
"Ele (Eduardo) tem essa sensibilidade social que falta um pouco ao Novo. Temos tentado construir isso de alguma forma, mas � uma cr�tica que a gente aceita de peito aberto: o Novo precisa ter mais profundidade na an�lise dos problemas sociais mais agudos", disse Sim�es.
As conversas para atrair Eduardo Costa � chapa de Zema naufragaram porque o PSDB, partido que forma uma federa��o com o Cidadania, resolveu lan�ar a candidatura de Marcus Pestana ao governo. Majorit�rios na coaliz�o, os tucanos n�o quiseram abrir m�o de palanque pr�prio em prol de uma alian�a ao Novo.
"A gente sempre trabalha na linha de que vamos resolver os problemas sociais a partir do emprego e do investimento. Tenho certeza que, a longo prazo, isso � verdade. Mas temos problemas muito agudos, como as cracol�ndias e o aumento dos moradores de rua, que demandam uma interven��o com um cuidado com a pessoa que, na l�gica da constru��o de pol�tica p�blica, o Novo ainda n�o est� preparado o suficiente", emendou o candidato do Novo � vice-governadoria.
Embora n�o tenha conseguido firmar acordo por Eduardo Costa, o Novo conta com o apoio informal do Cidadania. A ideia era ter o radialista como mola propulsora das inten��es de voto de Zema na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, um dos principais trunfos de Alexandre Kalil (PSD), ex-prefeito da capital e concorrente ao Pal�cio Tiradentes. A coaliz�o liderada pelo Novo conta, formalmente, com o apoio informal de nove legendas - no leque de alian�as est�o, por exemplo, MDB, PP, Podemos e Avante.
Sim�es descarta programa uniforme de transfer�ncia de renda
Ao tratar dos problemas sociais que acometem o estado, Mateus Sim�es descartou a instala��o de um programa de transfer�ncia de renda. No plano nacional, por exemplo, o Aux�lio Brasil paga R$ 600 a todas as fam�lias beneficiadas. Segundo o parceiro de Zema, a situa��o fiscal de Minas Gerais impede uma iniciativa do tipo - outra barreira, para ele, � formada pelas diferen�as entre as regi�es do estado.
"Acreditar que dar dinheiro para uma pessoa em situa��o de mis�ria em BH vai ter o mesmo efeito que dar dinheiro a algu�m em situa��o de mis�ria nos vales do Jequitinhonha e Mucuri � uma ignor�ncia. A pessoa que est� em BH, se conseguir reorganizar a vida dela, provavelmente consegue um emprego. Quem est� no Mucuri ou no Jequitinhonha, n�o", afirmou.
De acordo com Sim�es, a ideia do governo � mapear as localidades e, assim, definir pol�ticas p�blicas espec�ficas. "Se abordarmos o problema da mis�ria nas diferentes regi�es de Minas com o mesmo tipo de pol�tica - e a transfer�ncia de renda � sempre uniforme - acabo deixando pessoas para sempre dependentes do programa social. E, nos programas sociais, a gente mede o sucesso n�o por quantos entram, mas por quantos saem", pontuou.
Candidato resolve adotar a profiss�o no nome eleitoral
Ex-vereador de Belo Horizonte e advogado, o filiado ao Novo fez carreira pol�tica sob o nome Mateus Sim�es. Neste ano, por�m, resolveu adotar uma alcunha que faz refer�ncia �s atividades em sala de aula e ir� �s urnas como "Professor Mateus". A estrat�gia surgiu porque Zema adotou apenas o nome eleitoral como sobrenome.
"Como o governador concorre com um �nico nome, era importante que eu tamb�m concorresse com um �nico nome pr�prio. Ningu�m me chama de Sim�es; como meus alunos, naturalmente, me chamam de 'Professor Mateus', ficamos combinados". Sim�es � um dos principais articuladores pol�ticos de Zema. Na gest�o estadual, ele chefiou a Secretaria-Geral.
