
Na ocasi�o, Rao pediu a palavra e afirmou que Marcelo � respons�vel pela morte do indigenista Bruno Pereira e do jornalista ingl�s Dom Phillips, assassinados em junho deste ano.
"Esse homem � respons�vel pela morte de Bruno Pereira. Esse homem � respons�vel pela morte de Phillips. Voc� � um miliciano, bandido. Vai embora mesmo, vai para fora", gritou Ricardo Fao, que conseguiu retirar Marcelo Xavier do local.
Autoex�lio
No fim de 2019, Ricardo Rao deixou o Brasil ap�s o assassinato do colega Maxiel Pereira, morto a tiros em Tabatinga, no Vale do Javari. Na ocasi�o de seu autoex�lio, o indigenista afirmou que tinha medo de morrer ap�s receber amea�as desse cunho.
Antes de partir para a Europa, Fao entregou � Comiss�o de Direitos Humanos da C�mara dos Deputados um documento intitulado “Atua��o miliciana conectada ao crime organizado madeireiro, ao narcotr�fico e a homic�dios cometidos contra os povos ind�genas do Maranh�o - Um breve dossi�”.
O indigenista trabalhou durante dez anos na Funda��o combatendo mil�cias e grupos organizados que realizam explora��o ilegal de madeira, narcotr�fico e assassinato de ind�genas e ativistas no estado do Maranh�o. No dossi� entregue � C�mara Federal, Fao denunciava o envolvimento de policiais com as organiza��es criminosas da regi�o.
Morte de Bruno Pereira era “bola cantada”
Em entrevista ao site Amaz�nia Real, Ricardo falou de sua rela��o com Bruno Pereira. Os dois fizeram juntos o Curso de Forma��o de Pol�tica Indigenista da Funda��o Nacional do �ndio (Funai) em Sobradinho, no Distrito Federal. Fao relatou o medo que sentiam por realizar o trabalho de fiscaliza��o nessas �reas e disse que teria o mesmo destino de Bruno caso n�o tivesse se exilado, j� que os dois entregaram dossi�s e foram amea�ados por isso.
“Olha a� o Bruno! Olha a� o Bruno! Essa bola estava cantada. N�o sei por que ele foi entregar esse relat�rio para o MPF e o DPF. N�o sei como. Vazaram, vazaram. E os caras mandaram o “Pelado”, o “Churrasco” e os outros bandidos l�”, afirmou Ricardo.