
A menos de um m�s das conven��es eleitorais, o cen�rio que se desenha � de indefini��o na maioria dos partidos que disputam o Planalto. PT e o PL foram os primeiros a marcar as conven��es: 21 e 23 de julho, respectivamente. O PDT, de Ciro Gomes, anunciou na sexta-feira que tamb�m far� as suas no dia 23.
Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a janela para realiza��o dos eventos � entre 20 de julho e 5 de agosto. Chama aten��o o contraste entre as legendas dos pr�-candidatos que lideram as pesquisas e as demais.
A chapa do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) com o ex-governador de S�o Paulo Geraldo Alckmin (PSB), por exemplo, est� definida desde o fim do ano passado.
Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a janela para realiza��o dos eventos � entre 20 de julho e 5 de agosto. Chama aten��o o contraste entre as legendas dos pr�-candidatos que lideram as pesquisas e as demais.
A chapa do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) com o ex-governador de S�o Paulo Geraldo Alckmin (PSB), por exemplo, est� definida desde o fim do ano passado.
Bolsonaro (PL), por sua vez, ainda n�o fechou a chapa, mas sinaliza fortemente que seu vice ser� o general da reserva Walter Braga Netto (PL), exonerado na �ltima sexta-feira de seu cargo como assessor especial da presid�ncia para poder participar das elei��es.
Os dois rivais est�o h� meses em clima de campanha, percorrendo o pa�s, reunindo-se com setores estrat�gicos – como o empresariado e o agroneg�cio – e costurando seus palanques estaduais. Por sua vez, Uni�o Brasil, MDB, PSDB, PDT, Novo, Avante, e os demais partidos envolvidos na majorit�ria est�o com os olhos voltados para as proporcionais no momento.
O presidente Jair Os dois rivais est�o h� meses em clima de campanha, percorrendo o pa�s, reunindo-se com setores estrat�gicos – como o empresariado e o agroneg�cio – e costurando seus palanques estaduais. Por sua vez, Uni�o Brasil, MDB, PSDB, PDT, Novo, Avante, e os demais partidos envolvidos na majorit�ria est�o com os olhos voltados para as proporcionais no momento.
Compondo a chapa com a senadora Simone Tebet (MDB), o PSDB caminha para uma resolu��o dos seus acordos ap�s defini��o da candidatura de Eduardo Leite (PSDB) ao governo do Rio Grande do Sul. Na corrida ao Planalto, o nome do senador Tasso Jereissati (PSDB) est� consolidado internamente para a vice-candidatura, mas falta a defini��o oficial.
J� o Uni�o Brasil enfrenta a situa��o de ter um pr�-candidato � Presid�ncia, Luciano Bivar (Uni�o), com dificuldades para obter um �nico voto nas pesquisas at� o momento. Com a maior parcela do fundo eleitoral, estimada em R$ 776,5 milh�es, a legenda est� focada em definir seus candidatos regionais para manter a hegemonia como maior sigla no Congresso.
Embora a candidatura de Bivar possa ser impulsionada assim que a campanha come�ar oficialmente, � question�vel qual ser� sua capacidade de puxar votos para seus correligion�rios, e se n�o seria uma estrat�gia melhor tentar a reelei��o � C�mara.
O PDT, por sua vez, tem o nome de Ciro Gomes consolidado. Apesar de membros da legenda estarem pouco otimistas em rela��o � sua capacidade de crescer e bater de frente com Lula e Bolsonaro, sua visibilidade pode ser de grande valia para a elei��o de deputados e senadores.
Embora a candidatura de Bivar possa ser impulsionada assim que a campanha come�ar oficialmente, � question�vel qual ser� sua capacidade de puxar votos para seus correligion�rios, e se n�o seria uma estrat�gia melhor tentar a reelei��o � C�mara.
O PDT, por sua vez, tem o nome de Ciro Gomes consolidado. Apesar de membros da legenda estarem pouco otimistas em rela��o � sua capacidade de crescer e bater de frente com Lula e Bolsonaro, sua visibilidade pode ser de grande valia para a elei��o de deputados e senadores.
DEMORA ESTRAT�GICA
Com a polariza��o se acirrando, os partidos com candidaturas menos s�lidas ficam mais sujeitos a flutua��es e mudan�as s�bitas. Um claro exemplo foram o ex-juiz Sergio Moro e o ex-governador de S�o Paulo Jo�o Doria, que deixaram o p�reo, obrigando o Podemos e o PSDB a rever suas estrat�gias.
Para o cientista pol�tico Andr� Rosa, � natural que esses partidos demorem mais para solidificar seus quadros. “Quando [a candidatura] n�o decola, fica muito na incerteza. At� o �ltimo momento. Algumas decis�es os atores pol�ticos estrategicamente tomam no final, porque n�o h� algo muito cristalizado. Essas candidaturas da terceira via s�o ainda muito fluidas. Se voc� n�o � competitivo, busca apoio at� o �ltimo segundo”.
Para o cientista pol�tico Andr� Rosa, � natural que esses partidos demorem mais para solidificar seus quadros. “Quando [a candidatura] n�o decola, fica muito na incerteza. At� o �ltimo momento. Algumas decis�es os atores pol�ticos estrategicamente tomam no final, porque n�o h� algo muito cristalizado. Essas candidaturas da terceira via s�o ainda muito fluidas. Se voc� n�o � competitivo, busca apoio at� o �ltimo segundo”.
Andr� acredita que h� pouco espa�o para mudan�a no cen�rio eleitoral com as conven��es. Por�m, ele avalia que Tebet pode ganhar bastante espa�o com o lan�amento oficial da candidatura. “Por ser feminina, uma candidatura de centro-direita que foge do discurso radical dos dois extremos. Ela traz um ponto de equil�brio. Apesar de ser pouco conhecida, voc� tem, por exemplo, coletivos de mulheres apoiando ela”.
H� outros fatores, al�m dos pol�ticos, que contribuem para essa demora nas defini��es. As elei��es deste ano s�o marcadas por mudan�as nas regras eleitorais, especialmente nos prazos definidos para a campanha e pr�-campanha.
“Anteriormente havia um prazo maior, de um ano, para as mudan�as partid�rias. De 2018 para c� isso alterou, s�o seis meses agora. Essas mudan�as afetam em qual momento os partidos decidem realizar as conven��es”, explica a professora de ci�ncia pol�tica da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) Luciana Santana. “As elei��es se tornaram mais curtas, a campanha, a defini��o do prazo para mudar de partido. A� � natural que a gente tenha uma demora na defini��o de outros acordos”.
“Anteriormente havia um prazo maior, de um ano, para as mudan�as partid�rias. De 2018 para c� isso alterou, s�o seis meses agora. Essas mudan�as afetam em qual momento os partidos decidem realizar as conven��es”, explica a professora de ci�ncia pol�tica da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) Luciana Santana. “As elei��es se tornaram mais curtas, a campanha, a defini��o do prazo para mudar de partido. A� � natural que a gente tenha uma demora na defini��o de outros acordos”.
A professora ressalta ainda que esta � a primeira elei��o com as federa��es partid�rias, cujos partidos devem realizar as conven��es em conjunto, e que houve renova��o consider�vel dos quadros. “Em muitos partidos a composi��o se tornou nova a partir de abril. � o tempo de voc� ganhar confian�a. E at� em 31 de maio voc� podia federar. Tudo isso impacta e mexe com a rotina dos partidos pol�ticos”, finaliza Luciana Santana.