Lula: 'O que � uma pedalada da Dilma contra as motociatas do genocida?'

 

Candidato do PT � presid�ncia da Rep�blica, Luiz In�cio Lula da Silva utilizou, neste s�bado (20/8), o impeachment da correligion�ria Dilma Rousseff para criticar a conduta do presidente Jair Bolsonaro (PL). Durante com�cio no Vale do Anhangaba�, em S�o Paulo (SP), Lula afirmou que as "pedaladas" fiscais que culminaram no afastamento da ex-presidente n�o podem ser comparadas �s motociatas. Ele ainda aproveitou o discurso para defender a laicidade do Estado.

"(Dilma �) uma mulher que foi eleita democraticamente pela maioria do povo brasileiro. Um belo dia, inventaram uma mentira contra ela, uma 'pedalada'. Imagina o que � uma pedalada da Dilma contra as motociatas que esse genocida faz hoje? Por conta dessa mentira, o Congresso Nacional cometeu o erro hist�rico de votar o impeachment dela", disse.

A "pedalada" citada por Lula diz respeito � opera��o que atrasa o repasse, por parte do Tesouro Federal, de verbas a bancos. Assim, � poss�vel melhorar as contas p�blicas, ainda que artificialmente.

Ao tratar de quest�es religiosas, o petista afirmou que as igrejas n�o devem ter partido. "Tem gente que est� fazendo da igreja um palanque pol�tico ou uma empresa para ganhar dinheiro", falou. "Tem muita fake news religiosa correndo por este mundo. Tem dem�nio sendo chamado de Deus e gente honesta sendo chamada de dem�nio".

Segundo Lula, � fun��o estatal assegurar o direito � livre manifesta��o de f�. "Defendo o estado laico. O Estado n�o tem que ter religi�o".

Citada por Lula, Dilma esteve no ato pol�tico petista em S�o Paulo. A ex-presidente elogiou o companheiro de partido, afirmando que ele tem "capacidade de construir consensos" e � bom gestor. "Temos a pessoa certa, no lugar certo", assinalou.

Segundo a ex-presidente, a elei��o deste ano ocorre em "momento decisivo" para o Brasil. "Temos a oportunidade de reconstruir nosso pa�s e a autoestima do nosso povo", salientou.

Foi o primeiro grande ato de Lula em S�o Paulo nesta campanha eleitoral. O evento serviu, tamb�m, para dar impulso �s candidaturas de Fernando Haddad (PT), que concorre ao governo local, e de M�rcio Fran�a (PSB), que tenta vaga no Senado.

Alckmin fala em 'risco' � democracia

O ex-governador de S�o Paulo, Geraldo Alckmin (PSB), tamb�m participou do com�cio. Candidato a vice-presidente na chapa de Lula, ele teceu cr�ticas a Bolsonaro/ "A democracia est� em risco. Precisamos fortalecer o processo democr�tico. N�o � que Bolsonaro n�o confia na urna eletr�nica. Ele foi eleito cinco vezes por ela. Ele n�o confia � no voto do povo - e est� agarrado ao poder", falou.

Durante a atividade, a campanha de Lula apresentou uma nova can��o para embalar a campanha presidencial do PT. A m�sica se assemelha aos "piseiros", cujas coreografias n�o raramente viralizam nas redes sociais.

Na quinta-feira (18), Lula e Alckmin discursaram na Pra�a da Esta��o, em Belo Horizonte. Eles estiveram ao lado de Alexandre Kalil (PSD), candidato do grupo ao governo mineiro, e do tamb�m pessedista Alexandre Silveira, que tenta ser reeleito senador.

Janones tamb�m discursa

Um grande leque de aliados de Lula comp�s o palanque montado no Vale do Anhangaba�. O deputado federal mineiro Andr� Janones (Avante), que desistiu de ser candidato a presidente para apoiar os petistas, foi um dos que discursou.

Janones ressaltou o papel da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, na articula��o que levou-o ao arco de alian�as de Lula. Ele incentivou a multid�o a entoar uma can��o que chamava Bolsonaro de "Bozo" e de "ladr�o".

 

O "Beab� da Pol�tica"