Sem Zema, Kalil e Viana, candidatos ao governo de Minas debatem propostas

Candidatos �s elei��es deste ano ao governo de Minas Gerais participaram, na noite desta quarta-feira (14/9), de debate eleitoral promovido pela Faculdade de Direito e Ci�ncia do Estado da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em Belo Horizonte. Temas como educa��o, seguran�a p�blica, desemprego e at� privatiza��es foram abordados, incluindo cr�ticas � atual gest�o do estado. 

 

Estiveram presentes no evento: Marcus Pestana (PSDB), Cabo Trist�o (PMB), Lorene Figueiredo (PSOL), Vanessa Portugal (PSTU), Renata Regina  (PCB), Indira Xavier (UP) e Lourdes Francisco (PCO). Os candidatos Romeu Zema (Novo) e Carlos Viana (PL) n�o compareceram e sequer mandaram justificativa, enquanto Alexandre Kalil (PSD) enviou um comunicado � imprensa alegando que “acumulou uma s�rie de compromissos” e n�o conseguiria participar. 

Logo de in�cio, o atual lema do governo do Estado, “Governo diferente, Estado eficiente”, foi abordado. Lorene apontou que o atual governador fez o contr�rio do que pregou. “Proposta de Zema � terra arrasada, destrui��o do estado”, ressaltou. “� um governo de privatiza��es e de mineradoras criminosas”, concordou Lourdes.

 

“Ele foi eficiente para quem se disp�s a governar”, acrescentou Vanessa Portugal. Do mesmo modo, Indira afirmou: “Ele foi eficiente para os que det�m capital”.

Pestana fez cr�ticas pessoais ao governador. “H� um mito que Zema � um cara simples, gente boa. Ele � um milion�rio que governa para os ricos”, apontou. “O governo dele � uma verdadeira mentira”, concluiu Cabo Trist�o.

No campo da educa��o, Cabo Trist�o exaltou o ensino da escola militar e defendeu o sistema h�brido. Ele usou o exemplo do Col�gio Tiradentes (da Pol�cia Militar de Minas Gerais) que funcionou durante a pandemia pelo ensino � dist�ncia. “Hoje temos v�rias tecnologias onde implementam o sistema EAD dentro da escola presencial. Isso � fundamental para trazer essa tecnologia para a sala de aula, sistema onde ainda est�o sendo trabalhados”, disse.

 

 

Renata Regina discordou de seu concorrente ao pleito. “Essa proposta de militariza��o da educa��o recupera o modelo da educa��o no per�odo da ditadura militar, que deveria ter sido extinto. Os estudantes e professores que se posicionavam de forma cr�tica sofriam persegui��o”, apontou. 

 

 

 

Marcus Pestana defendeu que o estado possa fazer privatiza��es quando necess�rio. “Fizemos privatiza��es que democratizaram o acesso, como a Telemig. O governo n�o tinha recursos para fazer investimentos. O povo, ao fazer o uso, n�o quer saber se � uma estatal ou privada, quer seguran�a, pre�o justo e qualidade. Nem tudo que � privado deixa de ser p�blico”, observou o candidato.

 

 

“O estado fez um investimento para depois vender. A entrega do patrim�nio p�blico faz que os servi�os fiquem mais caros e piores”, discordou Vanessa Portugal. 

 

 

 

A candidata Lourdes Francisco apontou que no campo do desemprego, as medidas s�o urgentes para solucionar o problema da fome. “A diminui��o da carga hor�ria vai gerar mais empregos e, dessa maneira, o trabalhador poder� ter dignidade e a� sim conseguir� se sustentar, sem precisar ficar na rua”, declarou ela.

 

 

Lorene Figueiredo completou com algumas propostas que pretende implementar, caso eleita: “Em primeiro lugar revendo o Regime de Recupera��o Fiscal, contratos, auditar d�vidas, recuperar nossas empresas. Obras de infraestrutura garantem emprego. Recupera��o das escolas, que tenham concursos p�blicos".

 

 

Na �rea da Seguran�a P�blica, Indira Xavier apontou que a proposta � desmilitarizar a pol�cia. “Acabar com o armamento da pol�cia, que hoje acha que tem autoriza��o para matar nas periferias. Precisamos rever o regime e a doutrina dessas pol�cias, que olham para o nosso povo como inimigo. O alvo tem endere�o. Rever essas pol�cias e integrar, para que possam exercer o papel cidad�o”, apontou.

 

 

 

“O que falta hoje na Seguran�a P�blica � a humaniza��o. Eu sou policial militar e o que estou falando: existe uma mentira dizendo que somos o estado mais seguro em quest�o de registros policiais. Eles s�o sistematicamente corrompidos na hora de serem registrados”, concordou Cabo Trist�o.