Confiante, Pestana fala em 'garimpar votos' de Zema e Kalil na reta final

Na reta final da campanha eleitoral pelo governo de Minas Gerais, o ex-deputado federal Marcus Pestana, candidato do PSDB, cr� que pode furar a polariza��o entre Romeu Zema (Novo) e Alexandre Kalil (PSD). Nessa quinta-feira (29/9), em entrevista ao Estado de Minas, ele falou em "garimpar" votos dos dois lados para melhorar o desempenho projetado pelas recentes pesquisas.

Segundo o mais recente levantamento do Datafolha, o tucano tem 1% das inten��es de voto. Ele, por�m, busca tirar eleitores de Zema a partir da "inseguran�a" que enxerga no governador. Para angariar parte dos votos de Kalil, a ideia � questionar a entrada do ex-prefeito de Belo Horizonte em um campo de pol�ticos progressistas, como Luiz In�cio Lula da Silva (PT).

"Acho que vou garimpar votos dos dois lados. Boa parte do eleitorado do Zema, que procura um governo s�rio e respons�vel do ponto de vista fiscal, viu que ele, mesmo depois de quatro anos como governador, � inseguro e n�o domina as pol�ticas p�blicas. Mostrou nervosismo excessivo, radicalizou e mostrou que n�o � esse mineirinho simplezinho. Acho que, ali, vou pegar parte do eleitorado de Zema", disse, ao participar do podcast de Pol�tica "EM Entrevista".

Pestana afirmou, em tom cr�tico, que Kalil est� "pendurado" em Lula. "O mote central da campanha de Kalil � Lula. No entanto, ele nunca foi militante das causas democr�ticas. Fui coordenador da campanha das 'Diretas J�', diretor do Comit� de Anistia, coordenador da campanha por uma Constituinte livre e soberana e coordenador pelo impeachment de Collor. Kalil entrou na pol�tica h� seis anos. N�o mexia com isso. N�o tem identidade com os progressistas", pontuou.

Frutos da 'antipol�tica'

Segundo o Datafolha, que registrou sondagem na Justi�a Eleitoral sob o n�mero MG-09084/2022, Zema tem 50% das inten��es de voto, contra 30% de Kalil. Pestana est� atr�s, ainda, de Carlos Viana (PL), com 4%. Al�m disso, h� empate t�cnico entre o tucano e todos os outros concorrentes.

De acordo com Pestana, Zema e Kalil s�o frutos da "antipol�tica". A primeira elei��o disputada pelo candidato do PSD foi em 2016, quando acabou escolhido prefeito de BH. O pol�tico do Novo, por sua vez, entrou na vida p�blica h� quatro anos.

"A muito contragosto, acho que eles admitem (que, agora, s�o pol�ticos). Eles vieram na onda da antipol�tica e Kalil precedeu, um pouco, a onda de 2018", pontuou, em men��o ao pleito que culminou, por exemplo, na vit�ria do ex-juiz federal Wilson Witzel (PSC), no Rio de Janeiro.