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Estado de Minas ELEI��ES 2022

Padre Kelmon j� foi do PT e recebeu aux�lio emergencial

Candidato a presidente, que fez dobradinha com Bolsonaro no debate do SBT, usa seu Pix para receber doa��o � igreja


27/09/2022 13:38 - atualizado 27/09/2022 14:05

Peadre Kelmon, candidato a presidente
Pea Padre Kelmon era vice e foi promovido � cabe�a de chapa ap�s Roberto Jefferson ter sido vetado pela Justi�a Eleitoral (foto: Reprodu��o da TV)
Kelmon Luis da Silva Souza (PTB), 44, ganhou fama no �ltimo debate presidencial ao fazer dobradinha com o presidente Jair Bolsonaro (PL).

Ap�s o evento no SBT, no s�bado (24), ele agora se prepara para de novo ganha os holofotes no debate da TV Globo, nesta quinta (29), gra�as � regra eleitoral que d� o direito de participa��o a candidatos com representa��o de cinco ou mais parlamentares no Congresso.

Padre Kelmon, como se intitula, era vice e foi promovido � cabe�a de chapa ap�s Roberto Jefferson, lideran�a do PTB e candidato original, ter sido vetado pela Justi�a Eleitoral devido � condena��o no esc�ndalo do mensal�o. O plano de governo apresentado por Kelmon ao TSE � o de Jefferson.

Filiado ao PT

No PTB desde dezembro de 2020, Kelmon j� foi filiado ao PT e, hoje, se diz arrependido por este ato praticado em sua juventude. Nas redes sociais, Kelmon exalta pol�ticos como Bolsonaro, Jefferson e Daniel Silveira (PTB-RJ) e pede "o fim do STF e a pris�o de todos os seus ministros".


Entre 2020 e 2021, o religioso recebeu 15 parcelas do aux�lio emergencial, totalizando R$ 5.100, segundo o portal da transpar�ncia. Hoje, em seu canal no Instagram, Kelmon pede doa��es para sua igreja informando chaves de Pix como o seu email ou CPF. As contas banc�rias pertencem ao padre.

A assessoria de imprensa do petebista disse que, "ao contr�rio da Igreja Cat�lica, os padres da Igreja Cat�lica Apost�lica Ortodoxa do Peru n�o recebem sal�rio e vivem de doa��es. E prossegue: "Durante a pandemia, as igrejas foram fechadas no Brasil, e o padre Kelmon precisou do aux�lio para sobreviver".

O novo presidenci�vel � p�roco de uma igreja aut�noma peruana envolta em pol�mica mesmo em seu pa�s natal. Segundo a assessoria do candidato, Kelmon foi ordenado padre em agosto de 2015.

Igreja Cat�lica Apost�lica Ortodoxa do Peru

O candidato pertence � Igreja Cat�lica Apost�lica Ortodoxa do Peru, sem nenhuma liga��o com qualquer outra denomina��o Ortodoxa, o que gerou, inclusive, manifesta��o da Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia no Brasil ressaltando este ponto.

Durante o debate no SBT, Simone Tebet (MDB) afirmou que n�o se confessaria com Kelmon. Desde agosto, ele est� licenciado da igreja devido �s elei��es.

Antes disso, segundo sua assessoria, ele celebrava os sete sacramentos -batismo, crisma, eucaristia, confiss�o, ordens, matrim�nio e un��o de enfermos.

Segundo a igreja peruana, Kelmon � p�roco interino na Miss�o Paroquial Ortodoxa Malankar de S�o L�zaro, na Ilha de Mar� (BA). A estrutura do templo atualmente limita-se a um barrac�o de madeira.

O presidenci�vel, por�m, diz que para ministrar a palavra de Deus basta contar com "altar, um telhado e um padre". Al�m da Bahia, segundo a assessoria, a igreja do Peru possui par�quias em Minas Gerais, Rio de Janeiro e S�o Paulo.

Doa��es via Pix

Nas redes sociais, al�m de pedir transfer�ncias em dinheiro para o seu Pix com o objetivo de construir um templo na Ilha de Mar�, Kelmon j� pleiteou ajuda para viabilizar a instala��o de um cais na regi�o.

A Ilha de Mar�, localizada na ba�a de Todos-os-Santos, re�ne 4.200 moradores e n�o tem liga��o por terra com o continente. A travessia at� Salvador � feita por barco.

Kelmon tamb�m faz apelo para que os seguidores destinem o d�zimo � igreja ou fa�am doa��es mensais para que consiga realizar a��es pastorais na ilha. "Vamos fazer como disse Jesus: Lavai os p�s uns dos outros" [sic], publicou o candidato.

No Peru, a igreja � qual Kelmon pertence tamb�m j� foi alvo de questionamentos e pol�mica. Um dos l�deres da igreja, que assina documento confirmando o pertencimento de Kelmon � institui��o, foi citado em reportagem do jornal La Republica em tom de den�ncia.

"A Pol�cia Nacional do Peru (PNP) afirmou que falsos sacerdotes realizam atividades fora de seus poderes em diferentes lugares de Lima. S�o quatro pessoas que at� t�m instala��es, realizam missas e pedem donativos que utilizam em benef�cio pr�prio", diz o texto.

�ngel Mor�n Vidal, citado na reportagem, posteriormente aparece em outra mat�ria do jornal defendendo a legitimidade da institui��o e afirmando que ela � reconhecida pelo Estado peruano.

Questionada sobre esse assunto, a assessoria de Kelmon afirmou que houve uma averigua��o quando a igreja estava se estabelecendo no Peru, mas que ela j� foi reconhecida oficialmente e representantes foram at� recebidos pelo presidente Pedro Castillo, conforme fotos enviadas � reportagem.

A apari��o de Kelmon fez com que a Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia no Brasil, predominante entre as denomina��es ortodoxas no Brasil, emitisse nota se desvinculando do candidato.

De acordo com o padre Caio Queiroz, membro da igreja, o candidato usa um tipo de v�u chamado eskimo, que � espec�fico deste patriarcado e usado exclusivamente por monges celibat�rios (na igreja, padres podem ser casados).

"O referido candidato n�o � membro de nossa Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia no Brasil em nenhuma de suas par�quias, comunidades, miss�es ou obras sociais, bem como n�o � e nunca foi seminarista ou membro do clero de nossa Igreja em nenhum dos tr�s graus da ordem (di�cono, presb�tero/padre e bispo), quer no Brasil, quer em qualquer outro pa�s, e tamb�m n�o � nem nunca foi membro leigo ou cl�rigo de nenhuma de nossas Igrejas irm�s", diz o comunicado emitido pela igreja.

A igreja ortodoxa tem diversos patriarcados independentes no mundo, sendo a Sirian uma delas.

A assessoria de Kelmon afirmou que a igreja � qual pertence usa vestu�rio regulamentado por ela pr�pria. "Existem v�rias ordens ortodoxas e todas s�o independentes e autoc�falas, ou seja, possuem dom�nio de si pr�prias. Nenhuma precisa estar subordinada a outra. Cada uma se autorregulamenta. Portanto, a afirma��o da Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia n�o faz sentido", afirmou a assessoria do candidato.

Ao TSE Kelmon declarou um patrim�nio de R$ 8.548,13. Para a sua campanha, a dire��o nacional do PTB investiu R$ 1,545 milh�o at� esta segunda (26). Boa parte do recurso, R$ 1,2 milh�o, foi direcionada a uma empresa de marketing sediada em Cuiab� (MT), segundo portal da Receita Federal.


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