
O entorno do chefe do Executivo estava dividido a respeito de sua participa��o. Uma ala temia que traria mais desgaste para a campanha a sua ida, porque Bolsonaro seria alvo de todos os advers�rios.
Esse cen�rio tende a se agravar ainda mais diante da falta do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) ao debate.
Como mostrou a coluna da M�nica Bergamo, da Folha de S.Paulo, o petista tomou a decis�o na ter�a-feira (20), depois de uma reuni�o com coordenadores de sua campanha.
O candidato manteve, no entanto, a decis�o de comparecer ao debate da TV Globo, que est� marcado para a quinta (29), tr�s dias antes do primeiro turno das elei��es, em 2 de outubro.
A tend�ncia mais forte no entorno de Bolsonaro hoje � a de que a aus�ncia de Lula pode ser positiva para o presidente.
J� est� precificado, segundo um aliado, que Bolsonaro ser� alvo dos demais advers�rios. E a cadeira vazia do petista pode passar a impress�o de que ele foge do embate.
Bolsonaro, contudo, ainda n�o se decidiu sobre o debate da Globo.
Segundo a �ltima pesquisa do Datafolha, o presidente est� em segundo lugar, com 33% de inten��es de voto. O petista lidera a corrida com 45%.
O debate do SBT no final de semana ser� o segundo desta campanha. No primeiro, Bolsonaro se tornou o alvo preferencial dos demais candidatos. O atual chefe do Executivo, por sua vez, mirou em Lula, que se esquivou em pergunta sobre corrup��o.
O tema central do debate foi o respeito �s mulheres, arena em que Bolsonaro atua com desvantagem. O assunto foi discutido principalmente pelas candidatas Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (Uni�o Brasil), ap�s um ataque do presidente � jornalista Vera Magalh�es.
Al�m de Tebet e Soraya, Ciro Gomes (PDT) e Lula se solidarizaram com Vera. O debate teve ainda a participa��o de Felipe D'�vila (Novo).
O evento foi organizado em pool por Folha de S.Paulo, UOL e TVs Bandeirantes e Cultura, e durou quase tr�s horas. Lula e Bolsonaro foram os �ltimos a confirmar presen�a no debate --depois de dias de incertezas nas campanhas.