
As elei��es estaduais podem ser definidas em primeiro turno em ao menos 12 estados e no Distrito Federal, apontam pesquisas Datafolha e Ipec realizadas nas �ltimas duas semanas.
Entre os candidatos com mais de 50% nas proje��es de votos v�lidos est�o dez governadores que concorrem � reelei��o e dois ex-prefeitos de capital que disputam o governo no campo da oposi��o.
Os cen�rios podem mudar, pois na maioria dos estados � alto o patamar de indecisos ou com voto n�o convicto. A tend�ncia, por�m, � de reelei��o de muitos dos governadores.
Pesquisa Datafolha divulgada na �ltima quinta-feira (1º) mostra Garcia com 15% das inten��es de voto, contra 21% do bolsonarista Tarc�sio de Freitas (Republicanos) e 35% de Fernando Haddad (PT).
Outros tr�s governadores enfrentam empate t�cnico, segundo o Ipec. Em dois casos, h� disputa acirrada com ex-gestores. No Amazonas, Wilson Lima (Uni�o Brasil) tem 30% das inten��es de voto e est� numericamente empatado com Amazonino Mendes (Cidadania). Em Rond�nia, o governador Marcos Rocha (Uni�o Brasil) tamb�m tem 30% e empata na margem de erro com Ivo Cassol (PP).
O terceiro estado com empate t�cnico � Alagoas: o governador Paulo Dantas (MDB) tem 24%, ante 21% do senador Rodrigo Cunha (Uni�o Brasil). O senador Fernando Collor (PTB) vem logo atr�s, com 17%.
Em outros 15 estados, a expectativa � de defini��o em segundo turno, parte com at� cinco candidatos com chances na disputa.
A tend�ncia, por�m, � que entre tr�s e cinco estados repliquem a polariza��o nacional que se desenha para um poss�vel segundo turno entre o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) na corrida pelo Planalto, a exemplo de SP e RJ.
No maior col�gio eleitoral do pa�s, as pesquisas indicam disputa entre Haddad e Tarc�sio. No Rio de Janeiro, terceiro maior col�gio eleitoral, o embate tende a ser entre o governador Cl�udio Castro (PL) e o deputado Marcelo Freixo (PSB). Juntos, os dois estados re�nem 30% do eleitorado brasileiro.
Outro estado que tende a replicar a polariza��o � Sergipe, mas o desenrolar da corrida depende da Justi�a Eleitoral. L�der nas pesquisas, o bolsonarista Valmir de Francisquinho (PL) foi considerado ineleg�vel pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) por abuso de poder econ�mico e se mant�m na elei��o com liminares.
Em Pernambuco e na Para�ba, candidatos que apoiam Lula, mas n�o s�o apoiados por ele, despontam nas sondagens: a deputada Mar�lia Arraes (Solidariedade) e o governador Jo�o Azev�do (Cidadania). A outra vaga para a rodada final, por�m, est� embolada entre ao menos tr�s nomes em cada um dos estados.
Em outros cinco, a disputa � entre bolsonaristas e candidatos que apoiam presidenci�veis da terceira via ou se declaram neutros. O principal exemplo � o Rio Grande do Sul, onde pesquisas indicam um embate entre o ex-governador Eduardo Leite (PSDB) e Onyx Lorenzoni (PL), ex-ministro de Bolsonaro. Caso o cen�rio se concretize, Leite tentar� atrair votos de eleitores de Lula.
Em tr�s estados, estima-se que nomes endossados por Lula enfrentem candidatos que se dizem neutros, ainda que exista a possibilidade de que se juntem ao campo bolsonarista no segundo turno, como no Cear�, onde o deputado federal e l�der nas pesquisas Capit�o Wagner (Uni�o Brasil) adotou neutralidade na elei��o presidencial, mesmo apoiado pelo PL e por Bolsonaro.
Wagner tem refor�ado que n�o segue o presidente: "Nunca fui o apoiador que diz am�m para tudo e em nenhum momento sou o opositor que critica tudo", afirmou, em agosto, em sabatina da Folha de S.Paulo e do UOL.
Santa Catarina e Rond�nia, estados nos quais Bolsonaro � favorito, caminham para ter um segundo turno disputado entre dois apoiadores do presidente. Por outro lado, o Maranh�o deve para ter o embate entre dois apoiadores de Lula: o governador Carlos Brand�o (PSB) e o senador Weverton Rocha (PDT).
As elei��es que terminarem j� no primeiro turno ser�o cruciais no xadrez nacional, j� que os vitoriosos poder�o se dedicar ao papel de cabos-eleitorais de Lula e Bolsonaro numa eventual rodada final -os 12 estados com chance de vit�ria imediata representam mais de 60 milh�es de eleitores, 40% do total.
A tend�ncia � que candidatos fortes que se mant�m equidistantes da elei��o presidencial, caso dos governadores de Par�, Helder Barbalho (MDB), e Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), des�am do muro no segundo turno para apoiar, respectivamente, o ex-presidente e o atual chefe do Executivo.
"Os governadores eleitos entrar�o em campo sem a responsabilidade de se dedicar �s suas pr�prias campanhas", afirma a cientista pol�tica Luciana Santana, da Universidade Federal de Alagoas.
Por outro lado, l�deres estaduais que hoje apoiam Bolsonaro, mas n�o fazem parte do n�cleo raiz do bolsonarismo, podem evitar uma postura mais incisiva, buscando pontes com Lula caso ele chegue ao segundo turno como favorito, como apontam as pesquisas. O petista tem sinalizado que deve buscar o apoio de partidos como MDB, PSD e at� mesmo da Uni�o Brasil num poss�vel embate com Bolsonaro.
Candidatos que podem vencer no primeiro turno, segundo Ipec e Datafolha
- MG"Romeu Zema (Novo)
- PR"Ratinho J�nior (PSD)
- BA"ACM Neto (Uni�o Brasil)
- PA"Helder Barbalho (MDB)
- DF"Ibaneis Rocha (MDB)
- GO"Ronaldo Caiado (Uni�o Brasil)
- RN"F�tima Bezerra (PT)
- MT"Mauro Mendes (Uni�o Brasil)
- ES"Renato Casagrande (PSB)
- PI"S�lvio Mendes (Uni�o Brasil)
- TO"Wanderlei Barbosa (Republicanos)
- AC"Gladson Cameli (PP)
- RR"Antonio Denarium (PP)