
O partido n�o elegeu nenhum governador em primeiro turno - disputa quatro estados no segundo, em todos largando atr�s -, perdeu nas urnas o controle hist�rico que mantinha sobre S�o Paulo, tamb�m n�o emplacou nenhum senador e viu sua j� pequena bancada de 22 deputados federais ser reduzida a 13.
A reportagem procurou, diretamente ou por meio das assessorias, o presidente do partido, Bruno Ara�jo, os l�deres da bancada na C�mara, Adolfo Viana (BA), e no Senado, Izalci Lucas (DF), al�m de outros tucanos, mas n�o obteve resposta ou foi informada que os parlamentares n�o dariam entrevistas nesta segunda-feira (3/10).
A crise tucana que descambou no p�ssimo resultado obtido nesse domingo teve como um dos cap�tulos mais recentes a desist�ncia do ent�o governador Jo�o Doria (SP) de disputar a presid�ncia, em maio, ap�s ficar isolado dentro do pr�prio partido.
O outro tucano que tentava se viabilizar � presid�ncia, o governador Eduardo Leite, decidiu disputar novo mandato, mas quase ficou de fora do segundo turno no Rio Grande do Sul, tendo obtido 26,81% dos votos v�lidos, apenas 0,4 ponto percentual � frente do petista Edegar Pretto.
Ele enfrentar� Onyx Lorenzoni (PL), que teve 37,5%.
Em S�o Paulo, o sucessor de Doria, o governador Rodrigo Garcia, acabou fora do segundo turno, o que encerrar� uma hegemonia de quase tr�s d�cadas no estado.
Al�m de Rio Grande do Sul, o partido vai disputar o segundo turno em Mato Grosso do Sul, Pernambuco e na Para�ba.
N�meros
Na C�mara, os tucanos chegaram ao mais baixo n�vel da hist�ria, com a elei��o de apenas 13 parlamentares, entre eles A�cio Neves (MG) - ex-presidente da C�mara, governador de Minas e senador, ele tamb�m teve agora vota��o declinante: 85.341 contra 106.702 h� quatro anos.
Uma dos principais l�deres da hist�ria do partido, o senador Jos� Serra (SP) n�o conseguiu se eleger deputado federal.
A vota��o nacional em candidatos tucanos � C�mara despencou de 11 milh�es em 2014 para 3,2 milh�es agora.
Para efeito de compara��o, nas elei��es deste ano os partidos que n�o conseguiram eleger ao menos 11 deputados federais entrar�o para a categoria dos nanicos, tendo cortadas as verbas p�blicas a o espa�o na propaganda em r�dio e TV.
Em 1998, ano da reelei��o de Fernando Henrique Cardoso, o PSDB chegou a eleger 99 deputados federais. O partido comandou o pa�s de 1995 a 2002.
PSDB e Cidadania fecharam em 2022 uma federa��o, que � a jun��o de duas ou mais siglas com a obriga��o de atua��o conjunta por quatro anos, mas o partido parceiro tamb�m teve queda - de oito eleitos em 2018 para 5 agora.
No Senado, o PSDB n�o elegeu ningu�m. Como a renova��o foi de apenas um ter�o da Casa (os outros dois ter�os s�o s� daqui a quatro anos), o partido ainda manter� representa��o a partir de 2023, mas cair� de seis para quatro cadeiras.
Nos estados, o partido elegeu 54 deputados para as Assembleias Legislativas, um desempenho mediano.
Em reportagem publicada pela Folha de S.Paulo em maio, tucanos apontavam como raz�es para a derrocada, entre outros motivos, o desgaste de cinco derrotas presidenciais seguidas --Jos� Serra, em 2002, Geraldo Alckmin, em 2006, Serra novamente, em 2010, A�cio Neves em 2014 e novamente Alckmin, em 2018--, al�m da ascens�o do bolsonarismo, que absorveu boa parte de seu eleitorado.