"N�o tem mais [sala secreta]. Agora � aberta", disse Valdemar ao visitar o setor. O espa�o, por�m, j� era aberto aos partidos e fiscais das elei��es em pleitos anteriores.
Al�m do presidente do PL, acompanharam a visita representantes do PT, PDT, PTB, e o ministro da Defesa, Paulo S�rgio Nogueira. Tamb�m estiveram no espa�o membros de entidades de observa��o das elei��es.
Ap�s a visita, o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, disse que a sala n�o � "secreta" nem "escura", repetindo termos usados por Bolsonaro.
O setor de totaliza��o � um dos alvos de teorias da conspira��o de Bolsonaro.
No espa�o trabalham 20 funcion�rios do tribunal que desenvolvem e monitoram os sistemas que recebem os dados de boletins de urna para a totaliza��o dos votos. Ao contr�rio do que tamb�m afirma Bolsonaro, esses servidores n�o interferem no resultado do pleito.
Na �ltima quinta (22), o mandat�rio disse que as For�as Armadas pretendem "colocar t�cnicos" dentro da "sala-cofre" do TSE. "Uma sala que ningu�m sabe o que acontece l� dentro", declarou o presidente.
Para reagir �s falas do chefe do Executivo, Moraes convidou no s�bado (24) candidatos a presidente para visitarem o local.
A totaliza��o � feita sem a interfer�ncia dos funcion�rios, por um computador que fica em outro local, no centro de processamento de dados da corte. Esta sala fica restrita a poucos servidores que fazem a manuten��o do equipamento.
Terminada a vota��o, s�o gerados boletins de urna com os resultados de cada se��o eleitoral. C�pias desses documentos s�o coladas nas portas dos locais de vota��o e entregues para fiscais de partidos e � Justi�a Eleitoral.
Newsletter FolhaJus Dia Receba no seu email a sele��o di�ria das principais not�cias jur�dicas; aberta para n�o assinantes. * Os dados digitais com os resultados das urnas, retirados de uma esp�cie de pen drive que fica no equipamento, s�o enviados ao TSE para a totaliza��o por meio de uma rede privada e criptografada.
� comum que partidos fa�am uma checagem paralela dos resultados dos boletins de urna que s�o colados nas portas das se��es eleitorais com os dados que chegam ao TSE. Neste ano, o tribunal vai divulgar os boletins em tempo real ap�s o fim da vota��o.
Como mostrou a Folha de S.Paulo, as For�as Armadas planejam checar as informa��es de 385 boletins de urna.
O pr�prio TSE convidou os militares para fiscalizar todas as etapas dos pleitos, mas os questionamentos apresentados pelo Minist�rio da Defesa t�m servido de combust�vel para as insinua��es golpistas de Bolsonaro.
O TCU tamb�m deve fazer o mesmo tipo de checagem, mas em duas etapas. A primeira, com 540 boletins, ficar� pronta no dia das elei��es. Outra, mais ampla, com dados de cerca de 4,1 mil equipamentos deve levar mais tempo.
Na �ltima quinta (22), Bolsonaro disse que as For�as Armadas pretendem "colocar t�cnicos" dentro da "sala-cofre" do TSE. "Uma sala que ningu�m sabe o que acontece l� dentro", declarou o presidente.
Bolsonaro j� havia chamado o setor de totaliza��o do TSE como "sala-cofre" ou "sala secreta" em outras ocasi�es, com o objetivo de atacar o sistema eleitoral.
"As For�as Armadas foram convidadas [pelo TSE] e eu sou o chefe supremo das For�as Armadas. Ent�o n�s aceitamos e vamos participar da primeira � �ltima fase, do c�digo-fonte � sala secreta", disse ele em fevereiro.
Em abril, quando promoveu evento no Pal�cio do Planalto para atacar o STF (Supremo Tribunal Federal) e o TSE, o presidente tamb�m levantou a falsa teoria de que a apura��o � secreta.
"Quando encerra elei��es e os dados chegam pela internet, tem um cabo que alimenta a 'sala secreta do TSE'. D� para acreditar nisso? Sala secreta, onde meia d�zia de t�cnicos diz 'quem ganhou foi esse'", disse Bolsonaro.
As entidades que fiscalizam as elei��es t�m refor�ado que n�o h� ind�cios de fraude na totaliza��o dos votos.
Em relat�rio elaborado sobre o pleito de 2020, a OEA (Organiza��o dos Estados Americanos) descreveu que acompanhou dentro do TSE a totaliza��o.
"Apesar do atraso [na divulga��o do resultado naquele pleito] , a miss�o observou que em nenhum momento o processo de transmiss�o dos boletins de urna e totaliza��o dos resultados foi interrompido ou prejudicado", escreveu a OEA.
Uma auditoria contratada pelo PSDB sobre as elei��es de 2014 avaliou outros 8.207 boletins. "N�o foram encontradas diverg�ncias entre os BU [boletins de urna] impressos obtidos e os respectivos valores registrados na base de dados do TSE", afirma o relat�rio do partido.