
"Temos servi�os prestados e mostrados. Tentamos mostrar ao estado como tratamos a educa��o, a infraestrutura e a sa�de da cidade, principalmente. Estamos com o presidente Lula nessa arrancada final, tenso dos dois lados. Precisamos eleger Lula no primeiro turno e ir ao segundo turno (em Minas) para mostrar o que est� acontecendo", disse, ontem, em entrevista � afiliada da TV Alterosa na Zona da Mata e no Campo das Vertentes.
Em solo juiz-forano, Kalil voltou a falar sobre a amizade que Lula e ele constru�ram. "O povo de Minas reconhece o que Lula fez aqui, e Lula reconhece como trabalhamos com gente que precisa - com sa�de e educa��o, principalmente", falou.
A entrevista do concorrente ao Pal�cio Tiradentes � afiliada da Alterosa na regi�o de Juiz de Fora faz parte de uma estrat�gia para amplificar a candidatura por meio de conversas com ve�culos do interior. Na semana passada, por exemplo, a ida � Varginha, no Sul de Minas, teve como principal compromisso a passagem por uma emissora local.
"N�o tenho o menor arrependimento de ter levantado da prefeitura da terceira maior capital do pa�s. Fiquei muito honrado. Enriqueceu muito minha vida essa caminhada. Tenho certeza que, no dia 3, vamos para o segundo turno e debater o estado. Lula vai estar eleito no primeiro turno e, se Deus quiser, vir� fazer campanha com a gente aqui. E vamos ter uma vit�ria retumbante em Minas", pontuou.
Kalil come�ou a rodar o estado em abril, ainda durante a pr�-campanha, e sem que a coaliz�o com Lula estivesse concretizada. Depois, intensificou as viagens e, em muitas delas, esteve ladeado por lideran�as locais � esquerda. Em Juiz de Fora, por exemplo, o pessedista citou, em tom elogioso, a prefeita Margarida Salom�o (PT).
Outra ideia para esta reta de chegada � amplificar o nome de Kalil interior afora. Por isso, ele e o candidato a vice-governador, Andr� Quint�o (PT), t�m feito viagens solo. Ontem, enquanto o l�der da chapa estava em Juiz de Fora, Quint�o bateu ponto em Manhua�u, tamb�m na Zona da Mata. Hoje, em BH, o candidato do PSD vai se encontrar com mobilizadores de sua campanha e, tamb�m, da campanha de Lula.
'Calculadora' versus 'cora��o'
Como mostrou na quarta-feira (28/9) o Estado de Minas, o debate da TV Globo, na ter�a-feira, chegou a aumentar, na equipe de Kalil, a confian�a em um segundo turno. O desempenho de Zema na televis�o foi avaliado negativamente. Um dos interlocutores ligados ao PSD, inclusive, chegou a apontar "fragilidade" no governador.
� Alterosa da Zona da Mata, Kalil voltou a criticar o pol�tico do Novo. "Temos que trocar a calculadora da cadeira do governador por um cora��o. Tem de funcionar a calculadora, mas tem de ter o cora��o. Como impede um menino de ficar ref�m do tr�fico? Dando escola integral a ele. Minas � o �ltimo lugar em escola integral no Sudeste".
Ao tratar do Hospital Regional de Juiz de Fora, cujas obras est�o paralisadas, Kalil afirmou que Zema n�o colocar� a casa de sa�de em funcionamento. Ele chamou a promessa do governador de "mentira" e garantiu ter a palavra de Lula sobre a aten��o do eventual governo federal petista � quest�o.
"Hospital se abre em Bras�lia. N�o se abre hospital em estado. Principalmente quebrado", criticou.
Kalil subiu o tom contra o Regime de Recupera��o Fiscal (RRF), visto pela equipe econ�mica de Zema como sa�da para refinanciar a d�vida de Minas junto � Uni�o. A ades�o ao plano de ajuste das contas j� foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Todo o passivo p�blico do estado gira em torno de R$ 160 bilh�es.
"O Regime de Recupera��o Fiscal pro�be a contrata��o de qualquer funcion�rio p�blico, seja m�dico, enfermeiro ou atendente. Como se abre e p�e para funcionar um hospital se no Regime de Recupera��o Fiscal, que o governo (federal) imp�s a Minas, n�o se pode contratar por nove anos?", questionou.
Kalil promete 'recuperar' a 'Manchester Mineira'
Kalil falou que pretende "matar a fome" da popula��o vulner�vel e, paralelamente, investir em infraestrutura. Cr�tico ao estado das rodovias mineiras, o ex-prefeito belo-horizontino prometeu "recuperar" a voca��o industrial de Juiz de Fora, chamada de "Manchester Mineira" por causa de sua voca��o industrial.
"� uma regi�o privilegiada geograficamente. Por isso, 40% do PIB de Minas Gerais estava aqui. E foi abandonada", protestou. "Est�o prometendo milagres. Foi um governo que n�o fez nada. Me mostrem um quebra-molas, na regi�o toda, que o governo fez. N�o tem", emendou, instantes depois.
