr�leo e G�s (IBP) criticou medidas que visem controlar os pre�os dos combust�veis por qualquer via. “O IBP defende os princ�pios da liberdade econ�mica e a livre forma��o dos pre�os dos produtos da cadeia petrol�fera como o �nico caminho poss�vel para a consolida��o de um mercado mais competitivo no Brasil”, diz a nota.
“A situa��o atual � complexa e n�o tem uma solu��o r�pida. (...) Dessa forma, o IBP n�o apoia o controle de pre�os na cadeia de abastecimento ou a cria��o de gravames para exporta��o de petr�leo”, finaliza o documento.