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Estado de Minas ELEI��ES 2022

Quem � Simone Tebet, a entrevistada de hoje do 'Jornal Nacional'

�ltima entrevista da s�rie de sabatinas da 'TV Globo', � senadora, advogada e quer chegar ao cargo mais importante do pa�s


26/08/2022 06:00 - atualizado 25/08/2022 23:12

Simone Tebet em Plenário
Apesar de ser filha de pol�tico, Tebet escolheu priorizar os estudos inicialmente (foto: Ag�ncia Senado/Reprodu��o)
Simone Tebet (MDB) ser� a entrevistada desta sexta-feira (26/8) no "Jornal Nacional". A senadora, que comandou a bancada feminista, agora tenta coordenar a “terceira via” nas elei��es presidenciais. Mas afinal, quem � a advogada, de 52 anos, que quer chegar ao cargo mais importante do pa�s?

Nascida em Tr�s Lagoas, no Mato Grosso do Sul, a senadora cresceu em ber�o pol�tico. Tebet � filha do ex-ministro da Infraestrutura do governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Ramez Tebet (PMDB). O cargo no governo FHC levou o pai de Simone � presid�ncia do Congresso Nacional em 2001, depois de tr�s meses � frente da pasta.

Apesar de ser filha de pol�tico, Tebet escolheu priorizar os estudos inicialmente. Ela foi aprovada aos 16 anos na Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Anos depois, se tornou especialista em Ci�ncia do Direito, pela Escola Superior de Magistratura, e mestre em Direito do Estado pela Pontif�cia Universidade Cat�lica de S�o Paulo (PUC-SP). Deu aulas em universidades como a Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Universidade Cat�lica Dom Bosco, Universidade para o Desenvolvimento do Estado e Regi�o do Pantanal e Faculdades Integradas de Campo Grande.

Pol�tica feminina

A hist�ria da senadora na pol�tica come�ou aos 31 anos, quando foi a mulher mais votada para um cargo legislativo em 2002. Ela se tornou deputada estadual pelo Mato Grosso do Sul, com 25.251 votos.

Dois anos depois, se elegeu para seu primeiro cargo majorit�rio e se tornou a primeira mulher a ocupar o cargo de prefeita de Tr�s Lagoas. Nas elei��es municipais de 2008 reelegeu-se para o posto com mais de 75% dos votos.

Na �poca, Simone resolveu renunciar � prefeitura e compor a chapa de Andr� Puccinelli (MDB) na elei��o  para o governo de Mato Grosso do Sul, na condi��o de candidata a vice-governadora. Vitoriosa a chapa, tornou-se a primeira mulher vice-governadora do estado.

Nas elei��es parlamentares de 2014, candidatou-se ao cargo de senadora pelo Mato Grosso do Sul, sendo eleita. No Senado Federal, ela liderou a primeira bancada feminina da hist�ria e tornou-se presidente da Comiss�o Mista de Combate � Viol�ncia contra a Mulher. Foi tamb�m a primeira mulher a presidir a Comiss�o de Constitui��o e Justi�a, e a primeira a disputar a presid�ncia do Senado em 198 anos.

Em 2018, durante as elei��es que elegeram o presidente Jair Bolsonaro (PL), Tebet foi cotada para ser candidata ao governo do Mato Grosso do Sul, depois que seu companheiro de chapa Andr� Puccinelli foi preso. Ela desistiu desta elei��o.

“Descontrolada” na CPI da Pandemia

Simone Tebet ganhou destaque nacional ao liderar um movimento feminista dentro da Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) da COVID no Senado Federal. Composta por apenas homens, a comiss�o investigou a conduta do governo do presidente Bolsonaro no combate � pandemia. Tebet foi uma das senadoras, que, apesar de n�o ter cargo oficial na comiss�o, esteve presente na maioria das sess�es e interrogando investigados.

"As pessoas ainda se recusam a acreditar que a mulher sofre misoginia, que a mulher que ousa sair para o mercado de trabalho vai para um ambiente p�blico; n�o s� na pol�tica mas no dia a dia, ela recebe toda sorte de discrimina��o", disse, citando epis�dios de constrangimento sofridos por ela pr�pria ou por outras senadoras.

A senadora acabou ganhando destaque depois do epis�dio onde, o ent�o ministro da Controladoria-Geral da Uni�o (CGU) Wagner Ros�rio chamou-a de "descontrolada". A fala de Ros�rio gerou tumulto entre os senadores, e o ministro precisou deixar a sess�o. Naquele momento ele se tornou investigado pela CPI.



Wagner Ros�rio fez a declara��o ap�s Tebet ter criticado a atitude do ministro em rela��o ao presidente Jair Bolsonaro e ao processo de aquisi��o pelo governo federal da vacina Covaxin. A senadora tinha o costume de destrinchar os processos, o que deixava as testemunhas e investigados em “saia justa”.

Agroneg�cio

Em 2018, assim que foi oficializada a vit�ria do presidente eleito Jair Bolsonaro, a senadora Simone Tebet foi �s redes sociais parabeniz�-lo. A senadora � fortemente ligada � bancada do agroneg�cio, mas na �poca era bem-vista pelos pol�ticos do PSL, legenda em que o presidente participava.

Casado com a senadora, o deputado estadual Eduardo Rocha (MDB) atua em Campo Grande conforme os mesmos interesses. Entre as posi��es, o deputado tenta agradar os ruralistas locais. 

Simone e Eduardo t�m suas campanhas majoritariamente financiadas pelo agroneg�cio. A campanha de 2014 da senadora somou R$ 3 milh�es em empresas e pessoas f�sicas ligadas ao agroneg�cio, 94% do que arrecadou naquele ano. O deputado estadual recebeu R$ 317 mil de um grupo similar de doadores, metade do valor de sua campanha.

A constru��o da terceira via

Com a desist�ncia do ex-governador Jo�o Doria (PSDB), Tebet agora � vista como a candidata da “terceira via”. No primeiro discurso ap�s a candidatura,  ela disse n�o ter d�vidas de que contar� com o apoio do PSDB na disputa pelo Pal�cio do Planalto. A declara��o foi dada um dia depois que o MDB e o Cidadania terem decidido reiterar o nome da senadora como indica��o do grupo ao Pal�cio do Planalto.

"N�o tenho d�vidas de que, na semana que vem, n�s estaremos com aqueles que sempre foram nossos aliados de primeira hora: homens e mulheres de bem do PSDB. N�o tenho d�vida de que essa constru��o est� sendo muito bem feita pelo nosso presidente Baleia Rossi (MDB) junto com o presidente [do PSDB] Bruno Ara�jo", declarou.

Segundo a pesquisa Datafolha, divulgada em mar�o, Simone Tebet tem  1% das inten��es de voto. A mesma pesquisa mostrou Lula (PT) com 43% das inten��es de voto e o presidente Jair Bolsonaro, com 26%.


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