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Estado de Minas DESAVEN�A

Vice diz que Zema o ouviu 'pouqu�ssimas vezes' e acusa Novo de 'soberba'

Paulo Brant, que tenta a reelei��o por meio da chapa de Marcus Pestana na corrida ao governo de Minas, explicou disson�ncias com o atual chefe do Executivo


01/09/2022 16:51 - atualizado 01/09/2022 17:20

O vice-governador de Minas Gerais, Paulo Brant
Paulo Brant (foto) � o atual vice de Zema, mas n�o est� na chapa situacionista (foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press - 1/9/22)
O vice-governador de Minas Gerais, Paulo Brant (PSDB), disse nesta sexta-feira (1/9) que o partido Novo, legenda do governador Romeu Zema, trata a pol�tica com "soberba". Candidato � reelei��o, mas na chapa do tamb�m tucano Marcus Pestana, que enfrentar� Zema nas urnas, Brant afirmou que o chefe do Executivo estadual ouviu "pouqu�ssimas vezes" os seus conselhos.

"O Novo tem uma vis�o muito soberba da pol�tica. Ele acha ter a raz�o e as respostas t�cnicas, com muita dificuldade para dialogar com quem pensa diferente. A realidade � muito complexa e Minas tem problemas demais. Eu n�o sou o dono da verdade. Tenho de dialogar", opinou, durante participa��o no "EM Entrevista", podcast de pol�tica do Estado de Minas.

Segundo Brant, a rela��o entre a c�pula do Novo e a pol�tica � norteada, tamb�m, pelo que chamou de "desd�m". Para ilustrar a posi��o, o vice-governador citou o imbr�glio em torno do Rodoanel Metropolitano, visto pelo Pal�cio Tiradentes como alternativa para desafogar o tr�nsito no entorno de Belo Horizonte, mas criticado pela prefeitura da capital e, tamb�m, por gest�es de cidades vizinhas, como Contagem.

"O governador n�o pode terceirizar a pol�tica. � um assunto para ele conversar com os prefeitos. � indeleg�vel. Como o Novo trata a pol�tica com certo desd�m, n�o acha que a pol�tica � importante e que o papel do governador � gerenciar, a pol�tica fica relegada. Como o governador n�o assume, ningu�m pode assumir", criticou.


'Me ouviu pouqu�ssimas vezes'


Antigo integrante dos quadros tucanos, Brant voltou ao PSDB em agosto de 2021, ap�s passar um ano e meio sem filia��o. Ele foi eleito pelo Novo, que n�o formou coliga��o na elei��o de quatro anos atr�s, mas em mar�o de 2020, deixou a sigla. O estopim para a sa�da foi a crise com a seguran�a p�blica. � �poca, o Pal�cio Tiradentes formalizou acordo com as entidades classistas por uma recomposi��o salarial. A ideia, contudo, n�o saiu do papel.

"O vice fica transitando entre a omiss�o e a intromiss�o. Ele n�o pode se intrometer porque n�o � governador e n�o tem a caneta, mas n�o pode se omitir. Quando ele perceber que tem alguma coisa que discorda de maneira substantiva, tem a obriga��o, por lealdade, de chamar o governador e conversar. Fiz isso com Zema v�rias vezes. Pouqu�ssimas vezes ele me ouviu, porque minha diverg�ncia era conceitual, em rela��o � vis�o do Novo, pela qual ele sempre optava", assinalou.

Em 2019, Zema assinou acordo que dividia o pagamento das perdas inflacion�rias em tr�s parcelas: a ideia era repor 13% em julho de 2020; em setembro de 2021, seriam acrescidos mais 12%; em setembro deste ano, viria a etapa final, com outros 12%. Segundo Brant, o veto ao projeto a respeito dos �ndices veio a reboque de determina��o da dire��o nacional do Novo. 


"Para mim, foi a gota d'�gua. Entre o governo e o partido, o governador tem que optar pelo governo. Ele foi eleito para governar para todos, e n�o para seu partido. � um princ�pio republicano", criticou.

Disputa eleitoral faz Brant ficar sem gabinete


Brant j� estava longe de parte das tomadas de decis�o do governo, mas em 11 de agosto, tr�s dias ap�s ser confirmado como candidato a vice na chapa de Pestana, perdeu 23 funcion�rios de seu gabinete. As exonera��es na vice-governadoria o irritaram, mas no s�bado (29), Zema recorreu ao futebol para justificar a medida.

"Nunca vi jogador do Cruzeiro entrar em campo pelo Atl�tico. Eu acho que � uma quest�o de defini��o e transpar�ncia", falou.

Hoje, Brant rebateu a analogia do governador. "O jogo n�o � pelo Campeonato Brasileiro, mas de sele��es. Estamos falando de Minas. Na Sele��o de Minas jogam atletas de Atl�tico, Cruzeiro e Am�rica. O que ele (Zema) disse: qual o pecado grave desses 23 funcion�rios? Est�o trabalhando com um cidad�o que, na pr�xima elei��o, vai apoiar outra chapa", reclamou.

"Eu n�o estou desalinhado com o governo. Estou desalinhado com a campanha dele. Ele confundiu, de forma grave, governo e campanha. No governo, devem caber servidores que apoiam Zema, Kalil, Pestana e Viana. O estado n�o � do partido", emendou.

 


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