
Fundador do PDT, Brizola sofreu tr�s derrotas em elei��es presidenciais —duas como cabe�a de chapa, em 1989 e 1994, e uma como vice de Lula, em 1998.
"Eu estou vendo aqui o neto do Brizola, o Leonel. Se o Brizola estivesse aqui, o Brizola estava junto conosco aqui pedindo 'fora, Bolsonaro'. Eu tenho certeza disso, eu tenho certeza absoluta que o Brizola estaria do nosso lado", afirmou Lula neste domingo (25).
O petista participou de ato na quadra da Portela, em Madureira, na zona norte do Rio de Janeiro, ao lado do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD).
Nos �ltimos dias, cresceram os ataques de Ciro Gomes a Lula, em meio a uma ofensiva da campanha petista pelo voto �til.
No debate presidencial deste s�bado (24), o pedetista chegou a afirmar que Lula faltou ao evento "por estar com salto alto" e que o petista "produziu uma onda de propaganda: todo mundo que n�o � Lula, � fascista".
O ex-presidente voltou a pregar contra a absten��o de votos e refor�ou que a milit�ncia deve conversar com quem ainda n�o decidiu o eu voto e n�o deve "aceitar provoca��o".
"N�o vamos tentar convencer um fan�tico bolsonarista a votar na gente, deixa ele ser comido pelo verme bolsonarista. O que temos [que fazer] � conversar com milh�es de pessoas que est�o indecisas, que pensam em se abster", disse.
O ex-presidente tamb�m afirmou que dever� participar do debate presidencial da TV Globo, o �ltimo antes do primeiro turno, na quinta-feira (29). Lula n�o esteve no evento promovido no SBT no s�bado —ele fez dois com�cios em S�o Paulo.
"Eu gosto de debate. Mas os debates est�o ficando dif�ceis, porque tem pouca gente com condi��es de disputar as elei��es e eu vou l� disputar com cinco [candidatos] que s� tem um objetivo: me atacar, porque estou em primeiro lugar", disse.
"Mas eu quero ir no debate [da TV Globo] porque eu n�o quero conversar com eles. Quero aproveitar o espa�o na televis�o para conversar com voc�s."
Ao criticar a condu��o do governo federal da pandemia da Covid-19, Lula criticou pastores que s�o aliados ao presidente Jair Bolsonaro (PL).
"Como � poss�vel um presidente da Rep�blica dizer que tomar vacina � virar jacar�. O pastor que segue ele n�o pode ser pastor, n�o acredita em Deus, n�o pode falar em nome de Deus."
Lula tamb�m disse que Bolsonaro precisa explicar a compra de 51 im�veis em dinheiro vivo por sua fam�lia e que ele tenta passar � sociedade "a ideia que ele � honesto, que seus filhos s�o honestos, que o Queiroz � honesto".
O ex-presidente citou os mecanismos de combate � corrup��o implementados em seu governo e disse que "a corrup��o no nosso governo apareceu porque a gente tirou o tapete da sala".
"No meu tempo eu n�o queria controlar o Minist�rio P�blico. Ele foi livre para processar a hora que quisesse e quem ele quisesse. Eu n�o controlava a Pol�cia Federal porque eu quero as institui��es de Estado fortes para garantir a democracia. Nunca pedi para a Pol�cia Federal fazer ou n�o fazer. Era uma decis�o dela junto com a Justi�a", continuou.
O ex-presidente disse ainda que n�o haver� teto de gastos caso ele seja eleito e que � uma "estupidez" querer privatizar a Petrobras, mas indicou que, a sete dias das elei��es, ele n�o pode dizer que ir� "rever muitas coisas que foram feitas".
"N�o posso dizer, seria irresponsabilidade minha. Primeiro preciso conhecer o que foi feito para depois tomar decis�o do que foi feito."
Ao final de seu discurso, Lula afagou Eduardo Paes e disse que ele � o "melhor filiado do PSD" e seu "melhor aliado".
As declara��es foram ap�s Lula afirmar que que chegou a convidar o presidente do PSD, Gilberto Kassab, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), para participarem de um com�cio que ele realizou em Minas Gerais —e os dois terem negado.
"� o �nico candidato a governador que o Kassab tem, convidei para ir e ele n�o quis ir. Convidei o Pacheco, que � o senador de Minas Gerais: 'cara, vamos para Minas, voc� n�o tem que falar o meu nome, fala s� o nome do Kalil'. Eu acabo de eleger o Eduardo Paes o melhor filiado do PSD e o melhor aliado meu."
Em sua fala, Paes homenageou Felipe Santa Cruz, candidato a vice-governador do Rio na chapa encabe�ado por Rodrigo Neves (PDT).
Parte do p�blico reagiu gritando "uh, � Freixo", em apoio ao candidato Marcelo Freixo (PSB), que tem apoio de Lula. Eduardo Paes, ent�o, reagiu cantando "� Lula, � Lula".
Freixo chegou a marcar um com�cio com Lula tamb�m neste domingo, mas o evento foi substitu�do por por um encontro com celebridades num hotel.
O candidato do PSB buscou n�o demonstrar inc�modo, afirmando que o objetivo do ato na Portela era apoiar Lula, e n�o a elei��o estadual. Ele disse que o com�cio da tarde foi cancelado para poupar a voz do ex-presidente.