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Estado de Minas ELEI��ES 2022

Bolsonaro sobe o tom a cada 7 de setembro; o que vir� agora?

�ltimo desfile, em 2021, culminou com ataques do presidente �s institui��es em manifesta��es antidemocr�ticas


06/09/2022 04:00 - atualizado 06/09/2022 08:16

Nas comemorações do Dia da Independência no ano passado, apoiadores do presidente lotaram a Praça da Liberdade, em Belo Horizonte
Nas comemora��es do Dia da Independ�ncia no ano passado, apoiadores do presidente lotaram a Pra�a da Liberdade, em Belo Horizonte (foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press - 7/9/21)

O presidente Jair Bolsonaro (PL) se prepara para participar da quarta e �ltima celebra��o deste mandato do feriado nacional de 7 de Setembro, em comemora��o � independ�ncia do Brasil. Este ano, al�m do valor simb�lico dos 200 anos da independ�ncia, a quest�o eleitoral vem � tona, j� que as elei��es de outubro de 2022 se aproximam e Bolsonaro � candidato � reelei��o.

Desde que chegou ao poder, Bolsonaro vem subindo o tom das declara��es feitas no 7 de Setembro, culminando no ano passado em um feriado marcado por manifesta��es antidemocr�ticas e em tom de ataque �s institui��es, em especial o Supremo Tribunal Federal (STF). Neste ano, a proximidade das elei��es acrescenta mais um ingrediente ao clima tenso da data hist�rica. Bolsonaro deve participar de ato em Bras�lia durante a manh� de amanh� e, � tarde, no Rio de Janeiro.

Ainda em 2018, durante a campanha eleitoral, o 7 de Setembro j� era uma data destacada no calend�rio bolsonarista. Concorrendo � Presid�ncia pelo PSL, Bolsonaro era esperado em ato militar no Pal�cio Duque de Caxias, no Rio de Janeiro-RJ. A rela��o com as For�as Armadas foi tema central na candidatura do militar da reserva, que tinha como companheiro de chapa o general Hamilton Mour�o. A presen�a nos atos do Dia da Independ�ncia do Brasil, no entanto, foi impedida na v�spera. Em 6 de setembro, Bolsonaro sofreu um atentado em Juiz de Fora, Zona da Mata mineira. O ataque com faca alterou a programa��o de campanha e impediu a participa��o do ent�o candidato ao compromisso na capital fluminense.

2019 

No primeiro 7 de Setembro como presidente da Rep�blica, Bolsonaro participou de atos oficiais em Bras�lia. Pela manh�, em pronunciamento veiculado na TV Brasil, ele convocou os brasileiros �s ruas e prosseguiu em tom patri�tico, com cr�ticas aos opositores pol�ticos e ao presidente franc�s, Emmanuel Macron. “A todos os brasileiros, n�s pedimos, conscientize-se cada vez mais de quem � esse pa�s, essa maravilha chamada Brasil. Um pa�s �mpar no mundo, que tem tudo para dar certo e precisamos, sim, de cada um de voc�s, para reconstru�-lo. E a liberdade est� em primeiro lugar. (...) O Brasil � nosso, � verde e amarelo”, disse em cr�tica velada � Macron, que havia sugerido a discuss�o sobre a internacionaliza��o da Amaz�nia em agosto daquele ano.

2020 

A pandemia da COVID-19 for�ou a suspens�o dos desfiles oficiais de 7 de Setembro em 2020. Bolsonaro, ainda assim, desfilou em carro aberto em Bras�lia. Acompanhado da primeira-dama, o presidente tirou fotos e falou com apoiadores em estrutura para cerca de 800 pessoas, preparada pelo Planalto. As For�as Armadas decidiram n�o participar do desfile ap�s orienta��o do Minist�rio da Defesa, que citava o coronav�rus como justificativa. � noite, Bolsonaro fez um pronunciamento em rede nacional de r�dio e televis�o. Na fala em comemora��o pelos 198 anos da Independ�ncia do Brasil, o presidente usou tom patri�tico ao recordar a data hist�rica em 1822 e exaltou o golpe militar de 1964.

2021 

O 7 de Setembro de 2021 foi marcado por manifesta��es de apoiadores do presidente em diversas cidades do Brasil. Em clima de tens�o institucional, a data foi comemorada em meio � CPI da COVID no Congresso, que investigava a gest�o da pandemia pelo governo federal. A rela��o entre o Executivo e o STF tamb�m sofreu desgastes ap�s discursos agressivos de Bolsonaro, que teve como alvo preferencial o ministro Alexandre de Moraes. Em discurso para apoiadores na Avenida Paulista, em S�o Paulo-SP, Bolsonaro defendeu o voto impresso e fez cr�ticas diretas a Alexandre de Moraes, a quem chamou de “canalha”. Houve manifesta��es em todo o pa�s. Em Belo  Horizonte, apoiadores do presidente lotaram a Pra�a da Liberdade.

“N�s devemos, sim, porque eu falo em nome de voc�s. Determinar que todos os presos pol�ticos sejam postos em liberdade. Digo a voc�s que qualquer decis�o do ministro Alexandre de Moraes esse presidente n�o mais cumprir�. N�o se pode permitir que um homem apenas turve a nossa liberdade. Dizer a esse ministro que ele tem tempo ainda para se redimir, tem tempo ainda para arquivar seus inqu�ritos. Sai Alexandre de Moraes, deixa de ser canalha, deixa de oprimir o povo brasileiro, deixa de censurar", discursou aos apoiadores. Dois dias ap�s os atos de 7 de Setembro, Bolsonaro recuou e publicou a Declara��o � Na��o, carta em que adota tom conciliat�rio e reconhece que as palavras utilizadas em discurso foram ditas no “calor do momento”.



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