
O ex-presidente Lula (PT) foi orientado a baixar o tom no primeiro debate presidencial na TV, na noite de domingo (28), para n�o passar a impress�o de agressividade.
De acordo com estrategistas de sua campanha, o petista precisa dialogar com os eleitores indecisos, que t�m demonstrado, nas pesquisas internas, avers�o a candidatos que fazem ataques violentos a advers�rios.
Na avalia��o de integrantes da campanha, no entanto, Lula teria errado na dose de comedimento, ao deixar de responder de forma mais contundente a Jair Bolsonaro (PL), que dirigiu a ele a primeira pergunta do debate.
Em seu questionamento, o presidente citou dela��o de Antonio Palocci em que o ex-ministro da Economia acusou o petista de ter conta no exterior e de receber periodicamente pacotes de propina de R$ 50 mil.
Lula n�o contestou diretamente a informa��o, preferindo direcionar a resposta para realiza��es de seu governo.
O ex-presidente citou uma capitaliza��o da Petrobras de R$ 70 bilh�es, e afirmou que seu governo foi marcado "pela maior pol�tica de inclus�o social, pela maior gera��o de empregos, pelo maior aumento de sal�rio m�nimo, pela maior pol�tica de investimento na agricultura familiar" e pela cria��o do Simples".
De acordo com integrantes da campanha, a resposta deixou a desejar e n�o convenceu eleitores indecisos, que esperavam dele maior firmeza na resposta.
O debate organizado por Folha, UOL e TVs Bandeirantes e Cultura reuniu Lula, Bolsonaro, Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB), Luiz Felipe d'Avila (Novo) e Soraya Thronicke (Uni�o Brasil) na sede da Band em S�o Paulo.
A dela��o de Palocci tem sido explorada pelos bolsonaristas tamb�m nas redes sociais, como forma de reavivar o anti-petismo em alguns setores, e tamb�m para convencer eleitores mais jovens a desistir de voltar em Lula. Essa faixa do eleitorado era crian�a quando a Opera��o Lava Jato foi deflagrada.
A campanha de Lula comemorou, no entanto, o fato de Jair Bolsonaro ter tido um desempenho pior que o do petista.
De acordo com pesquisa qualitativa do instituto Datafolha feita com eleitores indecisos, Bolsonaro foi considerado aquele com o pior desempenho no debate presidencial.
Ele se saiu pior para cerca de metade dos participantes. Em segundo lugar, com menos da metade do percentual de Bolsonaro, aparece Lula.
O petista ficou atr�s, no entanto, de Simone Tebet, que foi a mais bem avaliada, e de Ciro Gomes, o segundo candidato com melhor desempenho, de acordo com os eleitores ouvidos pelo Datafolha.
Em seguida apareceram empatados os candidatos Luiz Felipe d'Avila e Soraya Thronicke.