"O governador declarou apoio efetivo ao presidente. N�o � um apoio de fachada. Portanto, ele vai participar de atos p�blicos com o presidente, tenho certeza disso. A gente imagina, inclusive, que j� haja a presen�a do presidente em campanha (em Minas) ainda nesta semana", disse, ao Estado de Minas, o vice-governador eleito de Minas, Mateus Sim�es, tamb�m filiado ao Novo.
Sim�es esteve na reuni�o em Bras�lia (DF) que serviu para oficializar o apoio de Zema a Bolsonaro. No primeiro turno, o governador mineiro apoiou a candidatura presidencial de Felipe d'Avila, do Novo; paralelamente, o presidente apoiou Carlos Viana (PL) para governador. Mesmo caminhando formalmente com Viana, Bolsonaro evitou criticar Zema e sinalizou querer o apoio do governador mineiro no segundo turno.
Segundo Igor Eto, secret�rio de Estado de Governo de Minas Gerais e coordenador pol�tico da campanha de Zema, o aliado vai se engajar na campanha do presidente da Rep�blica.
"N�o consigo imaginar o porqu� de n�o subir no palanque. O governador estar� ao lado do presidente falando para o povo de Minas Gerais sobre o legado do governo federal nos �ltimos quatro anos e, tamb�m, da import�ncia de nos mantermos unidos nos pr�ximos quatro anos", afirmou.
PL espera Zema na campanha
Reeleito deputado estadual e recordista de votos na disputa para a Assembleia Legislativa, o deputado estadual Bruno Engler (PL), escolhido por 637.412 eleitores mineiros, � um dos principais aliados de Bolsonaro em Minas. � reportagem, ele garantiu que a articula��o entre Novo e os liberais envolve a entrada para valer de Zema na busca do presidente pela reelei��o."N�o �, meramente, uma declara��o de voto. O que est� sendo costurado � que ele reforce nosso palanque em Minas Gerais", refor�ou.
Hoje, ao justificar a escolha por Bolsonaro, Zema refor�ou a posi��o contr�ria ao PT, do presidenci�vel Luiz In�cio Lula da Silva, que encampou durante o per�odo eleitoral em Minas. "Sempre dialoguei com o presidente Bolsonaro. Sabemos que, em muitas coisas, convergimos, e, em outras, n�o. Mas � um momento em que o Brasil precisa caminhar para frente. Acredito muito mais na proposta do presidente Bolsonaro do que na proposta do advers�rio", falou.
Presidente e aliados confiam na virada em Minas
No primeiro turno da elei��o presidencial, Bolsonaro perdeu para Lula em Minas por 48,29% a 43,6%. No Brasil, a derrota foi com percentuais parecidos: 48,43% a 43,2%. Entre os aliados do presidente, h� a confian�a por uma virada do cen�rio nacional a partir de Minas Gerais.
Mais cedo, na capital federal, Bolsonaro adotou discurso semelhante. "Zema goza de grande credibilidade dada � administra��o que fez. Esse apoio, no meu entender, � decisivo. Em Minas Gerais, vamos ter uma boa diferen�a para o advers�rio", pontuou.
O presidente, inclusive, j� articula viagens ao estado. Segundo ele, sua campanha deve passar tr�s vezes por Minas neste segundo turno - uma das agendas vai acontecer no dia 12, em evento religioso com o ap�stolo Valdemiro Santiago, l�der da Igreja Mundial do Poder de Deus.
"Tive um candidato em Minas (Carlos Viana). N�o fiz uma campanha massiva para ele, at� porque tinha simpatia com Zema. Falei com ele sobre isso. A inten��o dele vir candidato era me ajudar em pontos mais isolados por Minas. Em todas as minhas lives que falava do meu candidato, falava que Zema fez bom governo em Minas", refor�ou Bolsonaro, ainda comemorando a uni�o ao governador reeleito.
Durante a reuni�o de hoje, Bolsonaro falou a respeito dos planos de reunir, em Minas, governadores que declararam apoio a ele. O presidente conseguiu, por exemplo, os embarques de Cl�udio Castro (PL), reeleito no Rio de Janeiro, e Rodrigo Garcia (PSDB), derrotado em S�o Paulo.
Apoio de bolsonaristas na Assembleia impulsiona alian�a
Ontem, quando as conversas a respeito da alian�a Zema-Bolsonaro avan�aram, o presidente reivindicou o apoio dos deputados estaduais eleitos pelo PL. A partir de fevereiro do ano que vem, o partido ter� a segunda maior bancada da Assembleia Legislativa, com nove representantes - mesmo n�mero do PSD. � frente deles, apenas o PT, que teve 12 vit�rias.
Bruno Engler projetou os liberais caminhando ao lado do governador. "Vamos caminhar com ele e ser base do governo na Assembleia para fazer um segundo mandato melhor do que o primeiro", garantiu.
"Ele est� sendo nosso parceiro agora, no momento da elei��o, e n�o vamos nos esquecer", emendou.
A uni�o aos nove deputados do PL vai ajudar o n�cleo pol�tico de Zema a tirar do papel a ideia de ter, na base aliada ao governo, de 40 a 50 deputados estaduais. Houve, nesta gest�o, entraves na rela��o com Assembleia - o atual presidente do Legislativo, Agostinho Patrus (PSD), chegou a ser acusado pelo governador de "sabotagem".
Um dos pontos de conflito reside na resist�ncia de parte dos parlamentares a pautas como a ades�o ao Regime de Recupera��o Fiscal (RRF), visto pelo governo como sa�da para refinanciar a d�vida bilion�ria junto � Uni�o. Para integrantes da oposi��o e representantes do funcionalismo, o plano vai gerar preju�zos a servidores p�blicos e desinvestimentos em �reas sociais.
"Nossa expectativa � trabalhar mais pr�ximo da Assembleia, de modo geral", projetou Igor Eto. "Temos pautas para aprovar que envolvem emendas � constitui��o. Para isso, s�o necess�rios 48 votos. Estamos trabalhando com margem suficiente para aprovar essas pautas com seguran�a e firmeza", continuou, citando, como exemplo, o desejo do Pal�cio Tiradentes de viabilizar a desestatiza��o da Companhia de Desenvolvimento Econ�mico de Minas Gerais (Codemig).