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Estado de Minas DEMOCRACIA

Carta da USP em defesa da Democracia j� re�ne mais de 400 mil assinaturas

Texto foi divulgado na ter�a-feira (26/7) e foi apelidado de 'Carta �s brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado Democr�tico de Direito!'


29/07/2022 15:00 - atualizado 29/07/2022 15:00

USP
Carta da USP em defesa da Democracia j� re�ne mais de 400 mil assinaturas (foto: USP/REPRODU��O)
Em tr�s dias de lan�amento, a carta em defesa � Democracia e do processo eleitoral, divulgada pela Faculdade de Direito da USP, j� reuniu mais de 400 mil assinaturas. 

A "Carta �s brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado Democr�tico de Direito!" e a lista com os nomes foram divulgadas na ter�a-feira (26) no site da universidade.

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Apesar de defender o sistema eleitoral, a carta n�o cita o nome do presidente Jair Bolsonaro (PL), que tem feito reiterados ataques �s urnas.



Uma vers�o em ingl�s da carta est� sendo elaborada, j� que os Estados Unidos, depois do Brasil, s�o o segundo pa�s com o maior n�mero de acessos, seguido por Portugal, Reino Unido e Alemanha.

O texto dever� ser lido pelo ex-ministro do Supremo Tibunal Federal (STF), Celso de Mello, durante evento em 11 de agosto, na USP. Na data, � comemorado o Dia do Estudante.

Diversos artistas como Chico Buarque, Roberto Set�bal, Ellen Gracie e Luiz Gonzaga Beluzzo, Gal Costa, Z�lia Duncan, Maria Beth�nia, Joaquim Barbosa, Antonio Calloni e Bruno Gagliasso, est�o divulgando o documento nas redes sociais.

No total, 12 ex-ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) assinaram o documento.

Leia abaixo a �ntegra do documento:

"Em agosto de 1977, em meio �s comemora��es do sesquicenten�rio de funda��o dos cursos jur�dicos no pa�s, o professor Goffredo da Silva Telles Junior, mestre de todos n�s, no territ�rio livre do Largo de S�o Francisco, leu a Carta aos Brasileiros, na qual denunciava a ilegitimidade do ent�o governo militar e o estado de exce��o em que viv�amos. Conclamava tamb�m o restabelecimento do estado de direito e a convoca��o de uma Assembleia Nacional Constituinte.
 
A semente plantada rendeu frutos. O Brasil superou a ditadura militar. A Assembleia Nacional Constituinte resgatou a legitimidade de nossas institui��es, restabelecendo o estado democr�tico de direito com a preval�ncia do respeito aos direitos fundamentais.

Temos os poderes da Rep�blica, o Executivo, o Legislativo e o Judici�rio, todos independentes, aut�nomos e com o compromisso de respeitar e zelar pela observ�ncia do pacto maior, a Constitui��o Federal.

Sob o manto da Constitui��o Federal de 1988, prestes a completar seu 34º anivers�rio, passamos por elei��es livres e peri�dicas, nas quais o debate pol�tico sobre os projetos para pa�s sempre foi democr�tico, cabendo a decis�o final � soberania popular.

A li��o de Goffredo est� estampada em nossa Constitui��o “Todo poder emana do povo, que o exerce por meio de seus representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constitui��o”.

Nossas elei��es com o processo eletr�nico de apura��o t�m servido de exemplo no mundo. Tivemos v�rias altern�ncias de poder com respeito aos resultados das urnas e transi��o republicana de governo. As urnas eletr�nicas revelaram-se seguras e confi�veis, assim como a Justi�a Eleitoral.

Nossa democracia cresceu e amadureceu, mas muito ainda h� de ser feito. Vivemos em pa�s de profundas desigualdades sociais, com car�ncias em servi�os p�blicos essenciais, como sa�de, educa��o, habita��o e seguran�a p�blica. Temos muito a caminhar no desenvolvimento das nossas potencialidades econ�micas de forma sustent�vel. O Estado apresenta-se ineficiente diante dos seus in�meros desafios.

Pleitos por maior respeito e igualdade de condi��es em mat�ria de ra�a, g�nero e orienta��o sexual ainda est�o longe de ser atendidos com a devida plenitude.

Nos pr�ximos dias, em meio a estes desafios, teremos o in�cio da campanha eleitoral para a renova��o dos mandatos dos legislativos e executivos estaduais e federais. Neste momento, dever�amos ter o �pice da democracia com a disputa entre os v�rios projetos pol�ticos visando convencer o eleitorado da melhor proposta para os rumos do pa�s nos pr�ximos anos.

Ao inv�s de uma festa c�vica, estamos passando por momento de imenso perigo para a normalidade democr�tica, risco �s institui��es da Rep�blica e insinua��es de desacato ao resultado das elei��es.

Ataques infundados e desacompanhados de provas questionam a lisura do processo eleitoral e o estado democr�tico de direito t�o duramente conquistado pela sociedade brasileira. S�o intoler�veis as amea�as aos demais poderes e setores da sociedade civil e a incita��o � viol�ncia e � ruptura da ordem constitucional.

Assistimos recentemente a desvarios autorit�rios que puseram em risco a secular democracia norte-americana. L� as tentativas de desestabilizar a democracia e a confian�a do povo na lisura das elei��es n�o tiveram �xito, aqui tamb�m n�o ter�o.

Nossa consci�ncia c�vica � muito maior do que imaginam os advers�rios da democracia. Sabemos deixar ao lado diverg�ncias menores em prol de algo muito maior, a defesa da ordem democr�tica.

Imbu�dos do esp�rito c�vico que lastreou a Carta aos Brasileiros de 1977 e reunidos no mesmo territ�rio livre do Largo de S�o Francisco, independentemente da prefer�ncia eleitoral ou partid�ria de cada um, clamamos as brasileiras e brasileiros a ficarem alertas na defesa da democracia e do respeito ao resultado das elei��es.

No Brasil atual n�o h� mais espa�o para retrocessos autorit�rios. Ditadura e tortura pertencem ao passado. A solu��o dos imensos desafios da sociedade brasileira passa necessariamente pelo respeito ao resultado das elei��es.

Em vig�lia c�vica contra as tentativas de rupturas, bradamos de forma un�ssona:
Estado Democr�tico de Direito Sempre!!!!"





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