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Estado de Minas ELEI��ES 2022

Os obst�culos que os candidatos a presidente devem enfrentar

A BBC News Brasil lista aqui candidatos j� oficializados por seus partidos e os desafios que ter�o at� as elei��es em outubro


17/08/2022 06:02 - atualizado 17/08/2022 09:02


Fila para título de eleitor
(foto: Ag�ncia Brasil)

Esta reportagem foi atualizada no dia 16 de agosto de 2022.

A campanha para a elei��o presidencial de 2022 come�ou oficialmente e segue em clima de grande polariza��o, com Jair Bolsonaro (PL) disputando a reelei��o e o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) tentando retornar � Presid�ncia da Rep�blica para um terceiro mandato.

Mais distantes nas pesquisas de inten��o de voto est�o os candidatos que tentam emplacar como op��o da terceira via: Ciro Gomes (PDT) e a senadora Simone Tebet (MDB).

Ainda est�o registrados pela Justi�a Eleitoral na disputa: Vera L�cia (PSTU), Felipe d'Avila (Novo), Sofia Manzano (PCB), Roberto Jefferson (PTB), Leonardo P�ricles (Unidade Popular), Eymael (DC) e Soraya Thronicke (Uni�o Brasil).

Pablo Mar�al tamb�m est� registrado, mas seu partido, o PROS aprovou a retirada de sua candidatura. Mar�al diz que pretende recorrer da decis�o na Justi�a.

Entre os nomes que se retiraram da corrida presidencial est�o:

  • O deputado federal Andr� Janones, que abriu m�o da candidatura pelo Avante para apoiar Lula
  • O ex-juiz Sergio Moro, que � candidato ao Senado pelo Uni�o Brasil no Paran�
  • O ex-governador de SP Jo�o Doria, que anunciou sua sa�da da pol�tica institucional
  • O deputado federal Luciano Bivar e presidente nacional do Uni�o Brasil, partido que ter� a senadora Soraya Thronicke na disputa
  • Cabo Daciolo, que � candidato ao Senado pelo PDT no Rio de Janeiro

A BBC News Brasil lista aqui os 12 nomes que est�o na disputa pela Presid�ncia.

Jair Bolsonaro (PL)


Jair Bolsonaro
(foto: Ag�ncia Brasil)

O presidente Jair Bolsonaro vai disputar a reelei��o pelo Partido Liberal (PL), legenda de Valdemar Costa Neto, um dos condenados no esc�ndalo do Mensal�o. Atualmente ele tenta alavancar seus n�meros nas pesquisas eleitorais.

Na pesquisa Ipec divulgada no dia de 15 de agosto, encomendada pela TV Globo, Bolsonaro ficou com 32% das inten��es de voto.

No come�o do ano, Bolsonaro enfrentava efeitos de uma avalia��o negativa sobre sua condu��o do governo como a rea��o do governo � pandemia do coronav�rus, os esc�ndalos envolvendo seus filhos, especialmente em rela��o �s chamadas "rachadinhas" e acusa��es relacionadas � compra de vacinas contra a covid-19.

Seu governo tamb�m foi atingido por suspeitas de irregularidades praticadas no Minist�rio da Educa��o. As suspeitas s�o de que pastores evang�licos estariam cobrando propina de prefeitos em troca da libera��o de verbas do Fundo Nacional para o Desenvolvimento da Educa��o (FNDE). O governo alega que determinou que o caso fosse investigado, mas o caso j� levou � queda do ex-ministro da Educa��o Milton Ribeiro, que chegou a ser preso.

A crise econ�mica, com alta cont�nua da infla��o, e o aumento da pobreza tamb�m podem significar desafios para a reelei��o de Bolsonaro.

Por outro lado, o aumento do valor do Aux�lio Brasil (antigo Bolsa Fam�lia) para R$ 600 pode ajudar a recuperar parte dos votos. Bolsonaro deu novo nome ao programa, em uma tentativa de imprimir marca pr�pria na assist�ncia social. O presidente tamb�m conta com uma base de eleitores fi�is dispostos a ir �s ruas para defender suas posi��es, como ocorreu nos protestos de 7 de setembro do ano passado.

Luiz In�cio Lula da Silva (PT)


Lula
(foto: Getty Images)

O ex-presidente Lula aparece em primeiro lugar nas pesquisas de inten��o de voto para presidente da Rep�blica, com 44% das inten��es de voto na pesquisa Ipec encomendada pela TV Globo - e 52% dos votos v�lidos.

Sua candidatura pelo PT � Presid�ncia, que pareceu distante h� alguns anos, ganhou for�a e se materializou desde que Lula teve sua condena��o por corrup��o anulada pelo Supremo Tribunal Federal (STF),

A pesquisa Ipec indica uma vantagem de 12 pontos de Lula sobre Bolsonaro, que � o segundo colocado.

Al�m disso, a rejei��o do ex-presidente � menor do que a de Bolsonaro: 33% x 46%.

Uma das estrat�gias do PT para diminuir a resist�ncia a Lula foi a indica��o do ex-governador de S�o Paulo Geraldo Alckmin (PSB) como vice da chapa.

O principal obst�culo do ex-presidente � o antipetismo, que ainda deve ter peso na pr�xima disputa presidencial, com eleitores buscando alternativas em uma terceira via ou recorrendo a Bolsonaro para evitar uma vit�ria de Lula.

Ciro Gomes (PDT)


Ciro Gomes
(foto: REUTERS/Amanda Perobelli)

O PDT lan�ou a candidatura de Ciro Gomes no dia 21 de janeiro, em ato na sede do partido em Bras�lia. Ser� a quarta vez que Ciro Gomes concorre ao cargo. Em 2018, ficou em terceiro lugar no primeiro turno, com 12,5% dos votos.

Ele tamb�m concorreu � Presid�ncia em 2002 e 1998. Candidato associado � esquerda ou centro-esquerda, Ciro Gomes tenta novamente despontar como alternativa a Lula e Bolsonaro.

Na pesquisa Ipec de 15 de agosto, Ciro marcou 6% nas inten��es de voto. A mesma pesquisa indicou que 64% de seus eleitores admitem que podem mudar o voto.

A seu favor, ele conta com experi�ncia pol�tica, em uma elei��o que n�o dar� o mesmo peso a outsiders, ou figuras antipol�ticas, como a de 2018. Ciro foi prefeito de Fortaleza, deputado estadual, deputado federal, governador do Cear� e ministro dos governos de Itamar Franco e Lula.

Para fazer frente � candidatura de Lula, Ciro tem adotado uma estrat�gia de ataque, criticando fortemente o ex-presidente. Ciro chegou a acusar Lula de conspirar para o impeachment de Dilma e, quando a petista saiu em defesa do padrinho pol�tico, Ciro reagiu dizendo que a ex-presidente foi uma das pessoas "mais inapetentes, incompetentes e presun�osas" a presidir o Brasil.

Se por um lado essa estrat�gia visa firmar Ciro Gomes como alternativa a Lula, por outro, pode eventualmente afastar eleitores que nutrem alguma simpatia pelo PT ou que defendem uma ampla alian�a contra Bolsonaro.

Simone Tebet (MDB)


Simone Tebet
(foto: DIVULGA��O/SIMONE TEBET)

A candidatura de Simone Tebet foi lan�ada em dezembro de 2021 pela dire��o nacional do MDB e oficializada em julho deste ano.

Ela foi a primeira mulher a disputar o comando do Senado, em 2021. Tamb�m foi a primeira mulher a comandar a disputada Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ), a primeira vice-governadora de Mato Grosso do Sul e primeira prefeita de Tr�s Lagoas (MS).

A possibilidade de candidatura � Presid�ncia surgiu do destaque que Tebet teve na CPI da Covid no Senado. Embora n�o fosse integrante fixa da comiss�o, ela participou dos principais depoimentos com uma postura contundente e cr�tica � gest�o de Bolsonaro na pandemia.

O principal obst�culo que a senadora enfrenta � se tornar nacionalmente conhecida. Na �ltima pesquisa Ipec, Tebet atingiu apenas 2% das inten��es de voto.

Vera L�cia (PSTU)


Vera Lúcia Salgado, candidata presidencial do PSTU
(foto: Romerito Pontes / PSTU - Divulga��o)

O Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) lan�ou a candidatura de Vera L�cia em 19 de mar�o e a oficializou em julho. Esta ser� a segunda vez que ela disputa a Presid�ncia pela sigla. A primeira foi em 2018, quando obteve 55,7 mil votos, o equivalente a 0,05% dos votos v�lidos.

O PSTU foi fundado no in�cio dos anos 1990 a partir de dissid�ncias de outros partidos como o PT, partido ao qual Vera L�cia chegou a ser filiada at� 1992. O partido se autodefine como "socialista e revolucion�rio".

Antes de ingressar na pol�tica, Vera L�cia foi faxineira e costureira em Sergipe, Estado onde iniciou sua milit�ncia. Ela participou da funda��o do sindicato dos profissionais de costura da ind�stria cal�adista do Estado.

Durante os governos petistas, o PSTU se colocou como oposi��o, fazendo cr�ticas tanto �s gest�es de Lula quanto de Dilma.

Na �ltima pesquisa Ipec, Vera L�cia obteve 1% das inten��es de voto.

Sofia Manzano (PCB)

Em fevereiro, o Partido Comunista Brasileiro (PCB) lan�ou a candidatura da professora universit�ria Sofia Manzano, que foi oficializada em julho. Ela tem 50 anos de idade e come�ou sua milit�ncia pol�tica aos 18, em 1989.

Manzano � economista formada pela Pontif�cia Universidade Cat�lica de S�o Paulo (PUC-SP), mestre em Desenvolvimento Econ�mico pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e doutora em Hist�ria pela Universidade de S�o Paulo (USP).

Desde 2013, ela vive em Vit�ria da Conquista, onde d� aulas na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). O foco das suas pesquisas s�o as rela��es de trabalho e a desigualdade social.

Em entrevista concedida em abril para o site Brasil de Fato RS, Manzano defendeu propostas como intensificar pesquisas universit�rias para o setor agr�cola para que elas tenham como foco a agricultura familiar e as pequenas propriedades e n�o o chamado agroneg�cio. Ela tamb�m fez uma defesa do comunismo.

Luiz Felipe D'�vila (Novo)


Luiz Felipe D'Ávila
(foto: Novo)

O cientista pol�tico Luiz Felipe D'�vila foi anunciado em novembro e oficializado em julho como candidato do Partido Novo � Presid�ncia da Rep�blica.

Em 2018, a legenda surpreendeu em desempenho quando seu ent�o candidato � presidente, Jo�o Amo�do, terminou o primeiro turno em quinto lugar, com 2,5% dos votos, � frente de candidatos como Henrique Meirelles (ent�o MDB, hoje no Uni�o Brasil) e Marina Silva (Rede).

Amo�do, que chegou a anunciar voto em Bolsonaro no segundo turno, passou a defender o impeachment do presidente durante a pandemia. Ele chegou a ser lan�ado novamente como pr�-candidato pelo Novo no in�cio do ano, mas sua candidatura sofreu oposi��o de parcela dos integrantes do partido, sobretudo entre os que apoiam Bolsonaro.

O partido, ent�o, decidiu lan�ar D'�vila. Ex-PSDB, coordenou o programa de governo do candidato tucano � Presid�ncia, Geraldo Alckmin, em 2018, mas depois deixou o partido. Ele � cr�tico de Bolsonaro e Lula e diz que os dois formaram governos "populistas de direita e esquerda".

Ao ser lan�ado pr�-candidato pelo Novo, defendeu privatiza��es e outras reformas para reduzir o papel do Estado na economia.

"O populismo apenas perpetua a mis�ria, a pobreza, a corrup��o e o mau funcionamento das institui��es democr�ticas", disse.

Ele n�o pontuou na �ltima pesquisa Ipec, de 15 de agosto.

Leonardo P�ricles (Unidade Popular)

Leonardo P�ricles � t�cnico em eletr�nica e presidente nacional do Unidade Popular pelo Socialismo (UP), partido de esquerda fundado em 2019. Ele mora em uma ocupa��o em Belo Horizonte, e sua candidatura foi anunciada em novembro de 2021 e oficializada em julho de 2022.

O pr�-candidato defende pautas como a realiza��o de uma nova Assembleia Constituinte e um plebiscito para consultar a popula��o sobre refinanciamento da d�vida p�blica do pa�s e a reforma urbana por meio da destina��o de im�veis ociosos para moradia popular.

Assim como Vera L�cia, Leonardo tamb�m enfrenta uma alta taxa de desconhecimento por parte do eleitorado. Segundo pesquisa Datafolha de julho, somente 9% dos eleitores entrevistados afirmaram conhecer o pr�-candidato, que n�o pontuou nas pesquisas de inten��o de voto do Ipec de 15 de agosto.

Soraya Thronicke (Uni�o Brasil)

A senadora por Mato Grosso do Sul Soraya Thornicke ser� a candidata do Uni�o Brasil ap�s a desist�ncia do presidente da sigla, Luciano Bivar, que resolveu disputar a reelei��o como deputado federal por Pernambuco.

A empres�ria tem 49 anos e nasceu em Dourados (MS). Foi eleita em 2018 pelo PSL, partido que elegeu Bolsonaro e se tornou o Uni�o Brasil. Foi vice-l�der do governo no Congresso e � coordenadora pol�tica da Frente Parlamentar da Agropecu�ria no Senado.

Tem como propostas a cria��o de um imposto �nico, o fim do foro privilegiado para todas as autoridades e a funda��o de uma corte anticorrup��o formada por 30 ju�zes e 11 desembargadores.

Ela n�o pontuou na pesquisa Ipec de 15 de agosto.

Pablo Mar�al (PROS)

Em maio, o Partido Republicano da Ordem Social (PROS) anunciou que estava lan�ando sua primeira candidatura para Presid�ncia do Brasil: a do empres�rio e coach Pablo Mar�al, que se define em seu site como "crist�o, filantropo, empreendedor imobili�rio e digital, mentor, estrategista de neg�cios e especialista em branding".

Seu nome a presidente est� registrado na Justi�a Eleitoral para a disputa presidencial, mas o PROS formalizou em conven��o em 15 de agosto a retirada do sua candidatura e apoio a Lula. Mar�al disse que a decis�o foi um "golpe" e que vai recorrer na Justi�a.

Mar�al se coloca como distante da divis�o entre esquerda e direita e exalta sua presen�a nas redes sociais.

Mas seu nome apareceu no notici�rio no in�cio de janeiro n�o por suas pretens�es pol�ticas e sim por ter liderado uma expedi��o ao Pico dos Marins, no Estado de S�o Paulo, que acabou exigindo resgate pelo Corpo de Bombeiros.

Na �ltima pesquisa Ipec, de 15 de agosto, Mar�al n�o pontuou.

Jos� Maria Eymael (Democracia Crist�)


José Maria Eymael
(foto: Democracia Crist�)

O fundador e atual presidente do Democracia Crist� Jos� Maria Eymael j� disputou a Presid�ncia outras cinco vezes no passado. Foi deputado federal constituinte em 1988 (seu nome na urna ser� "Constituinte Eymael") e ficou conhecido pelo jingle "Ey, Ey, Eymael, um democrata crist�o", lan�ado em 1985, quando se candidatou a prefeito de S�o Paulo pela primeira vez.

No discurso em que formalizou sua participa��o na corrida de 2022, o empres�rio e advogado, com especializa��o em direito tribut�rio, disse ser a favor de "valores da fam�lia" e que defende a ado��o de programas de emprego e moradia para o pa�s.

"Nossos valores s�o os valores da fam�lia, as necessidades da fam�lia. E na campanha para a Presid�ncia da Rep�blica vamos defender alguns princ�pios. Um deles � o emprego. E, para ter emprego, precisamos ter desenvolvimento no pa�s", declarou.

Eymael, de 82 anos, concorreu � Presid�ncia nas elei��es de 1998, 2006, 2010, 2014 e 2018. Nunca foi para o segundo turno e, nas �ltimas elei��es, recebeu 41,7 mil votos (0,04%). Ele n�o pontou na �ltima pesquisa de inten��o de votos do Ipec.

Roberto Jefferson (PTB)

O ex-deputado federal Roberto Jefferson registrou sua candidatura presidencial no Tribunal Superior Eleitoral pelo PTB, mas ainda h� d�vidas, com base na lei da Ficha Limpa, se Jefferson poder� participar da disputa por causa de uma condena��o no processo do mensal�o do PT.

Ele atualmente se encontra em pris�o domiciliar - por isso, n�o pode participar do lan�amento de sua candidatura na conven��o nacional de seu partido.

Jefferson foi detido em 2021 ap�s uma ordem do ministro do STF Alexandre de Moraes no �mbito do inqu�rito sobre organiza��es que municiam atos antidemocr�ticos.

O processo cita falas do ex-deputado sobre "concentrar as press�es populares contra o Senado e, se preciso, invadir o Senado e colocar para fora a CPI a pesco��o" e que o Brasil necessita "fazer uma limpeza, come�ando pelo Supremo, ninho de bruxas e urubus".

Jefferson � aliado de Bolsonaro e disse em v�deo gravado no lan�amento de sua candidatura que o presidente "defende os mesmos valores e bandeiras do nosso PTB".

Seu nome n�o foi inclu�do na pesquisa Ipec de 15 de agosto porque n�o havia informa��es suficientes sobre sua entrada na disputa.

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